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Title: [C.NERD] CRÍTICA #26 - TRAPAÇA
Author: Unknown
Rating 5 of 5 Des:
Dirigido por David O. Russell. Com: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence Jeremy Renner, Louis C.K., Jack Hust...

Dirigido por David O. Russell. Com: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence Jeremy Renner, Louis C.K., Jack Huston, Robert Deniro

Trapaça é um filme que promete muito, mas entrega pouco e tem em seu ponto forte as atuações de seus atores, algo que, vendo o elenco, não é nada mais que obrigação dos realizadores. 

A trama conta a história de um vigarista, Irving Rosenfeld (Christian Bale), que, juntamente com sua parceira, Sydney Prosser (Amy Adams), é obrigado a trabalhar para um agente do FBI, Richie DiMaso (Bradley Cooper). 

A história conduzida pelo Diretor David O. Russell, o mesmo de O Lado Bom da Vida, é pretensiosa desde o início, mas o que é visto ao longo da projeção é uma história que vai indo, indo, indo e não chega a lugar nenhum. 

O. Russell, inclusive, parece ter adquirido um fetiche neste filme em mostrar o quão incrível são as mudanças que este fez em seus protagonistas. Logo na primeira cena é mostrada a pança protuberante de Bale, em mais uma de suas mudanças físicas, momento que é repetido pelo menos mais duas vezes, em outra ocasião é mostrado Cooper com seus cabelos enrolados por mini-bobs. 

Não há também uma cena sequer que Amy Adams aparece sem um decote que mostre seu umbigo, apenas Jennifer Lawrence parece se safar desse fetiche do diretor. Além, é claro, do topete de respeito de Jeremy Rener.

Por falar neles, se há algo que se pode falar que deu certo no filme são os atores, todos estão impecáveis. 

Bale mostra mais uma vez porque hoje é um dos meus atores favoritos, em uma atuação que conta com alguns trejeitos do próprio DeNiro (que faz uma ponta no melhor momento do filme). É interessante constatar a composição de seu personagem que, por ser um obeso, fica constantemente ofegante, além das repetidas mexidas nos óculos e postura curvada o que demonstra sua fragilidade física e psicológica em diversos momentos.

Amy e Jennifer estão competentes em seus personagens, apesar do decote já citado me tirar um pouco o foco da atuação da primeira. Jennifer, apesar de pouco tempo em cena, consegue roubar apara si todos os momentos em que aparece em tela.

Já Cooper não consegue com seu Richie DiMaso um destaque como os outros, tendo seus melhores momentos apenas em cenas cômicas com o comediante Louis Ck, mas é igualmente eficaz no que lhe é proposto.

A Direção de Arte e Figurino são outros pontos que merecem destaque. Toda a ambientação, desde os cenários, passando por objetos em cena e principalmente as roupas e penteados dos protagonistas servem muito bem as pretensões de nos colocar na década de 70.

Estava apostando em uma reviravolta final para dar um ar de “NOSSA, NÃO ACREDITO!!”. O que mostra uma queda de O. Russel por finais apelativos (isso para não dizer excessivamente comerciais) como feito em O Lado Bom da Vida.

Uma pena que Trapaça, um filme que se esperava tanto, obtenha seus méritos apenas em quesitos técnicos e atuações, se esquecendo do principal, contar uma boa história.



03 Fev 2014

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