Jogos diferentes, inovadores, ou qualquer outra coisa que se
encaixe em ser diferente falta hoje em dia nos games. Suda 51 é conhecido por
fazer games totalmente extravagantes, visuais estranhos, humor negro, entre
outros. Ele é dos poucos hoje em dia que não muda seu jeito de pensar para
atrair mais jogadores ao seu gênero produzido. Jogos como Lollipop Chainsaw,
Killer 7, Shadow of the Damned é marca registrada, e bastante conhecida.
Killer is Dead é o mais novo game de Suda. Lançado para PS3
e Xbox 360 no dia 27 de Agosto, desenvolvido pela Grasshopper Manufacture e
publicado pela Deep Silver, Xseed Games e Sony. Com um visual extremamente
bizarro, humor negro, e muita repetitividade, será que mesmo sendo fã do gênero
Hack’n Slash, vale a pena gastar dinheiro com Killer is Dead?
Você controla Mondo, um homem de 35 anos e americano, que
trabalha em uma agencia secreta de assassinatos, bastante parecido com Agente
47 de Hitman. Mas não é bem assim, diferente de matar bandidos, ele mata
criaturas estranhas, mas sem definição, então não dá pra saber ao certo se é demônios,
mas lembra bastante a empresa de Dante em Devil May Cry. Mondo tem constantes
pesadelos envolvendo uma mulher, e a lua. Só que ele não se lembra de nada do
seu passado. Sabendo disso ele tenta recuperar lembranças de seu passado com a
ajuda de seus companheiros.
Grande parte da história não é aprofundada. Tendo que
prestar muita atenção aos diálogos e cutscenes no game. Ela é nos apresentada,
só que serve mais para o personagem principal ter um objetivo durante o game. A
campanha principal gira em torno de cinco horas, contando suas cenas. A
história é bem morna, não apresentando quase nenhuma reviravolta, ou profundidade.
O problema disso é que Killer is Dead não existe multiplayer, e sua história
principal é bem curta, apresentando algumas missões secundarias, mas fora isso
é extremamente fraca.

Na gameplay do game podemos fazer de tudo do que um game do gênero
apresenta. Desde andar, correr, atacar com sua espada, seu braço mecânico,
servindo como arma, e incrivelmente Mondo não pula. No game temos upgrades,
desde aumentar sua vida, maior numero de golpes, entre inúmeros outros. Mesmo
com essas habilidades destravadas, a repetitividade do game continua. Todo fase
segue uma formula básica: Escolhemos a fase, uma cutscene demorada é
apresentada, temos o controle do personagem, matamos alguns monstros, chegamos
ao final da fase, um chefe é apresentado, matamos o chefe e mais uma cutscene é
mostrada. Isso se repete em todas as fases, é divertido porque a variedade de
inimigos e chefes é grande, mas fica chato com o tempo por falta de novos
golpes, ou simplesmente não ter o que fazer.
As missões secundarias são diferentes. Desde coletar
objetos, completar tal fase sem tomar dano, antes de acabar o tempo, sem se
esquivar, entre outros. Também existe missões para fazermos Mondo namorar com
alguma garota, levando ela no encontro, a paquerando, e você já sabe o resto,
completamos esse tipo com uma espécie de ‘’jogos secundários’’. Isso varia, e quebra um pouco a saturação do
game. Problemas com o mau posicionamento da câmera são presentes quase o tempo
inteiro, chegando a atrapalhar bastante o jogador, ainda mais com batalhas
contra chefes. Lembrando que Mika é sua assistente, e quando você chega a quase
morrer, ela aparece e começa a bater em seu peito, fazendo o batimento cardíaco
voltar e você voltar da onde parou só que para isso você tem que usar uma espécie
de card, algo bastante parecido com as vidas de Mario, caso queira mais deles é
só comprar na loja presente no game.

A ambientação do game é bastante vasta, desde casas de doces,
até a lua. Os gráficos do game é diferente, é meio cartoonizado só que com
forte sombreado, lembrando bastante Marvel X Capcom 3 e o próprio Shadow of the
Damned. O problema de ter gráficos assim é que não conseguimos ver grandes
detalhes, o cenário meio que acaba sendo simples e não grandioso. As texturas
carregam bem rápidas, e as paisagens são extremamente bonitas, com o efeito de
iluminação, e posicionamento da câmera em cutscenes, bem feito, fazendo o
jogador sentir que Mondo é o cara.
A trilha sonora é bem feita, seja a musica que toca para
cada cenário ou para cada luta que temos que enfrentar. Seja barulho de chuva,
espada nos inimigos, os detalhes em si são muito bem feitos. Existe dublagem
japonesa e inglês disponíveis no game, ambas são boas. Só que o grande problema
de se escolher japonês é que existe uma má sincronia na hora da fala em
cutscenes, como por exemplo, o som sair, mas a boca do personagem estar fechada
foi algo realmente mal feito.
Os inimigos do game são variados, com grande destaque para
os chefes. Inteligência Artificial é simples, não montam estratégias ou
qualquer coisa do tipo. A movimentação é travada, mas nada que atrapalhe.
Nota: 5.5/10
Killer is Dead é um bom game. Só que pela história curtíssima, repetitividade mesmo tendo habilidades a se comprar, ele não oferece nada a mais pelo preço que se encontra. Jogos já foram, e estão sendo lançados, e muitos deles merecem o preço que Killer is Dead está, então se você é fã de Suda 51, ou curte games do gênero, espere o preço abaixar ou pegue emprestado, pois ele não é tudo isso não.
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