A Hollywood dos anos 30 e o seu envolvimento com a política da época é o tema central do filme Mank. O longa acompanha parte da vida de Hermann Mankiewicz, roteirista responsável por Cidadão Kane, filme ganhador do Oscar de 1942. Esse que é um filme sobre a corrida insaciável pelo poder através do jornalismo, exatamente o que Mank vivenciava na sua época.
Se você não conhece muito sobre os bastidores do cinema, essa história pode parecer um pouco confusa. Mank não é muito linear e muitas vezes nos deixa sem saber em que parte estamos realmente, o que é uma clara alusão ao próprio Cidadão Kane. Mesmo assim o filme te envolve aos poucos e você acaba por se importar com os dramas dos personagens.
Gary Oldman representa um Mank já muito afundado no alcoolismo, mas com um certo chame. Ele também é dono de uma ética forte que faz com que desafie os paradigmas dos donos do poder da época. É um típico personagem capaz de prender o telespectador, nós nos vemos torcendo para que ele finalize o roteiro mesmo sabendo que deu certo no final.
Apesar da imagem de Amanda Seyfried ser a que chama mais atenção midiática, é o papel de Lily Collins que dá um olhar diferente na história. A sua interação com Gary é profunda e você consegue ver a conexão entre os personagens sem nenhuma conotação sexual. Já Seyfried interpreta uma mulher estonteante, gentil e doce, mas que não tem um carisma forte o suficiente na história.
Eu tinha ouvido muitas opiniões sobre Mank, a maioria não foi boa. Mas me surpreendi muito com o filme de maneira positiva, é uma boa pedida para quem gosta das fofocas e intrigas do cinema. Entretanto, não consegui ver a razão pela qual ele é considerado o mais forte candidato.
TRAILER MANK
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