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Title: [REVIEW] THE MENTALIST – S06E20: IL TAVOLO BIANCO
Author: Felipe Lima
Rating 5 of 5 Des:
Que delícia de episódio! Pois é, senhores, não há outra maneira de começar este review a não ser esta. Que delícia! Elenco tinindo, rot...

Que delícia de episódio! Pois é, senhores, não há outra maneira de começar este review a não ser esta. Que delícia! Elenco tinindo, roteiro espetacular, cheio de mistérios, astúcias, surpresas, personagens, ambientes diversos, momentos de tensão, romance e tudo o mais. Realmente fiquei muitíssimo satisfeito. A dois episódios do final da temporada, The Mentalist mostra-se com um vigor excelente, prometendo grandes emoções para os espectadores que, depois de certos arrepios na espinha pela incerteza do que o projeto havia se tornado, podem sentar aliviados e curtir o espetáculo.

Como já era de se esperar, eles retomaram a trama do episódio anterior, sobre o tráfico internacional de mulheres, mas, de maneira muito bem articulada, conseguiram colocar outros dois casos dentro desse [a saber, o caso da promotora corrupta e o caso do mafioso italiano], de modo que ficamos com a atenção focada nisso sem perder o fio da meada do caso central, que aos poucos, de modo muito bem montado, nos ia sendo posto. Ou seja, tudo andou em perfeita harmonia estrutural, proporcionando a nós bom entendimento do que se passava sem perder o foco no que interessa. 

No primeiro caso, o da promotora, foi bem divertido ver Jane dando uma aula de análise de comportamento humano, em uma verborragia lógica de tirar o chapéu, dando um nó na cabeça de todos, ganhando a simpatia do júri e, sobretudo, resolvendo o que ele foi lá resolver, concluindo, então, que é a promotora quem está de conluio com o mafioso, e não o júri. Já no caso do mafioso, temos que reconhecer que foi um tanto quando forçada a jogada do casaco, né? Tudo bem que Patrick Jane é o máximo do máximo, mas às vezes eles pegam bem pesado. De qualquer modo, lá estava Jane dentro de uma boate, usando todo seu charme para conquistar a tola mulher do suspeito.


Um dos pontos altos do episódio foi a relação Lisbon-Jane atingindo patamares jamais vistos antes. Na cena do restaurante, por exemplo, fiquei tensíssimo enquanto assistia, pensando no que sairia daquela conversa entre os dois. Que eu me lembre, nunca os vi conversando daquele modo, quase que se entregando por completo, num grande deslumbre de honestidade mútua. Foi realmente impressionante. A cena em que ele vai até a casa dela também foi importantíssima. O desgosto estampado no rosto dele ao ver Pike abrindo a porta, a falta de jeito dele ao expor, de certo modo, seus sentimentos para ela que, por sua vez, acatou aquilo com a devida emoção, compreendendo o peso daquela cena. E aqui cabe estender o elogio não somente ao espaço diegético, mas também à Robin Tunney, que realmente absorveu a emoção do momento e deu o seu melhor na execução da cena. Ainda quanto a isso, uma sacada ótima dos roteiristas foi o momento em que Lisbon e Pike assistiam ao filme Casa Blanca e ele, ao tentar explicar o enredo a ela, se sai com um “trata-se de uma história de amor sobre uma mulher que precisa escolher entre dois homens”. Genial! E o que falar, então, de Dennis Abbott dando uma de cupido entre Jane e Lisbon? Acreditem, senhores, quando digo que o episódio foi realmente bom, não estou exagerando!

No balanço final, tivemos dois malfeitores presos e uma descoberta que certamente nos levará ao prazer de ouvir mais um previously on The Mentalist no início do próximo episódio, pois o que era um tráfico internacional de mulheres transformou-se em tráfico de órgãos. A rede de intrigas vai crescendo, as expectativas pelo porvir vão aumentando e a tristeza pela chegada do fim da temporada começa a germinar. Força na peruca, segurem-se em suas poltronas, pois os próximos episódios prometem mais dessa boa sensação de um seriado que, mesmo em sua sexta temporada, ainda consegue surpreender e prender a atenção de seus espectadores. E como!

07 Mai 2014

Sobre o Autor

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Felipe Lima

Filósofo e Jornalista, amante das artes em geral e criador do portal Qualquer Bobagem. Um misto entre o óbvio e o nunca visto.
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