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Ruan Wendell Ruan Wendell Author
Title: 5 FILMES DA NETFLIX PARA QUEM AMA LIVROS E AFINS
Author: Ruan Wendell
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Olá leitores, hoje vim compartilhar com vocês a dica de 5 filmes sobre o que mais gostamos, os livros. São histórias totalmente dif...


Olá leitores, hoje vim compartilhar com vocês a dica de 5 filmes sobre o que mais gostamos, os livros. São histórias totalmente diferentes, mas todas trazem a temática da literatura ou o gosto pelos livros.
Obs: Não estão em ordem de preferência.


1. A livraria


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A história gira em torno de uma viúva que decide reconstruir sua vida e, para isso, resolve abrir uma livraria, apesar da oposição da população do vilarejo onde vive, na Inglaterra, em 1950. A livraria é um filme esteticamente lindo, com cenários belos, solitários e um tanto sombrios, lugares que parecem combinar perfeitamente com leitura e que nos faz desejar estar. 

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Ainda que pareça um conto de fadas, o filme está longe disso. O enredo segue com um tom agridoce e personagens bem cativantes, em especial a personagem principal Florence Green (Emily Mortimer), que é movida pelo amor aos livros e vai contra todas as expectativas ao decidir abrir uma livraria. Um ponto marcante na história é um aliado improvável, o sr. Brundich (Bill Nighy), que surge para ajudar Florence e a relação de amizade entre os dois que se inicia a partir dos livros. 
As nuances captadas pelo filme expressam da maneira mais bela aquilo que sentimos ao tocar as páginas de um livro, ao lê-lo e ao terminar uma boa história. As referências que nos são mostradas durante o filme também nos fazem ansiar por ler aqueles livros, a maioria dos quais confesso que não li ainda. 
O filme foi indicado a 11 categorias no Prêmio Goya (a maior premiação do cinema espanhol) e recebeu 3 deles.



2. Uma beleza fantástica
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Sonhando em uma dia ser uma respeitada escritora de contos infantis, a jovem Bella Brown (Jessica Brown Findlay) vai cruzar com alguém que representa o oposto do que pretende ser: um velho rabugento, viúvo e de poucos amigos. Incrivelmente, ela vai criar um forte laço de amizade com ele, iniciando uma relação curiosa e inspiradora.

Uma beleza fantástica é um filme leve, descontraído mas que agrada em tudo. Somos apresentados a personagem Bella Brown, que é uma moça cheia de modos peculiares de organização e com TOC, além de sua paixão pela leitura e escrita, sendo interpretada pela nossa querida Lady Sybil Crawley (Jessica Brown Findlay) de Downton Abbey, com uma atuação impecável. 

O filme traz uma relação interessante entre os personagens. Como o senhor Alfie (Tom Wilkinson), o vizinho rabugento de Bella (e amante de plantas), que arma para que ela seja despedida de onde está morando por alegar que ela não cuida do jardim. Por sua mania de organização e limpeza, Bella não suporta ficar no jardim e acaba deixando-o de lado, o que desperta a ira de seu vizinho. Isso acaba deixando-a numa situação em que ela tem apenas 30 dias para arrumar o jardim, a fim de continuar morando naquele local.

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Acredito que uma das características marcantes do filme é mostrar como as pequenas coisas podem fazer diferenças enormes em nossa vida. O trabalho no jardim, a amizade que se desenrola entre Vernon (Andrew Scott) (ajudante do senhor Alfie que acaba trabalhando para ela) e ela, e entre ela e o própio senhor Alfie, além de seu emprego como bibliotecária, mudam totalmente sua vida.

O filme é cheio de sutilezas e detalhes que mostram o crescimento da amizade contrastando com o crescimento das plantas no jardim. A escrita também é um dos principais temas do filme e tratada de forma encatadora junto ao romance de Bella e Billy (Jeremy Irvine), um sonhador como ela.

Esse filme é a combinação perfeita para uma tarde preguiçosa junto ao sofá!



3. Matilda
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Quem nunca assistiu Matilda na Sessão da tarde da Globo provavelmente não teve infância...brincadeira (rsrs). Mas realmente esse é um daqueles filmes bastante populares dos anos 90 que encantou gerações de crianças. Confesso que esse foi um dos filmes que me fez ainda mais apaixonado pela leitura e que me motivou a ler cada vez mais.

Matilda, uma menina deixada de lado pelos pais vê na leitura sua "porta de escape" do mundo que vive. Seu pai um fraudulento vendedor de carros, após vender uma de suas maquinas a uma terrível diretora de um colégio resolve matricular a menina nessa escola. Apesar da diretora durona, a escola tem uma professora amável e paciente com as crianças, pela qual logo ganha o carinho de Matilda, além da mesma perceber na menina uma inteligencia além do comum. Uma criança super dotada, Matilda começa a desenvolver poderes que a ajudarão a fazer justiça na escola.

Esse é aquele filme leve, com gostinho de infância e que toda criança e bom leitor deveria assistir. Apesar da temática infantil, Matilda também faz alusão a temas importantes como adoção, maus tratos a crianças, entre outros.



4. A Sociedade Literária e a torta de casca de batata

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Romance doce, reviravoltas, muita leitura, cenários exuberantes e fundo histórico? Também temos. A sociedade Literária e a torta de casca de batata traz isso e muito mais. 

Juliet Ashton (Lily James) é uma jovem escritora, com falta de inspiração, que logo após a Segunda Guerra Mundial recebe uma carta de um membro da misteriosa Sociedade Literária de Guernsey, uma organização formada durante o período de ocupação nazista. Curiosa, Juliet decide ir até às ilhas de Guernsey e encontra-se com os excêntricos membros da Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata, entre os quais se encontra Dawsey (Michiel Huisman), o charmoso e intrigante agricultor que esteve na origem da carta. As suas confidências, a sua ligação à ilha e aos seus habitantes e a crescente afeição que nutre por Dawsey irão para sempre mudar o curso da vida de Juliet.

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Com um enredo encantador o filme não cansa o espectador em nenhum momento, tornando o que vemos tão prazeroso quanto a leitura de um livro. É agradável vermos o interesse de Juliet pela sociedade e o esforço que ela faz para desvendar o mistério que os cerca, ao mesmo tempo em que sua própria vida é transformada pela viagem e relação com aquelas pessoas. Acredito que o filme também quis passar a visão, ainda que na sociedade daquela época, da distinção entre praticamente dois mundos pelos quais Juliet tinha que se decidir, o campo e a cidade, representados por seu noivo, Mark (Glen Powell) no começo do enredo e Dawsey, o agricultor e integrante da sociedade. Ao mesmo tempo o filme traz o cenário pós-guerra e os traumas deixados por esses eventos, se valendo da ótima atuação do elenco para tornar o enredo agradável e sem deixar evidente o peso embutido nesse tema.


5. Mary Shelley
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Mary Shelley é um filme de drama romântico de 2017 dirigido por Haifaa al-Mansour e escrito por Emma Jensen. O enredo segue o primeiro amor de Mary Shelley e seu relacionamento romântico com o poeta Percy Bysshe Shelley, que a inspirou a escrever Frankenstein; ou, o moderno Prometeu. 

Um dos mais importantes nomes da literatura fantástica ganha um filme com uma grande representatividade da sua força e capacidade ao mesmo tempo em que expressa da melhor forma suas fragilidades e paixões. 

O enredo contado por duas mulheres (diretora e roteirista) permite que sentimentos sejam captados durante todo o filme, além da belíssima atuação de Elle Fanning como Mary, que torna a personagem viva e real, jovem, frágil e ao mesmo tempo forte e corajosa. Outros atores também ganham destaque pela atuação como Douglas Booth como Shelley e Tom Sturridge dando vida a Lord Byron, uma figura literária excêntrica e cheia de suas loucas paixões.

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Durante todo o filme podemos ver a importância dos livros e escrita na vida da autora. Tendo desde a infância crescido junto aos livros, por seu pai, William Gowdin (Stephen Dillane), ser também escritor e poeta, Mary vê a escrita muito mais que um hobby, mas um refúgio, que logo se torna uma paixão, levando-a a fazer o que estiver em seu alcance para publicar seu livro, mesmo vivendo em uma sociedade altamente conservadora e machista. 

Mesmo que a história, que narra a biografia da autora, siga pelo caminho do romance entre ela e Shelley, Marry é uma mulher a frente do seu tempo, que precisa enfrentar decisões difíceis e contra o conservadorismo da época a fim de seguir com seu romance. Enfrentando seus próprios monstros e conflitos e tendo que lidar com suas escolhas, Mary explora suas emoções e consegue torná-las palavras, escrevendo com uma riqueza de detalhes sobre o medo e a solidão. 

Frankenstein, o livro de Mary Shelley, com um enredo sombrio de agonia e solidão, expressa muito da vida da própria autora durante aquele período, e é isso que faz dele um clássico com relevância até os dias de hoje e consagra Mary como uma das maiores autoras do seu tempo.









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