Quando criança, Asha, a filha do rei de Fingaard, era
atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a mãe lhe contava
histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores
inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabo despertando
Kozu, os mais feroz dos dragões, que queimou a cidade e matou milhares de
pessoas – um peso que a garota ainda carrega nas costas.
Agora, aos dezessete anos, ela é uma caçadora de dragões
temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê a
oportunidade de se redimir diante de seu povo. Mas ela não vai concluir a
tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma – e perceber que mesmo as
pessoas destinadas à maldade podem mudar seu próprio destino.
“Algumas histórias são perigosas demais para serem
contadas.”
Dragões, histórias do Antigo, heroínas e magia: melhor
combinação em uma história de fantasia para mim. E “A Caçadora de Dragões” não
decepcionou ao contar a história da sua “Iskari”.
Em um mundo onde existem dragões, Asha os caça com fervor,
desde quando foi atacada aos 8 anos pelo primeiro dragão e o mesmo arrasou
metade da cidade dela, tudo em razão de ela, aparentemente, não ter conseguido
parar de contar as histórias antigas, que atraem dragões, e os deixam mais
forte. As mesmas histórias que tinham sido proibidas muitos anos antes, pois
envenenava a quem contava, o que aconteceu com a mãe da Asha. Mas com a mesma,
era diferente.
A história nos apresenta um mundo dividido entre realeza (draksors),
as pessoas fora desse ciclo, e os escravos (chamados de skrall), além do
sobrenatural (dragões, magia e etc). Onde os skrall não podem encarar ninguém da realeza, e nem
tocá-los, pois os castigos variam de moderados à morte. Nisso, somos
apresentados a alguns personagens: Asha, a Safire (prima da Asha, mas com
sangue de escrava, vinda da mãe, a qual o irmão do rei se apaixonou), o Jarek
(noivo da Asha), Torwin (escravo pessoal do Jarek), e por fim o Dax (irmão mais
velho da Asha e futuro herdeiro do reino).
O plot
principal nos é apresentado quando a Asha recebe a missão de matar o Kozu, o
primeiro dragão, que liga o Antigo (a religião, as histórias e costumes do
reino e do mundo em que a história se encontra) a ele e a todos os dragões. Sem
ele, o Antigo seria completamente destruído, e a Asha teria a sua vingança,
assim como sua redenção em frente ao povo, além de se livrar do noivado com o
psicopata do noivo, e comandante do exército do pai dela. Assim, ela aceita de
bom grado.
Só que: o Antigo não pensa o mesmo, pois uma das histórias antigas relata a criação de duas pessoas: o namsara (a criança feliz, que levava a vida e a alegria por onde
passava), e o iskari (que só levaria a noite, a escuridão, dor e morte). Ao longo dos séculos o Antigo escolheria o seu
próximo Namsara (herói) para liderar o Antigo e a humanidade, salvando as
histórias e dragões. A Asha foi nomeada como iskari, mas no sentido de levar a morte e a destruição da
humanidade, mas em relação aos dragões e a ferocidade com que ela os caça.
Sendo assim, enquanto a Asha quer chamar o Kozu e
matá-lo, o primeiro Namsara, a mando do Antigo, a convoca para fazer três
coisas. Por que, além de ter todos os problemas caindo na cabeça dela, a
princesa ainda tem que mentir para o pai, antes da lua vermelha matar o dragão,
e ainda ajudar o Torwin a fugir e se manter escondido! Só que, desde o
rompimento entre humanos e dragões (que costumavam trabalhar em parceria), o
Antigo não gostou.
Assim, a história se desenvolve cheia de ação, drama, e
romance dos mais improváveis. Outros personagens são introduzidos, causando
tensão dentro do reino, e de quem eles chamam de nativos, com quem o irmão da
Asha havia ido para selar um acordo.
As descobertas ao longo da história, as revelações de
personagens que não são aquilo que todo mundo pensava, fiquei chocada com
algumas dessas revelações sobre um personagem ao longo do livro. E também tem a
relação dos personagens: Asha e Torwin, por exemplo. Uma draksor (pessoas da
realeza), e princesa, ajudando um escravo, que não tem medo nenhum de ser
punido ao se aproveitar da Asha e ter uma amizade com o irmão mais velho dela. Então,
o melhor desenvolvimento da história é deles dois, assim como da Asha ao longo
do livro.
Foi bom demais o jeito que a autora a desenvolveu com
relação as regras impostas pela sociedade em que ela vivia. E como ela foi
colocando em cheque tudo em que a Asha acreditava, e sabia, colocando outras
pessoas para ela se importar, amar e resolver salvar. E os últimos capítulos são
de uma ação, revelações e plot twists
impressionantes. Sem esquecer do que ela descobre sobre os dragões, suas histórias,
e resolve usar aquilo a seu favor e de outras pessoas com quem ela passou a
amar de todo o coração e alma.
A Caçadora de Dragões é um livro em que o fantástico tom
conta, e te leva junto no passeio sobre dragões, amor e amizade. E mal posso esperar pelo segundo livro, que está para lançar lá fora.
TÍTULO: A Caçadora de Dragões
AUTOR: Kristen Ciccarelli
TRADUTOR: Eric Novello
EDITORA: Seguinte
PÁGINAS: 398
ANO: 2018
Livro cedido pela editora para resenha.
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