"Você faz algo da vida além de assistir séries?".
"Ta chorando porque? Séries de novo?".
Séries. Séries. Séries. Prazer, eu sou uma seriadora. E você?
Confessemos: Somos incompreendidos pela sociedade. Quando dizemos que passamos 50% ou mais do nosso tempo assistindo séries, chega a ser cômica cara de espanto e indignação por parte daquela população que possui algo que eles comumente chamam de vida social. E, principalmente, por parte dos nossos pais que ficam indignados com nosso tempo gasto, segundo eles, de forma inútil na frente do computador.
O fato é: ninguém entende um seriador além de outro seriador. Para nós, passar horas, dias, sem nem perceber o tempo passando, assistindo séries é normal. Estranho é quando não estamos assistindo nada. Aí saibam, tem algo errado (faculdade manda lembranças). Se você, assim como eu, é um universitário, inevitavelmente as séries vão atrasar em sua grade. E eis que o desespero começa. “O que houve no episódio passado?” ou então “Tenho que fugir das redes sociais para não levar spoiler na cara”. Ou o pior de todos: Quando o episódio de uma semana termina com um maldito cliffhanger e sua semana seguinte é semana de provas e você não pode ver a continuação. Sim, ser seriador é também sofrer.
O fato é: ninguém entende um seriador além de outro seriador. Para nós, passar horas, dias, sem nem perceber o tempo passando, assistindo séries é normal. Estranho é quando não estamos assistindo nada. Aí saibam, tem algo errado (faculdade manda lembranças). Se você, assim como eu, é um universitário, inevitavelmente as séries vão atrasar em sua grade. E eis que o desespero começa. “O que houve no episódio passado?” ou então “Tenho que fugir das redes sociais para não levar spoiler na cara”. Ou o pior de todos: Quando o episódio de uma semana termina com um maldito cliffhanger e sua semana seguinte é semana de provas e você não pode ver a continuação. Sim, ser seriador é também sofrer.
Mas a sensação de assistir séries, colocar em dia, fazer maratonas e descobrir novos amores é indescritível. Você se apega aos personagens, pega maneirismos, ama as histórias e passa a querer que sua história tenha um “Q” das histórias deles. O problema é quando você, estando estupendamente adaptado as manias das séries, acaba por utilizá-las com todas as pessoas ao seu redor.
Solta um “BITCH” alto e claro e, evidentemente, é tachado de mal educado. Solta um Always e, embora a pessoa ache bonitinho, ela não entende a razão por trás daquilo. Um Dracarys fica perdido sem compreensão alguma por parte das pessoas que te rodeiam. Um “Stay in the car” obtém o mesmo resultado. E quando você tenta explicar o que eles significam e ninguém entende você solta um “SHUT THE FRONT DOOR” e aí, sim, assinam seu atestado de loucura – se te internarem exija que seja no St. Claire's Hospital, vai que você encontra o Walter por lá.
Você aprende a gostar de um serial killer, a querer viajar no tempo, a querer saber o que suas versões alternativas estão fazendo no universo paralelo. Além de ser muito mais interessante para você saber quem Shondanás matará no próximo episódio do que assistir qualquer programa policial do universo. Alias, quanta coisa aprendemos com séries? Aposto que aprendemos muito mais de química com Walter White do que na escola. Aprendemos mais com Grisson do que com muita gente.
E sempre tem aquelas séries bobinhas, mas que te ajudam a relaxar e esquecer o mundo por adoráveis 43 minutos e apenas relaxar. Vai, todo mundo tem um guilty pleasure e eles são bons pra caramba. Quer saber a verdade? Seja HBO, NBC, Netflix, ABC, ou até mesmo a menosprezada CW, o que realmente importa é ver séries! Quando mais, melhor.
E sempre tem aquelas séries bobinhas, mas que te ajudam a relaxar e esquecer o mundo por adoráveis 43 minutos e apenas relaxar. Vai, todo mundo tem um guilty pleasure e eles são bons pra caramba. Quer saber a verdade? Seja HBO, NBC, Netflix, ABC, ou até mesmo a menosprezada CW, o que realmente importa é ver séries! Quando mais, melhor.
Séries expandem nosso conhecimento sobre o mundo, sobre pessoas, sobre a ciência, sobre tudo. Conhecemos mais sobre a essência humana a partir do momento que conhecemos vários tipos de pessoas, boas e ruins, com todos os defeitos e qualidades e, além de tudo, sem nem precisar sair do lugar.
Conhecemos universos, criamos teorias, adotamos alguns personagens, odiamos outros, torcemos por alguns casais e pelo fim de outros, queremos mortes. Choramos, rimos, “Chorimos” e não nos importamos com a opinião alheia. Entenda você, amigo não seriador: Não ligamos para sua opinião. Somos seriadores com orgulho.
E admitam: Quem nunca acabou pagando, mesmo que fosse sem querer, de inteligente por soltar uma frase extremamente filosófica no meio da família ou dos amigos, quando na verdade a frase vinha de sua série favorita? Quantas pessoas nós ajudamos a consolar e a deixar felizes usando as frases certas? Quantos amigos você já expressou o carinho que sente usando frases da aquela série que vocês compartilham o amor?
E admitam: Quem nunca acabou pagando, mesmo que fosse sem querer, de inteligente por soltar uma frase extremamente filosófica no meio da família ou dos amigos, quando na verdade a frase vinha de sua série favorita? Quantas pessoas nós ajudamos a consolar e a deixar felizes usando as frases certas? Quantos amigos você já expressou o carinho que sente usando frases da aquela série que vocês compartilham o amor?
E quantas vezes você viu brigas entre fandons? Parem, pessoas. Séries deveriam nos unir. São nosso universo particular... Não vamos transformar isso em um campo de guerra.
Você, seriador, também deve ser conhecido, onde quer que vá, pela sua playlist. Sempre cheia de músicas lindas, que ninguém ao seu redor conhece, e quando você coloca para tocar, todos saem pedindo para você passar o, ao menos, nome. Ser seriador agrega valor a sua lista de reprodução.
Mas existe aquele momento. Aquele constrangedor momento, em que você chora. Desaba. Chorando pela sua série, seja pela morte de personagens (Shonda e Martin mandaram um beijo bem grandão) ou por aquele momento gerador do desespero para todos os seriadores: A Series Fianale (Obrigada aos céus por eu ter conseguido ver a de Fringe e Breaking Bad sozinha, porque olhem....desidratação ainda não define).
O problema de começar uma série e se apegar demais é que, você no fundo sabe que um dia ela vai acabar. Mas não conseguimos dimensionar isso até que o momento chega. E é estranho. Você, ano após ano, assiste e aguarda ansiosamente o dia no qual sua série irá passar. Compra suas guloseimas para aproveitar mais e então, quando ela acaba, fica aquele vazio. Você vê aquele dia que outrora te trouxe tanta animação e esperança chegando e, então, a depressão toma conta. Eu faço parte do clubinho dos seriadores que não sabem lidar com o fim da série. E nunca aprenderei.
E existe o seriador que se poupa. De cliffhanger, de sofrimento, de tudo. Aquele que baseia sua vida em maratonas. Não o julgo, eu amo maratonas e vivo entrando em várias. Maratonas de séries são as melhores porque você não cansa, não fica suado, não precisa sair do lugar e vê essas delicias, chamadas séries, no conforto do seu quarto, em companhia do cobertor e do travesseiro, sem ninguém para te perturbar – ou assim é nosso eterno sonho.
E existe o seriador que se poupa. De cliffhanger, de sofrimento, de tudo. Aquele que baseia sua vida em maratonas. Não o julgo, eu amo maratonas e vivo entrando em várias. Maratonas de séries são as melhores porque você não cansa, não fica suado, não precisa sair do lugar e vê essas delicias, chamadas séries, no conforto do seu quarto, em companhia do cobertor e do travesseiro, sem ninguém para te perturbar – ou assim é nosso eterno sonho.
Sempre tem aquele ser humano...lindo...que vem falar na hora mais “OMG” do episódio. Ou você está assistindo AQUELE EPISÓDIO em Live Stream, sofrendo, e o link trava. Você tenta baixar e o download trava em 99%. Você baixa o episódio errado. Seu computador dá problema e você perde todas as séries que estavam nele. Os Box entram em promoção e você não tem dinheiro para comprar. Vem a Black Friday apenas lembrar você de sua pobreza. Você compra o box na Saraiva e ele nunca chega. Tudo acontece. No fim, até a nossa maior aliada, a internet, pode ser nossa maior inimiga.
Mas no fim, uma das coisas que mais valem a pena são os amigos que fazemos. Ah, os amigos seriadores. Já reparam uma coisa? Seriador sofre com algum tipo de karma e não tem quase nenhum outro seriador conhecido para dividir o sofrimento, os vícios e tudo mais. Então, vamos para a internet e entramos em 300 grupos diferentes. Assim, descobrimos pessoas que compartilham dos mesmos gostos e paixões. Conhecemos essas pessoas para algo além das séries. Compreendemos essas pessoas e elas nos compreendem. Trazemos elas para a vida e elas podem, sim, permanecer. Ou se juntar de vez e criar um blog que pode, eventualmente, dar brilhantemente certo. Sabem como? Pois é...
E os termos? Quantas pessoas vocês já deixaram abismadas pelos seus termos? Hiatus. Cliffhanger. Spoiler. Crossover. Shipper. São tantos e para nós são tão comuns quanto pedir pão na padaria, mas para eles, são palavras advindas de outro mundo onde, no fim, ninguém quer entender o que significa.
O jeito é aprender a lidar com a incompreensão das pessoas que nos rodeiam ou tentar trazer elas ao vicio junto conosco – minha mãe está maratonando Fringe e amando loucamente Olivia Dunham- e, quem sabe, elas possam te trazer outros vícios também – por causa de minha mãe, eu estou maratonando X Files- Amigos podem ser incluídos no grupo com um pouco de persuasão, como um “Assiste logo e fica quieto”.
Mas na dúvida e na solidão, corre nos grupos. Nos blogs. Corre aqui. Fale comigo. Fale com algum seriador. A gente acha um jeito. Aquelas frases de sua série favorita. Um vídeo, um texto qualquer, uma review...Qualquer coisa. Nós nos entendemos. Nós somos seriadores. Com certeza nesse nosso universo tem alguém sofrendo pela mesma série que você e, talvez, essa pessoa também pense que é a única sofrendo por isso. O mundo é menor do que parece. E seriadores, por mais escondidos que possam parece, podem ser encontrados em um grupo qualquer.
Seja você de sci - fi, seja fã de série teen, seja fã de ação, aventura, suspense, terror, zumbis, seja você fã de OUAT in Wonderland. Seja um seriador.