É outubro e a neve de outono começa a cair em Copenhagen, deixando os dias mais curtos e as noites mais sombrias... E pelas ruas geladas e escuras, um psicopata aterroriza a cidade. Em uma manhã tempestuosa em um tranquilo bairro de Copenhagen, a polícia faz uma descoberta sinistra: o corpo de uma mulher brutalmente assassinada, com uma das mãos faltando. Sobre ela está pendurado um pequeno boneco feito de castanhas. O caso é entregue à ambiciosa detetive Naia Thulin e a seu novo parceiro, Mark Hess, um investigador introspectivo que acabou de ser expulso da Europol.
Logo se descobre uma evidência ligando o Srº Castanha a uma garota desaparecida há um ano: a filha da política Rosa Hartung. O homem que confessou tê-la sequestrado e assassinado está atrás das grades e o caso foi encerrado há tempos ― e qualquer insinuação contrária causa disputas e inimizades na corporação. No entanto, quando novas vítimas e novos bonecos aparecem, Thulin e Hess acham cada vez mais difícil ignorar a conexão entre o caso Hartung e o novo serial killer.
Mas que conexão seria essa? E como impedir o assassino de continuar sua caçada, se ele parece sempre um passo à frente da polícia?
As Sombras de Outubro traz o melhor do estilo thriller noir, acrescentando ao suspense clássico uma boa dose de energia. Sveistrup retrata seus personagens com sensibilidade e mostra como romances policiais podem fazer críticas contundentes às realidades sociais.
Em meio a uma pandemia mundial, um isolamento social e uma ressaca literária de algumas boas semanas, ressurgi dentre para páginas dos livros, diretamente para encarar ‘As sombras de Outubro’, de Soren Sveistrup, roteirista da série ‘The Killing’.
Não nego para ninguém que tenho uma queda literária por suspenses, investigações e thriller, o que é um prato cheio nesse livro fantástico de 416 páginas de pura adrenalina.
Ao longo da trama acompanhamos Naia Thulin e Mark Hess investigando a morte de algumas mulheres, assassinas de formas bem brutais, tendo sempre um passado obscuro.
Contudo, os assassinatos que antes pareciam ser casos isolados, começam a se conectar, apontando diretamente para Rosa Hartung, que teve sua filha desaparecida há um ano e declarada como morta, mesmo sem nunca terem encontrado o corpo.
Os casos começam a ficarem mais recorrentes, mais brutais, indicando de forma mais intensa para uma solução que poucos querem aceitar, uma vez que põem em dúvida a credibilidade da própria polícia dinamarquesa.
Sinceramente, terminei o livro tem poucos dias, mas sei que ele será um dos meus favoritos do ano por diversos motivos. Primeiro, uma leitura super fluida e intensa, em vários momentos eu me sentia como uma própria personagem da narrativa, sentindo raiva, tristeza, nojo, alegria, desejo de vingança. A escrita de Sveistrup é extremamente envolvente. O que me leva diretamente ao segundo motivo, que são descrições detalhadas dos ambientes, sem ser desgastante ou cansativo. Na verdade, é tão bem descrito, que muitas vezes eu conseguia me imaginar nos locais e criar feições na minha mente para os personagens descritos por ele. Mas deixo também um alerta. Para aqueles com estômago sensível, e com limitações para cenas detalhadas sobre mortes e torturas, cuidado. Os assassinatos e as cenas mais cruéis, são muito bem descritas, chegando a ser angustiante, em certos momentos.
E por fim, o terceiro motivo, é que o livro trata de assuntos bem importantes, como desigualdades, maus tratos infantis que se transformam em problemas emocionais e psicológicos e como isso pode afetar milhares de pessoas, além de mostrar as falhas no cenário político, social e policial.
Enfim, bati meu recorde e li essas 416 páginas em quatro dias, e para aqueles que assim como eu são apaixonados por uma boa dose de adrenalina proporcionada pelos livros, recomendo a leitura de ‘As sombras de outubro’.
Título: As Sombras de Outubro
Autor: Soren Sveistrup
Tradutor: Natalie Gerhardt
Editora: Suma
Tradutor: Natalie Gerhardt
Editora: Suma
Páginas: 416
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