Existe uma fórmula mágica e infalível em Hollywood. Se um filme desconhecido e que ninguém botava fé faz sucesso, ele ganha uma sequência, com mais dinheiro, para repetir o sucesso e fazer ainda mais sucesso.
E qual é o problema disso? É que muitas vezes o diretor ou o roteirista não tinha uma história pronta para uma sequência. O que faz o segundo filme se tornar apenas uma repetição do primeiro, apenas em maior escala. Kingsman acabou sofrendo desse mal, mas mesmo assim consegue entregar um filme divertido, como o primeiro.
Talvez o maior problema seja exatamente esse. Uma vez que ninguém sabia o que esperar do primeiro filme, todos fomos surpreendidos e ficamos felizes que o cinema ainda possa trazer algo diferente de vez em quando. Ao assistir o Círculo Dourado, foi mais como se eu estivesse feliz só por estar vendo algo que já gostava. Não houve surpresa.
Isso nem sempre é ruim. Não são todos os filmes que tem que subverter nossas expectativas e causar uma impressão forte. Alguns existem só para entreter por umas horinhas. Cada filme da série atinge um desses dois objetivos, o que torna tudo ok.
A sequência começa com uma ampliação de personagens, com mais bugigangas explosivas e mortais, com mais mortes e despedidas, mais traições e mais reviravoltas. Tudo tão a mais que acaba faltando espaço para as tramas mais simples. Sempre esperamos que Harry recupere sua memória, sabemos que o casal irá voltar a ficar junto, sabemos que o vilão será derrotado e mal sentimos as mortes.
De fora da curva, podemos citar a trama mais próxima da nossa realidade. Com um presidente americano ultra-conservador, que acha que a morte de todos que usam drogas seria a solução para o mundo, temos um pequeno espelho de algumas opiniões controversas atuais.
Em meio ao surgimento de uma nova companhia, temos agora o mundo de Kingsman cada vez maior, com cada vez mais possibilidades. Resta saber se teremos novas ideias, ou apenas uma ampliação do que já foi feito.
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