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Andressa Piccinini Andressa Piccinini Author
Title: CRÔNICAS DA QUASINOITE: NUNCA TREMA. NUNCA TEMA. E NUNCA, JAMAIS, SE ESQUEÇA.
Author: Andressa Piccinini
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Há histórias sobre Mia Corvere, nem todas verdadeiras. Alguns a chamam de Moça Branca. Ou a Faz-Rei. Ou o Corvo. A matadora de matadores. Ma...



Há histórias sobre Mia Corvere, nem todas verdadeiras. Alguns a chamam de Moça Branca. Ou a Faz-Rei. Ou o Corvo. A matadora de matadores. Mas, uma coisa é certa, você deveria temê-la.

Quando ela era criança, Darius Corvere – seu pai – foi acusado de insurreição contra a República de Itreya. Mia estava presente quando o carrasco puxou a alavanca, viu o rosto do pai se arroxeando e seus pés dançando à procura do chão, enquanto os cidadãos de Godsgrave gritavam “traidor, traidor, traidor”...

No mesmo dia, viu a mãe e o irmão caçula serem presos em nome de Aa, o Deus da Luz. E, embora os três sóis daquela terra não permitam que anoiteça por completo, uma escuridão digna de trevas tomou conta da menina. As sombras nunca mais a largaram.

Mia, agora com dezesseis anos, não se esqueceu daqueles que destruíram sua família. Deseja tirar a vida de todos eles. É por isso que ela quer se tornar uma serva da Igreja Vermelha – o mais mortal rebanho de assassinos de toda a República. O treinamento será árduo. Os professores não terão misericórdia. Não há espaço para amor ou amizade. Seus colegas e as provas poderão matá-la. Mas, se sobreviver até a iniciação, se for escolhida por Nossa Senhora do Bendito Assassinato… O maior massacre do qual se terá notícia poderá acontecer. Mia vai se vingar. (sinopse do primeiro livro). 


Essa vai ser a resenha mais difícil de todas que já fiz. Não apenas por ser sobre uma trilogia. Mas porque vai ser sobre a minha trilogia preferida atualmente. Nada que eu já li e amei se compara ao amor que tive por esses três livros. Há algo neles que me hipnotizou de tamanha forma que será impossível não escrever uma redação do ENEM sobre. 

Acho que a primeira coisa necessária informar futuros leitores dessa obra de arte é: há várias notas de rodapé no primeiro livro. O segundo tem menos e o último são bem poucas, mas, minha indicação é lê-las. Jay (dono da minha alma) Kristoff utiliza o narrador sarcástico criado por ele para, em suas notas de rodapés, lhe explicar o mundo que cria nas Crônicas da Quasinoite. 

O mundo é apresentado como um lugar com três sóis que só se põe uma vez a cada dois anos e meio. Dias e noites terão nomes diferentes e o mundo têm sua religião própria, o deus Aa com seus três olhos (os sóis), suas filhas e sua mulher, Niah (Nossa Senhora do Bendito Assassinato). 

Mia Corvere, nossa personagem principal e rainha das protagonistas, perdeu sua família quando era nova devido uma rebelião causada por seu pai. Ela é adotada por Mercúrio, um ex-assassino da Igreja de Niah e é treinada para se tornar uma das assassinas da Igreja da Nossa Senhora do Bendito Assassinato. Ela busca vingança contra aqueles que causaram a morte de sua família e que tentaram a matar e ela não vai parar. Nada vai pará-la. 

A trilogia nos conta o nascimento, vida e morte de Mia Corvere, a grandíssima puta que destruiu a nação como ela era conhecida, a assassina sem medo que colocou a República de joelhos e também amiga, amante, irmã que vingou sua família. 

Há diversos personagens memoráveis durante a trilogia, mas esquecer de alguns seria um pecado, Kristoff cria um mundo tão intricado e detalhado e não deixa a desejar em seus personagens. Mercúrio, Tric, Ashlinn Järnheim, Eclipse, e Sr. Simpático permeia Mia por toda sua jornada. 

Mércurio funciona como a figura paterna que Mia perdeu quando seu pai foi condenado a forca. Sarcástico e, aparentemente, frio, ensina tudo que sabe para que Corvere se torne uma Lâmina da Mãe. Durante a trilogia, demonstra carinho e amor pela menina que veio se tornar sua filha de coração, mas isso é apenas uma, das várias surpresas que o velho Mercúrio resguarda. 

Tric e Ashlinn são dois colegas acólitos de Mia. Durante um ano, estudando na Montanha, sede da Igreja de Niah, os três se conhecem e trabalham ocasionalmente juntos para conseguirem se tornar Lâminas, e, então, realizarem suas vinganças. 

Já Eclipse e Sr. Simpático são os não-animais de sombra. Sr. Simpático é o não-gato que acompanha Mia desde o dia que ela quase foi morta e perdeu sua família. Sarcástico, duro e direto, se alimenta do medo de Corvere e é seu companheiro das sombras. Eclipse pertenceu a outro humano que possuí o mesmo poder sombrio que Mia e se junta a Sr. Simpático quando seu dono é morto em um ataque. Adota Mia e é completamente fiel a sua nova sombria. 

Há tantos outros personagens que merecem lembrança, mas sei que acabaria esquecendo alguns deles. As Crônicas da Quasinoite são uma fantasia bem construída com um mundo completamente novo, muito sangue, vingança, merdas e sexo. É brutal e trágico, e lhe deixa aquela dorzinha no final do terceiro livro. Os personagens são tão reais e é impossível não se apegar. 

Jay Kristoff é um artista, realmente conseguiu criar magia com as crônicas, com Mia, Sr. Simpático e toda a história da queda da República. Qualquer amante de fantasia vai se apaixonar e devorar os três livros. E tá na hora que mais coisas dele serem publicadas por aqui, pois seu trabalho beira a perfeição! 

Sou a filha da escuridão entre as estrelas. Sou o pensamento que faz os desgraçados deste mundo acordarem suando à quasinoite. Sou a vingança de cada órfã, de cada mãe assassinada, de cada filho bastardo. Sou a guerra que você é incapaz de vencer.

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