“Each time
you go rogue, there's a price to pay. And it's not cheap.” – Leroy Jethro Gibbs
Só eu achei esse episódio um pouco estranho? Quer dizer, já
sabia que ia ter a ver com toda a situação de Chen, que Bishop não ia sossegar
de jeito nenhum, mas não achei que iria acabar tão rápido assim. Geralmente
reclamo muito de as histórias com os grandes vilões serem muito curtas. As
únicas exceções foram o Ari, que durou por quase duas temporadas, e o La
Grenouille, mesmo que ele não fosse tão vilão assim. Quer dizer, tudo ligado ao
Chen foi bem estranho.
Primeiro porque, do nada, ele era muito perigoso, como foi
mostrado em Willoughby (S14E11). Só nesse episódio é que ficou um pouco mais claro o
motivo de todo esse “perigo” que ele é: Kai já fez negócios com um warlord sírio,
responsável por financiar várias células terroristas. O problema todo gira em
torno do fato de que ele virou informante da CIA, impedindo sua prisão. Só
achei que a Congressista poderia ter tido um pouquinho mais de consideração com
o Lee (sim, todo mundo sabia que eles iam acabar juntos) e, assim que ela
saísse da reunião, ligasse para ele para contar sobre a nova posição de Chen. E
é aí que a coisa fica boa.
A equipe tinha que investigar o suicídio da
Tenente-Comandante Turner, que, é claro, não iria ser tão simples assim. O
problema começa quando eles conseguem rastrear quem fez a ameaça a ela para o
mesmo lugar em que Bishop e Reeves estão seguindo uma pista sobre Chen. Nem
preciso falar o quanto eu estava torcendo para eles levarem uma bronca das
grandes. Mas aí depois eu lembrei: lá na 10ª temporada, quando a Jackie Vance e
o Eli David foram mortos pelo Bodnar, ninguém brigou com a Ziva por ela estar
perseguindo ele em todo lugar possível. Inclusive, quase toda a equipe até
ajudou. Bishop recebeu ordens para se afastar, mas David também. Sei que são
circunstâncias diferentes, principalmente porque Ellie estava usando o tempo em
que estava trabalhando para seguir pistas, além de fazer Reeves desobedecer às
ordens que tinha recebido e colocar seu emprego em risco.
A questão é: se não fosse pela desobediência de ambos, o
caso não teria sido fechado. E por caso não digo apenas o assassinato de
Turner, mas também toda a história de Willoughby. Ou será que não? Porque
minhas apostas estão naquele informante de Chen. Mas enfim, voltando a falar de
Clayton: ele é um amor, dá vontade de abraçar e proteger para sempre, porém ele
tem que ver que o medo que ele sente de Gibbs não está sendo o suficiente, já
que, mesmo assim, ele continuou falando tudo sobre o caso para Bishop. Fiquei
com muito medo de Vance acabar demitindo ele, mas acho que isso não vai
acontecer, pelo menos por enquanto. Espero que agora ele deixe de ser tão
ingênuo.
Quanto à Bishop: rainha. Ela simplesmente arrasou nesse
episódio e eu estou extremamente feliz pelo resultado e pelo quanto ela
cresceu, ainda mais depois da morte de Qasim. Ver que ela realmente não está
ligando para as consequências das atitudes dela em relação a Chen mostra o
quanto ela amava o namorado. Chego a suspeitar que ela o amava mais do que
amava Jake, porque ela pode perder o emprego, mas pelo menos matou o
responsável por seu sofrimento. Estava revendo Viral (S13E06) essa semana e
toda aquela apreensão em descobrir se Malloy estava vivo ou não mostra o quão
intensas são as emoções de Ellie. Mas ela não iria pegar um avião para Dubai
para ir atrás do então marido.
E Qasim estava trazendo o que Bish tem de melhor: essas
emoções. Desde o divórcio, ela começou a esconder todos os sentimentos, usando
seu cérebro para tudo, transformando todas as coisas simples em complexos
códigos binários e probabilidades matemáticas. Aqueles flashbacks com os
encontros dos dois e o pedido de casamento que ele fez para ela (!!!) foram
essenciais para deixar tudo ainda melhor e causar ainda mais impacto nas
decisões tomadas pela agente. Depois desse episódio, fiquei com ainda mais
raiva pela decisão dos roteiristas de terem matado ele. Ellie poderia estar
feliz e noiva, mas, aparentemente, para que os personagens possam crescer e ter
uma história interessante, alguém próximo a eles tem que morrer.
O resto da equipe apareceu pouco. O destaque ficou mais para
Nick ensinando a equipe a arte do pickpocketing, habilidade já mostrada em Off the Grid (S14E12). É claro que aquilo não iria ser uma cena isolada só para mostrar que
Nick pode pegar o relógio do McGee quantas vezes quiser e fiquei bem feliz
quando vi que Bishop usou a técnica de forma certinha. Agora o mais
impressionante mesmo foi Quinn pegando o distintivo de Torres do nada. E Gibbs
repetindo o ato.
P.S.: Depois de 14 anos é que comecei a me perguntar: como
assim existe uma saída para as escadas pelo laboratório de balística da Abby?
Para mim a única entrada/saída era a principal. Bem estranho.
“You're right about everything. I know I overanalyze things.
My mom says it's because I prefer to think rather than feel. Yes, I use my brain to push
people away. I don't want to push you away. But I'm just not ready. I'm not
saying I won't be one day.” – Eleanor Raye Bishop
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