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Ayla Tereza Cruz Ayla Tereza Cruz Author
Title: COMO NUM FILME: UM CLICHÊ PODE FUNCIONAR?
Author: Ayla Tereza Cruz
Rating 5 of 5 Des:
As únicas coisas que o playboy Ethan e a revoltada Stephanie têm em comum são o curso de cinema na Universidade de Nova York, e o r...


As únicas coisas que o playboy Ethan e a revoltada Stephanie têm em comum são o curso de cinema na Universidade de Nova York, e o roteiro que precisam desenvolver juntos. Mas, quando a proposta de recriar clássicos de Hollywood se confunde com a realidade, eles acabam se tornando protagonistas de uma história de amor digna de Oscar.

Ela quer um quarto em uma casa confortável. Ele quer ficar longe da ex. Ambos precisam de uma boa nota. Convencidos a ajudar um ao outro, os dois fazem um acordo: Stephanie finge ser a namorada de Ethan, e ele a deixa morar em seu apartamento. Para isso, ela tem que se comportar como uma perfeita lady: discreta, bem vestida e, claro, perdidamente apaixonada... igualzinha a personagem do filme que estão escrevendo.

Contudo, à medida que se aproximam, Ethan se vê encantado pela garota cheia de mistérios e contradições ao seu lado. Agora ele vai ter que decidir: seus sentimentos são Stephanie de verdade ou apenas a versão que ele criou? 


Um tombo/encontro mais clichê impossível entre os dois, uma proposta de recriar um roteiro/filme de Hollywood, que se baseia em um mito, sem se apaixonarem um pelo outro (já receberam o sinal?), e duas pessoas com passados ruins precisando de conserto? Um bom romance, necessário para sair um pouco da fantasia jovem-adulto.

Eu amo um clichê, sério mesmo, mas o começo desse livro foi um dos maiores que eu já vi na vida, e eu só conseguia rir e ficar sem acreditar. Mas, seguimos com a história, por que era boa. E ela nos trás dois personagens que, aparentemente, não poderiam ser mais diferente um do outro: Stephanie, uma garota que ama o preto em tudo, e Ethan, o típico playboy padrãozinho. É engraçado como eles se conhecem, e é de certa forma interessante em como eles são “obrigados” a trabalharem juntos no curso de verão de cinema que estão fazendo.

Para conseguir passar nesse curso, a dupla vai ter que escrever um roteiro de cinema. E a Stephanie tem a ideia de recriar um clássico hollywoodiano, a exemplo de Uma Linda Mulher, no qual esse tipo de clássico é baseado em um mito, chamado mito de Pigmalião. E, no resumo do resumo, é a história de que um homem resolve transformar uma mulher em algo que ela não é para ganhar algum tipo de aposta. E tem muito filme de Hollywood assim. E é a partir dessa ideia da Stephanie, que surge a proposta do Ethan: ela pode ter um quarto confortável, contando que ela finja ser sua namorada durante as férias, para a família dele, além de claro, esse fingimento servir de inspiração para o roteiro dos dois.

Durante a história, nos é mostrado que a Stephanie não é totalmente imune, no começo, ao Ethan, e nem ele a ela. O que, basicamente, só “piora” ao longo do tempo em que eles estão ‘juntos’. E nenhum dos dois quer assumir, o que chega a ser engraçado. Mas ao mesmo tempo em que eles estão fingindo esse relacionamento, os dois começam a ser conhecer melhor, e começam a entender o porquê cada um é do jeito que é. E eles vão descobrindo que eles tem mais em comum do que só um curso de cinema no verão. Não é fácil ter a vida marcada por coisas ruins, e nunca se abrir nem para quem é mais próximo a você. Uma hora chega ou a pessoa certa, ou você não aguenta e enlouquece se não falar, e conversar. 

Os dois têm traumas que não querem falar. Mas nos é mostrado na história, e no decorrer dela, o casalzinho vai se abrindo, vai mudando, vão se tornando melhores pessoas, e a Stephanie vai recuperando a garota que um dia ela foi depois que a mãe dela morreu. Achei bonito de ver o quanto um foi o porto seguro do outro para as mudanças que cada um precisou sofrer, e não foram mudanças fáceis viu. Principalmente para a Stephanie.

Enquanto o Ethan vai conhecendo aquela ‘falsa’ Stephanie, ele vai pegando vislumbres do que ela não falava para ele. Como por exemplo, ela ficou bem confortável algumas vezes enquanto estava representando o papel dela, como se a própria nunca tivesse se tornando aquela garota gótica. Digo o mesmo da Stephanie, por mais que Ethan já tivesse falado quase tudo da vida dele. Era nítido que ele não era apenas mais um padrãozinho só querendo fugir do papai ricaço.

E os dois estavam se apaixonando por aquela versão um do outro, o que justamente não estava no contrato. Foi engraçado, e como já mencionei, bonito, de ver essa evolução e negação dos dois. Enfim, recomendo o livro.

A Lauren Layne tem uma escrita que te cativa, que enrola e te faz querer terminar o livro rapidamente, e como os livros dela geralmente não tem 300 páginas direito, rapidinho a gente engole a história. Principalmente quando é bom. 

TÍTULO: Como Num filme

AUTOR: Lauren Layne
TRADUTORA: Lígia Azevedo 
EDITORA: Paralela
PÁGINAS: 224
ANO: 2018
ONDE COMPRAR: Amazon

Livro cedido pela editora para resenha.



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