Um dos mais celebrados biólogos da atualidade, Edward O. Wilson passou as últimas seis décadas tentando desvendar os mistérios da vida na Terra. E agora ele divide essa experiência com seus leitores, em vinte e uma cartas sobre o amor pela ciência e o prazer da descoberta.
Passando por tópicos que vão desde sua infância como escoteiro no sul dos Estados Unidos à sua paixão por formigas e borboletas, Wilson mostra de onde veio a motivação para se tornar um biólogo, numa bem-humorada visita a seus maiores sucessos e fracassos.
Em um momento na história humana em que nossa sobrevivência depende mais do que nunca da compreensão da ciência, Wilson insiste que o sucesso como pesquisador não vem da habilidade matemática, mas sim de uma paixão para encontrar um problema e resolvê-lo. Seja falando do colapso de estrelas, da exploração de florestas tropicais ou da profundidade dos oceanos, Wilson retrata a ciência como um campo de criatividade e dedicação. E, a partir de sua brilhante carreira, mostra ao leitor o lugar modesto e especial que o ser humano ocupa no ecossistema do planeta.
O livro de Wilson é uma leitura altamente recomendada para aqueles que almejam ser cientistas, para os curiosos e amantes da ciência. Edward O. Wilson é um biólogo super renomado e conhecido por seus trabalhos com sociobiologia e formigas, e poder ler e saber mais sobre sua trajetória é realmente incrível.
Através de toda narrativa, fica perceptível a visão naturalista e a paixão pela ciência que Wilson tem e que o levou a desenvolver a carreira e o legado que ele tem hoje. O livro mais do que servir como estímulo a jovens iniciantes na ciência, nos mostra o quanto a escolha pela pesquisa pode ser gratificante, não apenas pelo reconhecimento, que é algo inerente a execução de um bom trabalho, mas pelo prazer de descobrir, estudar, inovar e contribuir com o atual conhecimento.
O autor utiliza princípios para mostrar o caminho de um cientista, se utilizando de exemplos e experiências próprias para isso.
Ser brilhante, então, não é suficiente por si só para aqueles que sonham com sucesso na pesquisa científica (...). Para chegar à fronteira e permanecer nela, é absolutamente essencial uma forte ética de trabalho. É preciso haver capacidade de passar longas horas estudando e pesquisando com prazer, mesmo que parte do esforço inevitavelmente leve a becos sem saída (...).
Indico esse livro também para aqueles que estão lutando com suas pesquisas, lutando para obter resultados. Ele tem justamente o frescor e a motivação necessária para que possamos renovar nossa confiança e amor na ciência, que muitas vezes perdemos devido as dificuldades da empreitada. É sobre isso que o autor também faz questão de deixar claro, que o caminho não é fácil, mas se é isso que você ama, busque ser o melhor e com certeza, os resultados virão.
Outro ponto positivo do livro, é que Wilson nos faz repensar muitas ideias pré-concebidas além de incentivar o estudo e a pesquisa em um tema do qual você gosta, se identifica bastante, assim o trabalho não será uma obrigação. Mesmo sendo biólogo, e utilizando em sua maioria exemplos de sua área, Wilson escreve para atingir o público que se interessa por ciência em geral.
Os caminhos potenciais que você pode seguir em uma carreira científica são muitos. Sua escolha pode levá-lo a um dos cenários que descrevi, ou não. O tema que serve para você, assim como no amor verdadeiro, é aquele pelo qual você se interessa e que provoca paixão e promete prazer durante uma vida de dedicação.
São 21 cartas onde E. O. Wilson busca mostrar e incentivar de forma entusiasmada e bem-humorada novos biólogos e cientistas a seguir na carreira e paixão por desvendar e entender os mistérios da vida na Terra, apesar de todos os problemas que possam surgir.
"Obrigado por lembrar a mim e a milhares de outras pessoas por que nos tornamos cientistas." - Bill Streever, The New York Times Book Review.
Título Original: Cartas a um jovem cientista
Autor: Edward O. Wilson
Tradutor: Rogério Galindo
Ano: 2013
Ano: 2013
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 256
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