
Esse episódio foi o episódio para notarmos os paradoxos. De família, da fama, da forma como cada um lida com ela. "Limelight" traz o caso de Mandy Sutton, uma estrela em ascensão, metida com drogas e todos os escândalos possíveis, visada pela mídia e, supostamente assassinada. Supostamente porque depois somos convidados a presenciar uma reviravolta no caso e vemos que Claire Samuels, uma espécie de “dublê” de Mandy, é quem foi realmente assassinada.
No fim, "Limelight" mostrou o quanto a fama pode mudar uma pessoa e trazer consequências trágicas a quem não sabe lidar com ela. Nesta sexta e maravilhosa temporada da série, eu critiquei a margens largas o último episódio. Pois para mim, ele foi fraco e falho. Hoje, posso voltar a falar da série que busca sempre renovar o roteiro que pode sim parecer similar a outros já feitos. É normal, e é normal por um simples motivo: Séries policiais existem aos montes e casos de assassinato podem vir a serem parecidos. Li criticas desmedidas ao episódio por voltar ao plot lá da segunda temporada. Realmente?! A única semelhança está no fato de ambas serem famosas. De resto? Mandy nem mesmo estava morta! Castle vive um momento ótimo de história, de audiência, de tudo. Usando linguagem bem vulgar e simples? Parem de procurar chifre em cabeça de cavalo. Está tudo indo bem.
Alias, o quão fantástico foi o fato de Mandy estar viva. A vítima estava viva, bem, ao menos uma delas. E a aproximação de Alexis e Mandy pode mostrar bem os lados de uma moeda que pode ser bem cara e pesada: a fama. Mandy cresceu sob os holofotes, com privacidade roubada, sem poder fazer o que quer sem gerar caos na mídia, e definitivamente ela não soube lidar com isso. Além disso, a mãe de Mandy não era a melhor pessoa do universo [Claire que o diga] e não dava liberdade para a filha escolher o que queria fazer. Ela queria ser livre, mas não podia. Zach é a pessoa normal que Mandy encontra dentro de toda a anormalidade que cerca e ela quer ser feliz com ele. Mas, novamente, pela interferência de uma mãe que impõe seus propósitos, ela não pode.

Pode ser que ela esteja arrependida de sua decisão atualmente [e quem a pode julgar? Eu já teria chutado o pau da barraca com ele faz tempo], mas ela tentou, sem ninguém para interferir, sem mídias e pais possessivos para darem palpite. Ela tentou, e por ser crescida o suficiente, ela vai resolver seus problemas, para depois ir falar com o pai [e também porque ela é Castle e o orgulho ali é peça chave. Ela não vai admitir que ele estava certo o tempo todo]. Como "Like a father, Like a Daughter" nos mostrou, eles são parecidos e diferentes nas semelhanças. Agora teremos que esperar para ver como o resto da história se desenrola.
Deixo para eles o final desta review. Porque eu, sinceramente, não sei mais o que falar. Quem me segue no Twitter já pode ter visto esta minha afirmação e voltarei a fazê-la. Eu já vi muitas séries e ainda vejo, eu vi e shippei muitos casais nesta vida de seriadora. Mas nenhum deles chega perto de me deixar feliz como eles deixam.
Eu assisti esse episódio e, como disse acima, terminei ele com um sorriso besta nos lábios. Um sorriso besta porque me lembrei lá da primeira temporada e uma Beckett que queria atirar no Castle antes que ele assinasse o contrato. Eu me lembrei de uma segunda temporada com uma Beckett dizendo que Castle era um assassino porque matava sua paciência. Então fui para a terceira temporada e vi ela aceitar o fato de que ele estaria lá pare ela [Always] e que ele era alguém que ela confiava. Eu fui para a quarta temporada vendo ela admitir para ele, e para si mesma, que ele era tudo que ela queria. Eu vejo o relacionamento deles crescer na quinta temporada e o pedido de casamento na sexta. Eu vi ela dizer lá na segunda temporada que não exista “Nós” e agora? Tudo que ela quer ver escrito nos jornais é sobre "Nós".
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Imagem divulgada pela própria ABC. |
Me desculpem por surtar, mas escrevo review por um motivo: sou entendida por quem me lê e eu sei que muitos concordam comigo. Muitos pedem as cenas “quentes” e eu também sinto falta dessas cenas, mas diante da beleza das cenas que eles os dão... quem somos nós para reclamar? Quem sou eu para reclamar? As cenas Caskett são fofas, mais fofas do que posso aguentar inclusive, e eu me sinto uma fã extremamente feliz por ver o cuidado que os roteiristas e escritores estão levando o relacionamento. Nós, fãs, estamos tendo o que muitos fãs queriam ter tido. Um relacionamento crescente e visível aos olhos, algo lindo e duradouro. Beckett aceitou de fato o que é namorar alguém “um pouco” famoso. Quando eu me lembro lá da segunda temporada, mais especificamente o episódio "The Third Man" [S02E14] quando sai nos jornais notícias de que Castle e Beckett estariam em um relacionamento amoroso [rumores, diria Castle] ela fica preocupada com sua reputação e tem, literalmente, um surto com a matéria. Em "Limelight" eu vejo como o relacionamento deles cresceu e como a Beckett agora não tem medo de admitir o que sente. Ela o ama. Ela é feliz e os fãs também.E eu estou feliz com isso. Feliz mesmo.
Termino essa review defendendo um episódio que não foi épico, mas foi bom dentro do proposto para ele. E com a certeza que eu escolhi a série certa para dar meu coração. Às vezes acho que a série favorita não é questão de lógica, de enredo complexo ou qualquer coisa assim. É de sentir, é de sentir a série e não saber explicar porque assisti-la te deixa feliz. De qualquer forma, eu sou feliz vendo Castle.
No mais? A vida é linda e o noivado Caskett é de conhecimento mundial. Até semana que vem. Confiram a promo legendada, sempre e para sempre, pela Equipe do Stana Katic Brasil.