Não tenho nem o que dizer, só sentir.
Haven teve uma longa jornada. Seis anos, cinco temporadas, 78 episódios e uma montanha russa de reviravoltas, certamente ficou marcada como um dos sci-fi's mais icônicos do mundo das séries. Independentemente dos seus efeitos especiais, Haven soube explorar o máximo do enredo de seus personagens, com alguns devaneios aqui ou ali, mas nada tão grave quanto eu achei que seria.
Em "Now", Croatoan criou a imagem da filha do Dwight e de uma nova Audrey, com os mesmos sentimentos da original, para fazer os dois desistirem do seu verdadeiro destino. Vince, agora como o coordenador/piloto/whatever do celeiro, tinha uma ideia genial para encerrar os assuntos de Croatoan na face da Terra, pois eles planejavam tornar a torre no novo celeiro, que twist, não?
Duke morreu, infelizmente. Eu chorei pra caramba ao ver o que estava acontecendo com ele, mas tenho que admitir que Haven soube manter a tradição, mesmo que significasse matar um dos personagens principais. A maldição dos Crocker prevaleceu e acabou levando o nosso querido Duke com ela. Audrey e Nathan pareciam não ter mais como se ferrarem e Croatoan vai lá, nocauteia o moço e manda ele pra Deus sabe onde, deixando nossa heroína completamente sozinha em Haven, sem ninguém para ajudá-la e com Dwight e Vince tentando entender o que diabos está acontecendo com a filha do Dwight.
Por sorte, isso foi explicado na series finale, "Forever", onde o espírito de Duke, aproveitando-se das brechas de Croatoan, começou a se comunicar com o chefe de polícia e guiá-lo por Haven. Adorei a interação dos dois, por mais que Duke não pudesse voltar a vida, foi legal ver que ele ainda tentava ajudar os seus amigos. Dwight confiou nas palavras de Duke no último momento e por conta disso, sua filha acabou sobrevivendo e ele encontrou o seu final feliz. Ai, os sentimentos...
Nathan e Audrey 2.0 foram tão lindos juntos que eu realmente não sabia o que queria que acontecesse. Por mais que aquela Audrey não fosse a Audrey que conhecemos e amamos (e odiamos também), ela tinha exatamente a mesma personalidade, só que mais pura. Isso é perceptível quando, independente do que ela pensava, ela acompanhou o Nathan em sua jornada de volta à Haven. Meu coração começou a doer quando vi os dois se despedindo e um "We Love You" como últimas palavras me deixou completamente sem chão. Haven estava acabando e nada parecia funcionar corretamente.
Com o retorno de Nathan e a redenção de Croatoan, parecia que Haven permaneceria sã e salva e um final feliz estava perto, mas estávamos enganados. Para que o celeiro funcionasse, Audrey teria que sacrificar o seu amor por Nathan como uma espécie de "combustível", deixando os dois com uma das despedidas mais dolorosas que eu já vi em séries. O quote dele foi esplêndido, porém, seu eu pudesse mudá-lo, eu o faria. Desde a terceira temporada, os personagens têm lutado contra o destino e contra profecias para manter Audrey viva, e no final ela desistiu de tudo, o que certamente não caracteriza a Audrey que conhecemos, ou o Nathan que conhecemos. Para fazer jus ao que a série é, às loucuras que Nathan faz por amor e que Audrey faz para criar o próprio caminho, eu imaginava Nathan correndo em direção à torre no último momento, ao dizer "And that's why I could never leave you" e os dois estariam juntos onde quer que fosse. Talvez o amor dos dois fosse suficiente para que Audrey permanecesse. Acho que nunca saberemos.
E o final da cidade após todos esses acontecimentos resumiu-se a os moradores recuperando-se dos traumas, Croatoan e Vince amiguinhos, Dwight feliz com a sua filha, Duke provavelmente está com Jennifer, por mais que a coitada não tenha aparecido no final e Nathan, bom, reencontrando Audrey num momento de nostalgia do pilot. Tudo bem que a Paige parecia a saída mais tosca do mundo, mas adorei ver que ela era uma desengonçada e ver que James também estava vivo. Nathan se machucando com a porta do carro me fez rir depois de tanto choro que esse episódio proporcionou.
Obrigado Haven, foi uma jornada magnífica.