Jefferson,
Donna e seus amigos descobriram que os adolescentes não são os únicos que
sobreviveram ao vírus e, em meio ao caos do resgate da Marinha, eles se
separam. Jefferson volta para Nova York e tenta levar a Cura para a tribo da
Washington Square, enquanto Donna vai parar na Inglaterra, onde se depara com
um mundo pós-Ocorrido inimaginável. Mas um desastre ainda maior que a Doença
está prestes a acontecer, e Donna e Jefferson só poderão evitá-lo se acharem o
caminho de volta um para o outro.
Imagina que você e seus amigos são levados às cegas para um navio, depois de serem traídos e descobrir que ainda tem bastante adultos vivos, e serem soltos em celas separadas, com um bando de médicos e pessoas do exército fazendo mil e uma perguntas sem saber o que que está acontecendo nessa vida. Não é fácil né.
Então, os primeiros capítulos do livro vêm tratando disso, só que ainda pela visão do Jeff e da Donna. E falando nesses dois: eu não consegui me conectar com a Donna logo de início, nos dois primeiros capítulos dela. Gostei bem mais do Jefferson. Enfim.
É bem agoniante você mesmo ver pela perspectiva deles, sem saber de nada, mais perdido que outra coisa. Até o momento em que cada um recebe uma mensagem escondida entre alguma revista, ou outra coisa que o Jeff e a Donna faziam questão de ter para ver se conseguiam se distrair um pouco. A mensagem dizia que que o resto do grupo estava bem, e que galera ia dar um jeito de tirar todo mundo dali. E foi aí que comecei a gostar realmente da Donna. Garota tem umas atitudes maravilhosas, e de certa forma engraçada.
Logo depois dos meninos receberem essa mensagem, as coisas realmente começam a acontecer. O grupo se reencontra depois de uns dias, e descobrimos que basicamente mais da metade da população mundial está viva! Oh yes. E que um grupo seleto dos chefões dos EUA querem a ajuda dos meninos para saber o que tinha na cura produzida por eles em Nova York no primeiro livro, e assim as crianças iam sabendo de informações ao longo do tempo. Os EUA conseguiram manter um governo meio doido, em mar (!!!) e ajudado pela Inglaterra, na qual o que restou da população foi morar numa parte do território britânico, que cedeu a base de pressão do governo, foi o que eu entendi do livro. Tinha que ser né. E ficou nisso.
Só que dentro desse governo, uma rebelião descontente com o rumo das coisas aconteceu. Ninguém ajudava os que ficaram no continente e eles acabam resolvendo agir logo (já que foram eles que mandaram a mensagem pras crianças), e tirar os meninos dali, voltando para o continente para falar sobre como ficou o mundo depois de tudo. Só que acontece um problema na hora da fuga e Donna acaba ficando enquanto o resto do pessoal foge. E ai nós vamos ter duas visões: a de Nova York e dela com o governo. (Detalhe: graças a Deus ela foi salva pelo governo inglês, para ajudá-los).
A primeira coisa boa desse livro: depois disso tudo, vamos ter outros pontos de vista além do Jefferson e da Donna. Achei muito legal.
A segunda coisa boa: a gente também é privilegiado ao saber como ficou o resto do planeta pós praga: guerras e tensões perduraram, e pioraram na verdade, porque de certa forma os EUA ainda mandam, pois os mesmos tem o melhor e mais mortal exército no mar. Ao mesmo tempo: rolou a caída do governo (de boa parte, e com alguma reestruturação depois) e potência máxima no comércio, levando junto algumas economias, como o Japão. O mundo está ainda mais perdido. A coisa que mais gostei desse livro foi que mostrou logo após a praga ter atingindo mundialmente. Não num futuro onde uma economia (de preferencia os EUA) assumisse, desse a louca e mandasse em tudo como ditadura. Ou mesmo só mostrasse os EUA, e não o mundo inteiro, fazendo você se sentir perdida e sedenta por detalhes de outros países.
Realmente gostei desses detalhes do livro, e no decorrer da história a gente vê o desespero dos personagens, a necessidade de melhorar, as brigas, eles sendo adultos muito mais que metade do governo (em boa parte do tempo huahua). E os mais diversos pontos de vista, inclusive do próprio bando da Donna e Jefferson. E claro, os lados opostos: Nova York versus Governo americano.
Pra terminar: assumo que foi bem difícil ler esse livro, especialmente por não ter lido o primeiro. Foi no mínimo diferente. Travei, claramente, e por isso demorei tanto pra escrever a review, peço desculpas. Mas enfim, foi isso. Eu recomendo muito o segundo livro pra quem quer respostas.
Título: Nova Ordem
Autor: Chris Weitz
Editora: Seguinte
Páginas: 265
Ano: 2015