A três anos da aposentaria, a carreira do detetive Harry Bosch no Departamento de Polícia de Los Angeles está perto do fim. Numa manhã, ele recebe dois novos crimes para solucionar, junto com seu parceiro David Chu. No primeiro, uma prova de DNA, encontrada no pescoço de uma vítima de um crime cometido há vinte anos, indica que o criminoso era uma criança de apenas oito anos. As evidências levam Bosch a se perguntar se o caso apontaria para uma criança assassina ou se houve uma falha do laboratório de análises criminais.
O segundo crime investigado não é menos instigante: um delito que tem, certamente, caráter político. O filho do vereador Irvin Irving – um antigo inimigo de Bosch – pulou ou foi empurrado da janela de um hotel de luxo. O mais surpreendente é que foi o próprio Irving quem solicitou ao Departamento de Polícia que a investigação fosse conduzida por Bosch.
Em A queda, Michael Connely mantém a narrativa perspicaz e repleta de reviravoltas. Na trama, o detetive protagonista busca descobrir os indícios para solucionar os dois casos. Afinal, há três décadas, um assassino opera secretamente na cidade e uma conspiração política age no departamento de polícia corrompendo a instituição.
Acho que o motivo de eu gostar tanto de livros de investigação policial é o suspense e a curiosidade, que normalmente nos prendem até a última página. Também envolve a sensação de criar teorias, e em muitas das vezes, vê-las serem derrubadas por um plot twist que me deixa enérgica de tanta surpresa.
E tudo isso foi encontrado em ‘A Queda’ de Michael Connlly, já bem conhecido por seus livros de romance policial e sua narrativa que consegue envolver completamente o leitor.
E apesar da história narrar duas situações bem diferentes, a conexão entre elas, o modo de agir de Bosch, os nós bem dados, o desenrolar e o desfecho de cada situação é excepcional. Conseguimos entrar na mente de Harry Bosch e começar a entender suas aflições, seus medos, suas raivas, as angústias e pouco a pouco somos levados pela mente do detetive a desvendar dois crimes de grande relevância em nossa vida social.
Preciso ressaltar que a escrita de Connelly é SENSACIONAL! Vários momentos durante a leitura me fizeram ter sensações FÍSICAS quanto ao o que eu estava lendo, como raiva, tristeza e até repulsa e ânsia de vômito, o que só enfatiza a grande capacidade de escrita do autor.
Vale a dica também para quem é sensível ou tem algum tipo de gatilho relacionado a abusos sexuais. Talvez não seja o melhor livro para você.
Contudo, se você não se enquadra nessa situação, fica a recomendação de um livro muito bem escrito, que nos envolve, nos faz entrar na história e nos faz refletir sobre situações que vemos diariamente, mas que talvez não tenhamos chegado a vivenciá-las.
Título: A Queda
Autor: Michael Connelly
Tradutor: Cássio Arantes
Editora: Suma de Letras
Tradutor: Cássio Arantes
Editora: Suma de Letras
Páginas: 312
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