Em um mundo perfeito em que a humanidade venceu a morte, tudo é regulado pela incorruptível Nimbo-Cúmulo, uma evolução da nuvem de dados. Mas a perfeição não se aplica aos ceifadores, os humanos responsáveis por controlar o crescimento populacional. Quem é morto por eles não pode ser revivido, e seus critérios para matar parecem cada vez mais imorais. Até a chegada do ceifador Lúcifer, que promete eliminar todos os que não seguem os mandamentos da Ceifa. E como a Nimbo-Cúmulo não pode interferir nas questões dos ceifadores, resta a ela observar.
Enquanto isso, Citra e Rowan também estão preocupados com o destino da Ceifa. Um ano depois de terem sido escolhidos como aprendizes, os dois acreditam que podem melhorar a instituição de maneiras diferentes. Citra pretende inspirar jovens ceifadores ao matar com compaixão e piedade, enquanto Rowan assume uma nova identidade e passa a investigar ceifadores corruptos. Mas talvez as mudanças da Ceifa dependam mais da Nimbo-Cúmulo do que deles. Será que a nuvem irá quebrar suas regras e intervir, ou apenas verá seu mundo perfeito desmoronar?
Essa resenha contém spoilers do primeiro livro O Ceifador.
Depois de Citra virar a Honorável Ceifadora Anastássia e Rowan fugir junto de Faraday, o mundo perfeito criado pela Nimbo-Cúmulo está mais ameaçado do que nunca.
De um lado, Citra continua vivendo com Curie e realizando seu trabalho de ceifadora. Agora conhecida como Anastássia, ela dá um aviso prévio para as pessoas que serão coletadas para que coloquem tudo em ordem e tal atitude começa a mostrar que Honorável Ceifadora Anastássia pode ter grande impacto na Ceifa MidMérica. Ao contra ponto, ceifadores que seguiam os ensinamentos de Goddard estão sendo mortos e coletados por um Ceifador que auto se denomina Lúcifer e veste o manto proibido, e não chega ser spoiler dizer que Ceifador Lúcifer e Rowan são a mesma pessoa.
O livro começa muito lento comparado ao primeiro de sua trilogia, o que me fez demorar muito para realmente pegar no tranco da leitura e dar continuidade a história de Citra e Rowan. Durante o começo nós temos os pontos de vistas de Citra e Rowan e pedaços da consciência da Nimbo-Cúmulo. Também somos apresentados ao um novo personagem que teve importância no decorrer da história, Greyson, que no começo está estudando para ser um agente Nimbo-Cúmulo e jogado pela própria Nimbo no meio de uma conspiração para matar Curie e Anastássia e acaba ganhando assim o status de infrator.
Quando finalmente entendemos quem é responsável e porque as tentativas de assassinato estão ocorrendo é quando livro volta a ter o mesmo ritmo do primeiro: um a leitura rápida e cativante, onde o leitor não consegue largar o livro pois deseja terminá-lo o quanto antes. As reviravoltas trazidas por Neal são de tirar o fôlego e o vilão por trás de tudo que está ocorrendo e ocorre no final do livro é instável e extremamente odiável.
Uma parte importante do livro é o ponto de vista da Nimbo que aparece entre os capítulos. É assim que começamos a compreender a inteligência artificial por trás das maravilhas do novo mundo imortal e também conseguimos compreender a última ação que a Nimbo realiza no livro, uma ação de uma pessoa traída por seus criadores, porém ainda boa. Entender mais da Nimbo é entender mais do mundo chamado perfeito, mas que não chega a ser perfeito de verdade, afinal, por mais que a morte tenha sido conquistada, os indivíduos ainda possuem sua própria personalidade, coisa que a própria Nimbo sabe ser importante.
O caminho levado por Neal até o climax e final do livro é deveras interessante e um dos dois caminhos previsíveis, tendo em vista do vilão. O interessante no livro é que temos de verdade um vilão. Uma pessoa desprezível que tem como única intenção ceifar o maior número de pessoas e finalmente colocar a Nova Ordem no poder da MidMérica. O plot é político, mesmo que no começo não se apresente assim e Anastássia se mostra uma ótima jogadora no decorrer do livro.
Ao todo é um livro sólido de transição, segundos livros em trilogia tem a tendência de serem mais os mais fracos, e não posso afirmar que seja verdade isso, mas gostaria que fosse, pois a construção deixada para o terceiro e último livro tem tudo para ser um ótimo final para uma interessante trilogia.
"Se formos julgados pelos nossos maiores arrependimentos, nenhum ser humano será merecedor nem de varrer o chão".
Título Original: Thunderhead
Autor:Neal Shusterman
Tradutor: Guilherme Miranda
Páginas: 496
Editora: Seguinte
Lançamento: 2018
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Livro cedido pela Editora Seguinte para resenha ♥
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