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Jéssica Ohara Jéssica Ohara Author
Title: DARLING, MELHOR VOCÊ CORRER!
Author: Jéssica Ohara
Rating 5 of 5 Des:
Um filme que eu terminei falando: porrann! Don’t Worry, Darling não é nada do que eu imaginava. Foi uma viagem bem doida que prometeu muito...


Um filme que eu terminei falando: porrann!


Don’t Worry, Darling não é nada do que eu imaginava. Foi uma viagem bem doida que prometeu muito e entregou nem metade. Temos lá um casal: Alice e Jack que parecem ter a rotina dos anos 60, ele sai pra trabalhar, ela fica em casa e ajeita as coisas, ele volta e os dois transam que nem dois animais. E esse dia vai se repetindo até a morte. Pelo menos até a Alice perceber que é muito estranho ninguém saber do mundo exterior e terem uma vida meio de cultista ao redor de Frank, líder do incrível Projeto Vitória que promete uma vida de princesa pra todo mundo.

O filme tenta fazer uma crítica social fuderosa demais com incels, o poder da realidade aumentada e um romance, no mínimo, abusivo. Alice vai descobrindo que eles vivem numa ilusão de segurança e que o caminho no deserto, que todos querem impedi-la de percorrer, pode ser a chave de tudo. Eu acho que o grande problema do filme é não ter dado margem para o mistério, para o plot twist. O expectador sempre sabe que algo está errado e só precisa descobrir exatamente o que é, só que quando finalmente somos levadas a verdade, eles só ficam dez segundos nela e a gente não entende lá muito.

O que salva bastante as duas horas de filme são as atuações que estão impecáveis, pelo menos dos principais, os coadjuvantes parecem plásticos e tem poucos minutos que mostram alguma emoção mais intensa. Talvez essa seja a intenção da diretora, deixar claro que é irreal, mas no final a execução acaba sendo meio clichê. Por outro lado, Florence Pugh não entrega nada menos que o perfeito e Harry Styles convence bem no seu papel. Eu sou um pouco contra diretores que aparecem, mas considerando todo o contexto, Olivia Wilde é uma adição que valeu a pena, apesar de seu momento alto ter sido pouquíssimo desenvolvido.

O final é algo parecido com A Origem só que sem toda a construção do suspense. Quando eu entendi o que Alice estava vivendo eu já estava tão pouco surpresa que a primeira coisa que me veio a mente não foi “Minha Nossa!” e sim “ Será que ela desenvolveu escaras?”. Na minha opinião pensar em escaras não deve ser o que um filme contagiante tem que provocar.

Por fim, as transições e efeitos visuais estão legais, mas também nada muito inovador. Eu pareço que tô arrasando o filme, mas na real gostei de ver, só que é isso, ele é só gostável.

Pontuação: 6,0

Veria de novo? Não!

Indicaria? Não.

Adeus e obrigada pelos peixes!

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