GLÓRIA E RUÍNA: COMO NÃO SE DEIXAR SE DEFINIR POR SER MULHER.

Na continuação de Graça e fúria, Serina e Nomi Tessaro vão dar início a uma revolução que vai mudar a vida de todas as mulheres de seu país.

As irmãs Serina e Nomi Tessaro nunca imaginaram que acabariam em lugares tão distintos: Serina em uma ilha-prisão, Monte Ruína; Nomi no palácio de Bellaqua, como uma graça, à disposição do príncipe herdeiro do reino. Depois de sofrer uma grande traição, Nomi também é mandada para a ilha e, ao chegar lá, para sua surpresa, encontra Serina à frente de uma rebelião das prisioneiras contra os guardas.

Agora as irmãs têm um objetivo em comum: mudar o funcionamento de toda a sociedade. Além disso, elas sabem que Renzo, gêmeo de Nomi, está em perigo. Relutantes, elas se separam mais uma vez, e Nomi retorna à capital, enquanto Serina permanece em Monte Ruína para garantir que todas as mulheres encontrem um lugar seguro para viver. Só que nada sai como o planejado — e as duas vão ter de enfrentar os seus maiores medos para mudar o país de uma vez por todas.

Na continuação de Graça e Fúria, iremos continuar a saga das irmãs Tessaro, Nomi e Serina, de onde parou o livro 1: enquanto o barco com 2 das graças do Herdeiro, e o antigo herdeiro de Veridia, depois de ter sofrido o golpe do próprio irmão.

Nesse livro 2, e último, pois é uma dualogia, ele é todo da Serina, como se ela já tivesse mudado tanto em Graça e Fúria, no livro 2 é só ela! Mesmo totalmente assustada e sem noção do que fazer para liderar tantas mulheres, e alguns guardas ainda arredios, ela se mostrou forte, uma garota que deveria ter sido uma graça a serviço de um rei, e foi para um caminho completamente diferente, se tornando uma mulher forte, que aprendeu a lutar e liderou uma rebelião de mulheres contra um novo rei tirano e louco.

Serina foi a que mais cresceu e mudou nos dois livros, e tudo por causa de um livro nas mãos e hora errada. Aprendeu que a vida não se submeter a um homem, e que é preciso lutar por você mesma, não interessa como, e ser líder de você mesma. Levantar a cabeça, não importa quão assustada você esteja. E que lutar pela sua independência, também faz outras mulheres perceberem que não podem e não devem aceitar as regras impostas assim tão fácil. E assim, mostrar que a revolução se começa com um pequeno ato de dizer “Não, não irei fazer isso.”

Enquanto isso, temos a outra irmã Tessaro: Nomi. Ela também percorreu um longo caminho. Aprendeu sobre confiança, sobre como lutar pelos que se amam, e aprendeu a não ceder por aquilo que não se pode mais mudar: o passado. E que também não se deve se curvar a ele, se sentindo culpada.

E assim, quando as duas irmãs finalmente se reencontram, elas percebem o quanto lutar uma pela outra e por si mesma deu certo. Portanto, quando uma separação se anuncia no horizonte, por mais que doa, ela é necessária para mudar as regras de um país injusto e autoritário com as mulheres.

Enquanto a Serina fica na ilha, para conseguir continuar treinando a todas, Nomi  se volta para outro país com Malachi, o herdeiro deposto, para tentar conseguir ajuda.

E o caminho das duas até o grande finale, é muito interessante de ser. Como as duas se viraram eu seus papeis, para enfim conseguir a liberdade para as duas e para as mulheres que estavam liderando. O quanto é significativa a luta para mudar o seu futuro, para conseguir ser você mesma no mundo, e não ser definida por um órgão genital. E essa dualogia fez muito bem em mostrar isso.

TÍTULO: Glória e Ruina

AUTOR: Tracy Banghart

TRADUTORA: Isadora Prospero

EDITORA: Seguinte

PÁGINAS: 312

ANO: 2019

ONDE COMPRAR: Amazon

Livro cedido pela editora para resenha.