Um dos grandes sucessos literários da ultima década dos
Estados Unidos, o romance de estreia de Audrey Niffenegger é a historia de um
casal que enfrenta um problema inusitado. Henry DeTemble tem uma rara condição
genética: quando sofre o efeito de uma forte emoção, ele é transportado para o
passado ou o futuro. De vez em quando, Clare Abshire, sua esposa, se vê sozinha
esperando por seu retorno, tal qual Penélope da mitologia grega. No entanto,
onde poderia haver apenas saudades, solidão e estresse emocional eles percebem
a dadiva de poder renovar constantemente seu vinculo, olhando um para o outro
sobre diferentes prismas. Transportando-se aos sobressaltos para a infância,
adolescência e juventude de Clare, Henry aos poucos desvenda a mulher que ama.
E ela, através da força das mudanças de perspectiva, percebe que, de qualquer
ângulo, ele é responsável por alguns dos momentos mais especiais de sua vida.
Finalmente estou conseguindo escrever sobre esse livro. Yay!
E a primeira coisa que vocês tem que saber: eu meio que estou amando essa
junção de viagem no tempo misturado com romance (vide Outlander, por exemplo),
e também ainda não sei bem o que sentir sobre esse livro em particular, está
tudo misturado ainda. A história me causou um misto de sentimentos: amor, fofura,
confusão (e que ainda dá uns nós), vontade de bater no Henry e na Clare às
vezes, enfim, tantos sentimentos.
Então, vamos lá. Por que confusão? Bom, a história no começo
é bastante confusa. Assim, o Henry, ele tem esse ‘problema’ de voltar no
tempo sempre que ele passa por alguma emoção forte, seja, sei lá, ansiedade, raiva,
e com uma consequência: ele volta sem nenhuma roupa. Nunca. E nessas voltas,
ele pode acabar indo a algum lugar importante do passado dele, ou não. Ou
então, ele pode está tranquilo, e do nada voltar para algum ponto.
Por exemplo, desde que conheceu a Clare, ele volta para
momentos da vida dela, como aos 6, que é quando ela conhece o Henry pela
primeira vez. Mas ele só vai conhecer a Clare, poderia dizer oficialmente, aos
28. Sendo que ela já conhecia o Henry a vida toda. E essa troca de informação
me confundiu bastante. Já que, se ela já conhecia o Henry, por que ele não a
reconhecia? Só que aí fica a questão: o primeiro encontro dele com a Clare foi quando ele já era adulto, ele não a conheceu antes disso. Confuso? Pois é. Fiquei meio
perdida, mas fez sentido mais pro meio do livro.
Então, a partir do momento em que ele a conhece, começam as
viagens para a vida da Clare em diferentes momentos. Antes disso ele viajava
para momentos da vida dele (meio óbvio, eu sei kkkk), como por exemplo, a morte
da mãe dele. O que me leva a outro ponto: não entendi bem o porquê de ele ser
assim, de ter essa capacidade de voltar no tempo. Teve uma explicação, mas
ainda assim ficou confuso.
Agora, amor e fofura. Eles acabam usando essa capacidade do
Henry para tanto crescerem como pessoas, como também um casal. Por exemplo: o
Henry, antes de conhecer a Clare, na timeline dele normal, era um babaca. Foi
ela que o mudou, e ele usou e abusou disso, já que ela o conhecia desde
pequena, e foi ela que o transformou no cara que a visita desde os 6 anos de
idade. Então assim, ela também aprendeu a, no início, conviver com esse Henry
meio estúpido. Ele mesmo pede para ela ter calma com esse cara do presente, porque ele se transforma no que ela conhece no futuro. Essa última parte também
foi o motivo de eu querer bater nos dois.
E uma das coisas que mais achei interessante na história foi
que ele se juntava sempre ao eu passado dele, desde pequeno, na primeira experiência
de volta. O Henry se ajuda. Mas sem mudar o futuro. O que me leva a outro ponto
confuso: como não muda o futuro? Eu não aprendi sobre viagens no tempo
desse jeito, ou seja, deu um leve bug aqui. Mas enfim, vida que segue, e a
historia quem cria é o autor né. Mas o bom mesmo é que ela se mantem fiel a
narrativa de “Não posso contar muita coisa do futuro para não estragá-lo”.
Mas foi esse conjunto que me conquistou: é engraçado algumas
situações que ele passa ao voltar no tempo, e adorei ver eles dois construindo
a relação, se construindo e quebrando algumas amarras dentro de si. É amorzinho
demais a construção do livro, da historia, engraçado, cheio de lagrimas e
feelings, conversas maravilhosas. Muito
bom o livro, e que vale demais a pena a leitura.
PÁGINAS: 656
EDITORA: Ponto de Leitura
LANÇAMENTO: 2011
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