Já tem um tempo que resolvi evitar maratonas de séries. Muito da trama individual dos episódios se perdia em meio a sequência, o que nem sempre era produtivo. Mas existem séries que são feitas para uma boa maratona. Uma série que não tem medo de rir de si, dos clichês dos filmes de ação de do seu protagonista, é uma delas.
Quem não conhece um dos maiores atores dos filmes de ação dos anos 80, Jean-Claude Van Damme? O mestre do espacate surge aqui como um ator cansado da vida que tenta voltar ao seu trabalho anterior. Atuar? Não, ser um agente secreto!
O mais interessante é que Jean-Claude interpreta...Jean-Claude! Ao tirar sarro de si mesmo, o ator permite novas possibilidades para uma série que não tem medo de ser idiota. Porém ele não quer voltar a ser Van Damme, ele quer ser Johnson, o seu codinome como agente.
Com todos os clichês de filmes de espionagens, incluindo uma diretora misteriosa, rixas dentro da equipe, bugigangas explosivas e vilões que querem dominar o mundo, a série segue em uma sequência fluída, com seus 6 episódios contando uma história rápida, dinâmica e divertida.
Até mesmo os flashbacks servem para rir de cenas clássicas do cinema. Com referências sobre referências, Jean-Claude Van Johnson é a série perfeita para quem cresceu vendo os filmes de ação dos anos 80. Quando a história não era importante, mas sim a pancadaria. Até mesmo os fãs mais novos de Mercenários irão se sentir representados nessa produção.
Com um final cheio de reviravoltas, algumas prováveis, outra completamente absurdas, essa é uma série para se maratonar. Depois de 3 horas de coisas sem sentido, você não terá agregado nada à sua vida, exceto por diversão e boas risadas. Afinal, é uma série tão ruim, que faz a volta e fica boa!
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