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Title: [REVIEW] - Dracula S01E02 - A Whiff of Sulphur
Author: Aleh
Rating 5 of 5 Des:
E surpresa! Logo no segundo episódio, temos uma visão de como foi o encontro entre Van Helsing e Dracula, assim como esclarecimentos ...

E surpresa! Logo no segundo episódio, temos uma visão de como foi o encontro entre Van Helsing e Dracula, assim como esclarecimentos da trama e seus objetivos. E como eu previa, Van Helsing é de fato um professor universitário que usa símbolos religiosos contra inimigos. 

É surpreendente como um acontecimento em comum pode criar uma aliança interessante e perigosa, visto que Van Helsing sabe como (aparentemente) destruir Drácula. 

Está certo que a série ainda não deu motivos para ser considerada espetacular, mas considerando as péssimas estreias da Fall Season, a série não precisa se esforçar tanto para estar entre uma das boas novatas, embora o potencial ainda precisa ser explorado. 

De qualquer modo, o episódio foi fundamental para explicar aquilo que ficou pouco explicado no piloto, mas talvez o mistério fosse necessário para convencer a continuar assistindo a série. 

E de fato, valeu a pena continuar assistindo, pois em um único episódio temos a explicação da trama (que de fato é aquilo que havia comentado na review do piloto), a formação da aliança entre um professor que havia jurado perseguir Dracula e o próprio Dracula, o passado do Van Helsing e entre outros. 


Começamos na tumba de Dracula, onde Van Helsing usa seus símbolos religiosos para controlar Dracula, ao mesmo tempo que conta sua história de vingança e o porque de não matá-lo. Van Helsing teve sua família (esposa e três filhos) queimada na fogueira, enquanto Dracula teve sua esposa queimada na fogueira. A diferença? Ordem do Dragão queimou a esposa de Dracula, Ilona, no século 15 enquanto a família de Van Helsing foi queimada no século 19. 

E então, voltamos ao presente, e temos a informação de que aquele acontecimento ocorrera 10 anos antes, o que significa que eles estiveram escondidos por 10 anos planejando a vingança. Haja tempo e determinação. E me pergunto o que eles faziam quando o tédio batia? “Hey Dracula, vamos revisar o nosso plano de vingança já que não temos nada pra fazer?”, definitivamente não. 


E quem diria que Dracula não gosta de agulhas e que Van Helsing adora espetá-lo? Mas será que Van Helsing está trabalhando na cura da aversão ao sol de Drácula ou apenas se trata de meios para fins? Afinal, a relação dos dois não é uma amizade, e sim uma relação necessária de, me atrevo a dizer, criatura e mortal com um único ponto em comum: Ordem do Dragão. 

Esse episódio também deixa claro a ambição de Drácula. O fato de ele usar o termo “a mulher” durante a conversa com Renfield é sinal de que a Mina/Ilona está sendo reduzida ao gênero dela: feminino. Também tem a ideia de que ela não é uma pessoa, e sim um detalhe do plot da vingança, uma ideia, um meio para os fins. Ela está sendo tratada, nessa conversa, como a re-encarnação da esposa e não como um personagem próprio. Apesar disso, é nesse episódio que podemos ter por alguns instantes uma conexão real. Resta ver se isso irá aparecer nos outros episódios, e continuo torcendo para que ela passe a ser tratada como personagem único, com suas características e não somente como um item. 


A Lucy Westenra sofreu um pouco de péssima escrita, da parte dos roteiristas, pois além de estar usando sexo para incentivar Alistair, ela está sendo apresentada somente dessa forma, não está sendo desenvolvida como deveria estar. E Jonathan Harker também está sendo usado como meio, como um item da vingança, embora ele seja o meio para a Mina/Ilona.

E ainda não entendi o porque dos roteiristas insistirem que Mina continue em uma área da medicina na qual ela não tem capacidade de fazer cirurgias sem cortar seu próprio dedo. Aqui temos um erro bastante severo que seria o fato de ela ter cortado o dedo da suposta mão dominante. Enquanto não for revelado qual é a mão dominante dela, ela será considerada canhota (devido à cena do bisturi. E alguém que segura o bisturi com a mão esquerda, é quase missão impossível cortar o polegar esquerdo, né não? Claro que não é um erro que vai afetar a história (assim espero eu).


E para encerrar a review: a ultima sequência foi mais que perfeita e necessária. É um dos raros momentos que Dracula será apresentado como ele é em sua natureza: um ser que necessita de sangue para sua sobrevivência, não existe nenhuma máscara ou disfarce, é o ritual de vampiro. É simplesmente puro Dracula nessa cena. 

P.S. Espero que o plot paralelo de Dracula andar no sol não seja desenvolvido rápido demais ou não fique ridículo como os vampiros de Crepúsculo. Se for desenvolvido de forma lenta e for um plot que se prove necessário (ainda não vi grandes justificativas para tal plot), ai sim, não terá problemas em usar tal plot.

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