De cara devo dizer duas coisas: primeiro, foi lindo! Segundo, esse texto terá spoilers do filme, então não estrague sua experiência e deixe para ler depois, eu espero seu retorno!
Quando acabou a sessão de Star Wars: O Despertar da Força, eu estava feliz. Havia visto um filme divertido, inspirador, com a alma de Star Wars. J. J. Abrams entregou exatamente o que era necessário. Se colocarmos o Episódio VII ao lado do episódio IV veremos muitas semelhanças, pois no fundo, foi um reboot disfarçado de continuação.
Ao ficar definido que Rian Johnson encabeçaria o episódio VIII, sentimentos diversos surgiram. Um diretor não muito conhecido, que recentemente havia feito, de relevante, três episódios de Breaking Bad, não parecia alguém tão gabaritado. Pois bem, uma vez que assisti o novo episódio, estou convencido que esse homem pode liderar uma nova trilogia.
Os Últimos Jedi tinham grandes respostas para serem dadas. Com a trágica morte de Han Solo, o encontro de Rey e Luke e a pequena vitória da Rebelião, tudo o que queríamos eram respostas. Com um quê de Império Contra-Ataca, temos a história se passando com a Nova Ordem decidida à exterminar de vez com os Rebeldes e esse é o fio condutor da trama.
Star Wars sempre seguiu a base do problema-solução. Esse filme não escapa disso, criando mais e mais problemas e tentando trazer as soluções. Diversas vezes é necessária uma suspensão de descrença para ignorar os milhares Deus Ex-Machina que ocorrem. Mas é Star Wars, sempre tivemos soluções mirabolantes.
A reunião de Rey e Luke é a primeira quebra de expectativa que tivemos. Com o episódio VII terminando na tensão do encontro, tudo vai ao chão logo de cara. Mark Hamill conseguiu colocar todo seu lado comediante nesse filme, sem estragar em nada o personagem. Luke é forte, poderoso, mas ao mesmo tempo está quebrado e desiludido. O seu humor não é para realmente ser engraçado, mas para aliviar sua tensão eterna.
O foco dado à Poe Dameron nesse filme foi bem maior que no episódio anterior. Ele evolui aqui de um encrenqueiro, como disse Leia várias vezes, para o Líder de uma revolta. é palpável sua evolução, que obviamente não vem sem erros e falhas. Vemos ao final do filme, alguém dingo de carregar o exército rebelde para a vitória.
Finn tem sua própria jornada, com várias quebras de expetativa. De sua fuga abortada, ao encontro com o ladrão de Benício Del Toro, que em nada deve à Lando Calrissian, chegando emfim ao confronto com a Capitã Phasma. Vemos um personagem disposto a se sacrificar por um ideal, que sabe seu papel e que tem muito à trazer à Aliança.
Todo o arco de Snoke e Kylo foi a melhor coisa do filme. O controle que o Líder Supremo teve sobre a relação de Kylo e Rey foi incrível e cada demonstração de poder dele nos deixa mais animado com um eventual confronto com Skywalker. Mas aí vem a maior quebra de todas! A pergunta de "quem é Snoke" é subvertida ao ponto de um grande "NÃO INTERESSA!" Kylo Ren Está pronto para abraçar seu lado sombrio e ser o grande vilão que esperávamos que ele fosse.
O maior momento para todos os fãs da saga sedá quando temos o retorno triunfal do Mestre Yoda. Não aquele monstro computadorizado e saltitante da trilogia nova, mas o ancião piadista do episódio V. Se esse filme é uma homenagem ao Império Contra-Ataca, seu maior personagem tinha de estar presente. Afinal, uma última lição era necessária à Luke.
Luke enfim assume seu papel e assume seus erros. Seu confronto com Kylo é gigantesco, mesmo que mais uma vez venha seguido de uma quebra de expectativa. Se Yoda tinha que lhe ensinar algo, ele tinha algo à ensinar à Ben Solo. Em uma aula de poder, vez a despedida do último dos Jedis em grande estilo.
O filme consegue seu objetivo ao final de tudo. A esperança renasce na Galáxia e o futuro pode ser grandioso. Rey tem um novo papel, assim como Poe e Finn. Kylo é o grande vilão. Star Wars finalmente se despede se seus grandes ícones e segue em frente com uma nova safra de personagens que hoje sabem seu lugar no mundo.
Peço desculpas se pouco me referi à General Organa. Por mais importante que tenha sido seu papel., era impossível não sentir a emoção de vê-la em tela possivelmente pela última vez.
Esse texto é uma homenagem à nossa Princesa Leia, Carrie Fischer.
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