[REVIEW] CASTLE - S08E21: HELL TO PAY

Essa foi uma escolha nada ortodoxa para anteceder o episódio mais importante da história da série.  Um episódio que veio puxando para a veia cômica da série, somada a uma história de terror, não é algo que eu esperava para anteceder a finale. Porém, eu já venho sem entender as coisas que acontecem a Castle a tanto tempo que nem me dou mais ao trabalho de tentar. 

“Hell to Pay” veio com uma batida muito semelhante a de “Scared to Death” na quinta temporada (ressaltando que Scared to death foi infinitamente melhor), porém, nada de DVDs com espíritos assassinos aqui. Hoje, o assunto é 666 vezes mais complicado. E você, o que faria se soubesse da possível existência do Anticristo? 

Eu gosto de misticismo. Eu gosto do oculto (culpo minha lua em peixes). A estranheza do episódio talvez seja o que tenha chamado mais minha atenção no final das contas. Tenho tendências a gostar de episódios onde as coisas parecem sobrenaturais e no final podem ser claramente explicadas pelo viés científico, pela racionalidade. Vocês entendem porque eu amo Beckett, certo? 

Quando Gabriel Shaw aparece no escritório de Castle, assustando Hayley e Alexis e acaba morto, subitamente, as coisas começam a tomar um rumo estranho. Ainda mais estranho quando descobrimos que Gabriel havia fugido de uma clinica psiquiátrica para criminosos. Shaw havia sido internado e passou os últimos 20 anos na clinica alegando ser um anjo vingador que tinha como missão na terra, vamos descobrir mais tarde, matar o anticristo. Gabriel havia invadido uma casa e tentado matar toda a família de Victor Crowne, que ele acreditava ser, literalmente, o filho do Diabo.

Castle, em sua natureza, acaba acreditando na história. Ainda mais depois de descobrir que o seu escritório havia pertencido a um outro investigador que Gabriel havia trabalhado como consultor. O que ele queria no atual escritório do Castle depois de tantos anos? Uma das poucas armas que pode matar um anticristo: a Adaga Anjo. 

Entre muitas coisas estranhas acontecendo e um Castle sendo “marcado para a morte” nós tivemos nesse episódio uma visão antecipada, como se estivemos observando pelo olho mágico de uma porta, o que poderá ser a nona temporada da série. Onde a presença de Alexis e Hayley é marcante e Ryan, Castle e Espo investigam os crimes, mas (na possível nona temporada) sem precisar de reportar a Kate Beckett. 

Gostei da resolução em si. Do caso no contexto vitima - assassino. Porém, esperava algumas coisas que não vieram a acontecer. Beckett assustando Castle foi, literalmente, a melhor cena do episódio. Caskett é um casal que brinca um com o outro, que faz piada sempre que possível sobre qualquer coisa. Vocês acham mesmo que Beckett perderia a oportunidade de assustar Castle frente ao medo dele de estar marcado para a morte pelo demônio? Claro que não. E vê-los podendo, ainda, brincar dessa forma e aproveitar o relacionamento dos dois de forma leve enquanto a bomba não nos atinge foi algo extremamente positivo. Ao mesmo passo que foi falho.

Esse foi o último episódio com um caso normal da Beckett e eu realmente esperava que, ao menos nesse, a personagem fosse ser melhor explorada do que foi nessa oitava temporada. Não foi o que aconteceu. Novamente Beckett ficou em segundo (ou terceiro) plano e mal apareceu associada ao caso. Todas as vezes que ela apareceu, a situação era mais ligada ao Castle, como disse na minha última review, essa redução de participação da Beckett à cena dos casais é algo que me incomoda bastante. Mais do que isso, esse foi o último episódio que tivemos a chance de ver Castle e Beckett como um casal, visto que o próximo episódio será tenso e corrido. 

Era a chance de mostrar Caskett em momentos fofos em casa, flertando ou, mais do que isso, fazendo interrogatórios juntos. Agindo como o time que resolvia assassinatos como ninguém. Com uma conexão invejável, completando frases um do outro e chegando juntos a mesma conclusão. Pelo visto, isso não foi relevante na hora de escolher o episódio para anteceder a finale. O que sinto é que estou vendo uma leve sombra do que um dia foi Castle. Uma sombra do que um dia foi uma história de um escritor e sua musa, lutando contra o crime. Um sombra, quando já tivemos todo o sol nesses dois. Uma sombra não é nada perto do que nós merecíamos.

Nesses momentos é possível perceber a mágica exercida por MilMar. Eu estava pensando esses dias sobre o assunto e eu sei, de cabeça, todos os episódios por nome, acontecimento e frases da temporada 1 até a 6. Eu sei algo sobre a sétima, se me perguntarem. Eu não sei nada sobre a oitava. O que eu sinto, de forma cada vez mais marcante, é que os episódios estão ficando esquecíveis. A história se perdeu, coisa que eu nunca imaginei acontecendo com Castle. 

Gostaria, antes de mais nada, dizer que chorei por 4 horas seguidas depois de ver a promo do próximo episódio e repassar comigo mesma toda a trajetória da serie e da personagem. Repassar cada acontecimento que nos trouxe até aqui. Semana que vem uma Era acaba. Semana que vem é a despedida mais dolorosa da minha vida de seriadora. Direi adeus a minha personagem, amiga e exemplo. Direi adeus a série que foi meu lar por 8 longos anos. Eu direi adeus. Não um "Até Amanhã", mas um Adeus. E, com toda certeza, um Always. Um Always que não sairá da garganta, mas que estará sempre em meu coração.

Até semana que vem. 

PS: Quem ser humano tem Kate Beckett deitada na cama e não vai lá ficar de conchinha até o fim dos dias?

PS1: Gente, me ajudem, eu quase morri na promo o que será de mim no episódio em si? 

PS2: O que farei da minha sem Castle ~google pesquisar~

PS3: Da mesma forma que eu não to pronta pra dizer tchau para a série eu não to pronta para dizer tchau para vocês. Não sei o que fazer. De coração. 

PS4: Acho que já deu pra entender que estou abalada emocionalmente, fico por aqui. Veja a promo por sua conta e risco.
 PS5: Amoras, vocês tem perguntado meu twitter, uma vez que, claramente, este que está no link não me pertence. Meu user é @RainbowPearls_

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