Quem foi criança/adolescente nos anos 2000 cresceu com a animação da Liga da Justiça. A equipe era formada por Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Mulher-Gavião, entre outros, cativou os fãs por cerca de 90 episódios e trouxe muito fãs para o mundo dos heróis. Por isso esse filme da Liga da Justiça era tão importante. Ele teria a mesma responsabilidade. E ouso dizer que obteve sucesso.
Parece que a moda na internet é odiar. Se você odeia um filme que notoriamente todos gostam, toda a atenção será dirigida ao seu ódio e com isso virá a popularidade, par ao bem ou para o mal. Já tem um tempo que tento não ir atrás de críticas dos sites especializados, preferindo focar na minha opinião e experiência do que o filme vai me trazer. Por isso essa não será uma crítica de um especialista. Sou só um fã, um fã que se divertiu no cinema.
Liga da Justiça completa o que foi iniciado em Batman v Superman. Os dois filmes são bastante ligados, mesmo que com tons completamente diferentes. Não atribuo somente à entrada de Joss Whedon na direção, após o afastamento de Zack Snyder por motivos familiares. Com certeza existe um dedo da Warner na tentativa de construir um filme mais aceito pela crítica, mas a Liga sempre foi algo mais esperançoso. E só podemos notar isso após ter passado pelas trevas de BvS.
Ao seguir um caminho diferente da Marvel e decidir apresentar sua equipe sem a devida apresentação dos personagens, a DC correu um risco, mas o venceu com maestria. A chegada de Flash, Cyborg e Aquaman funcionam muito bem no filme. Mesmo eles tendo se introduzido aqui, quase toda a história particular deles é deixada para seus filmes solos. No caso de Flash e Aquaman, vemos pequenos ganchos do que podem ser grandes histórias.
O tom do filme acompanha os seus momentos com qualidade. Fica de fora o sombrio e realista e entra a temática de cada herói. Gotham é sombria, como o Batman deve ser, mas sem esquecer do sarcasmo de um bilionário como Bruce Wayne. A Mulher-Maravilha busca ser o farol que sempre devia ter sido, assumindo uma liderança que lhe cabe. Flash é o garoto surpreso, num mundo novo e com muito à aprender, mas com um passado pesado que deve ser trabalhado. Aquaman vive entre dois mundos, sem assumir o peso de nenhum deles. Enquanto Cyborg tenta entender seu propósito e passa por uma evolução palpável no filme.
As tão comentadas piadas que teriam sido inseridas por Whedon não atrapalham o filme. Não é aquele humor fora de hora de Esquadrão Suicida ou dos filmes da Marvel (nem todos, admito). Por vezes o filme chega perto de derrapar, mas no geral sabe manter a linha do humor. Aquaman é responsável por uma das cenas mais engraçadas de todos os filmes de herói, sério!
O vilão era outro problema e nesse, receio, as críticas são fundamentadas. O Lobo da Estepe não tem a força necessária para sustentar um filme. Utiliza-lo como um dos generais de Darkseid só funcionaria se o próprio líder estivesse junto. Aqui ele funciona como um elemento para unir a Liga. Se sua função era ser um meio para um fim, ele o fez bem. Se era causar um receio de falha, não. Nunca duvidamos durante todo o filme que a Liga irá vencê-lo. Era uma questão de tempo. Ou de ajuda...
Superman. O filme é sobre ele em si. Lhe faltou experiência para deter Zod em Homem de Aço. Lhe faltou jeito para lidar com o Batman em BsV. Lhe sobrou tudo isso na Liga. Essa é uma história de crescimento, de construção, onde vemos surgir o maior herói de todos, o primeiro de todos. Do alto de todo seu poder, ele finalmente é capaz de parar uma luta para salvar pessoas, para ser inspirador. Superman era o líder que o mundo precisava. Esse Superman.
Enfim, é um filme redondo, que ameaça derrapar, mas que sabe seu lugar. Boas referências, do tipo que aquecem o coração nerd. Cenas finais e pós-créditos que valem cada minuto. Não existe um gancho gigantesco, existem possibilidades. Muitas. Liga da Justiça é a luz, o farol para o Universo DC, que todos saibam segui-lo!
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