Eu tenho que admitir que sempre gostei da Cruella. Eu sei, não é legal gostar de alguém que quer a pele de cachorros pra fazer casacos. Mas, assim, ela sempre foi uma vilã gostável até porque ela nunca conseguiu realizar os seus planos. Nos desenhos e nos filmes, nunca houveram indicativos de um passado para Cruella, ela sempre foi daquele jeito e até aceitamos bem esse fato. Mas a Disney resolveu nos mostrar que nem tudo é o que parece.
Estella é uma criança criativa que não se encaixa nos padrões impostos pelas instituições, talvez até um pouco radical, ela gosta de experimentar e descobrir novas coisas. Seu sonho é ser uma estilista e trabalhar com as mentes mais criativas. Com esse comportamento, é quase certo ela arranjar várias tretas. Tudo corre bem dentro dessa loucura até uma grande tragédia acontecer e ela se vê acompanhada só do seu cachorro Buddy. Logo no começo de sua jornada, ela conhece Jasper e Horace (sim!!!), eles formam uma espécie de família meio torta, mas amável.
Mesmo crescendo numa vida de pequenos delitos, Estella nunca esqueceu das suas ambições da juventude e devido a uma ajudinha de Jasper, ela consegue seu emprego dos sonhos: trabalhar na Liberty, marca da famosa estilista Baronesa, vivida pela brilhante Emma Thompson. É a partir daí que a história de origem de Cruella e todo o seu lance com os dálmatas vêm a tona.
O meu primeiro destaque vai pra quanto eu amei esse filme. O trailer era muito empolgante, mas depois de Esquadrão Suicida fico com um pé atrás quando vejo uma boa divulgação. Cruella supera o seu trailer e qualquer expectativa minha. O roteiro é muito bom, há alguns furos e problemas, mas esses são salvos pela direção que dá o ritmo certeiro a produção. O desenvolvimento de Estella para Cruella é feio de forma adequada com boas explicações sobre o porquê ela vai enlouquecendo.
Outra salva de palmas vai pro figurino e maquiagem que assimilaram bem um ar punk dos anos 70 e 80. Estella e a Baronesa sempre estão com roupas perfeitas deixando o antagonismo claro, mas não ridículo. E eu achei que a Emma Stone era perfeita de cabelo ruivo, mas ao vê-la de cabelo preto e branco começo a considerar que ela deve incorporá-lo a sua estética.
Falando em Emmas, as duas estão perfeitas no longa, a química é muito óbvia, elas se complementam. O mais interessante é que o foco dessa história não é um romance, mas um acerto de contas. Costurando com uma poderosa trilha sonora, o filme nos leva numa dança mortal entre as duas protagonistas.
Vi muita gente comentando que a Disney romantizou uma vilã cruel. Mas em um ponto do filme Cruella diz "As pessoas precisam acreditar em uma vilã" e esse se torna o grande ponto. E senão estamos vendo um prequel, mas uma história de origem de uma nova saga? Na qual a fama de matadora de cachorros é só aproveitada e não real? Isso só o Cruella 2 (QUE JÁ ESTÁ CONFIRMADO) vai poder nos responder.
TRAILER CRUELLA
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