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Title: [REVIEW] THE 100 - S04E05: THE TINDER BOX
Author: Anônimo
Rating 5 of 5 Des:
Cada série tem aquele tipo de situação que acontece o tempo todo, em The 100 é aquela em que um núcleo do episódio é inteiramente focado...

Cada série tem aquele tipo de situação que acontece o tempo todo, em The 100 é aquela em que um núcleo do episódio é inteiramente focado em uma tensão de negociação pré-guerra. Debater termos com Roan é outra situação que temos enfrentado diversas vezes desde sua primeira aparição na temporada passada. Ele é um personagem interessante sim, mas que não consegue me vender sua posição de importância. Se Echo não fosse tão impaciente e imediatista, arriscaria dizer que a mulher poderia ser uma melhor líder que seu próprio rei, pelo menos a imagem de liderança forte que impõe respeito está muito mais presente quando associada a guerreira. Mas já vimos que ter uma líder grounder impulsiva não é uma boa ideia, especialmente lidando com a pressão da morte iminente.

Bom, a marcha de exércitos se tornou irrelevante mais uma vez visto que por mais que o conflito tenha sido resolvido na conversa, nem o ponto da disputa existe mais. E não sei se é pra rir ou pra chorar: quando a Clarke saiu da Arkadia na terceira temporada Pike virou Chanceler e foi responsável por um grande massacre, quando a Clarke sai da Arkadia agora, por apenas 1 hora, tudo explode literalmente. Cada vez mais difícil a situação, vamos ter que amarrar a loira no pé da mesa ou a mandar pra longe de uma vez e deixar esse povo ingrato se enforcar nas próprias cordas sozinho.


Sem contar com a revelação do apocalipse iminente, talvez o maior legado deixado pelo ataque de ALIE e suas consequências tenha sido o ressentimento e uma necessidade de compensação. Os maiores atingidos ainda se sentem quebrados e os que realizaram atos contra própria vontade querem se retratar não apenas consigo mesmo, mas também com quem quer que tenha feito mal. Para os que não conseguem encontrar uma forma de lidar com esses sentimentos internamente a resposta é a urgência de uma vingança. E essa é a situação em que se encontra Illian, que por causa do controle de ALIE foi o responsável pela morte de toda sua família.

Ao salvar Octavia e Niylah, o grounder mostrou que tinha a plena noção de que os Sky People não eram culpados pelo massacre de sua família, não de forma direta. Ele sabia que a forma como a tecnologia espacial foi utilizada não definia um povo inteiro como bom ou mau. Por mais que do ponto de vista apocalíptico a destruição da nave tenha sido uma catástrofe, o rapaz representa a indignação de um povo que tem sofrido poucas e boas desde que esse povo caiu do céu e sem saber da importância daquele abrigo tecnológico, Illian foi justo. Ao invés de atirar para todos os lados, ele atacou apenas a fonte do problema. Mas é claro que como nós sabemos todo o contexto da situação, fica difícil não acabar meio revoltado ao ver todo aquele trabalho e fonte de esperanças em chamas.

David também buscava vingança. O rapaz teve sua estação dominada e escravizada por um grupo da nação do gelo. Mas ao contrario de Illian, resolveu generalizar o povo e usar como foco de sua raiva um Rei que na época de sua prisão nem se encontrava no poder. Ele foi desmedido e cegado pelo ódio. A maior diferença entre ambos é que David tem um time de apoio a sua volta para lhe impedir de causar maiores catástrofes e como representa o povo do céu, fica potencialmente mais fácil ignorar sua revolta impensada quando comparada ao ato considerado drástico de um grounder, mesmo que os dois tenham a mesma motivação.


Senti falta dessas belas interações entre Abby e Raven. O relacionamento que foi sendo desenvolvido lá na primeira temporada enquanto ainda estavam no espaço foi se ofuscando aos poucos com os obstáculos terrestres. Agora as duas mulheres se encontram em situações parecidas com as sequelas do ataque de ALIE. De um lado temos uma médica, mãe da protagonista e único laço de sangue existente na vida de Clarke, do outro uma engenheira de respeito e atual computador humano que provou inúmeras vezes ser essencial para a sobrevivência de seu povo. Ambas estão morrendo e essa série gosta de pegar pesado nos sentimentos de seu publico. Não vai ser bonito de se ver e já está doendo.

Com a terceira temporada tendo abraçado de vez as raízes de ficção cientifica da série, nada mais justo que a seguinte continue cultivando as fortes consequências desse ato. Essa historia de viagens espaciais para a produção do Natblida vem ajudando a embasar algumas teorias desenvolvidas sobre a possibilidade de existência de outras colônias espaciais como a Arca. Como não há uma forma de parar o apocalipse, cada vez mais a única saída em vista tem se tornado a volta para o céu, e com a noticia da renovação para a quinta temporada, a ideia parece bem executável. Alguém tem outra teoria?

Ps¹: Facada, penhasco, parada respiratória e explosão em menos de 24 horas, Octavia a nova imortal do pedaço.
Ps²: Toda santa vez que a coitada da Niylah chega perto dos Sky People a mulher acaba se ferrando todinha por tabela. Amiga, corre daí rápido!

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