Poucas séries sabem a
hora de parar. Muitas acabam se prolongando muito e com isso perdendo aquilo que poderia torná-las únicas. Isso acaba gerando
mortos-vivos (perdão ao trocadilho, mas você entendeu...). Por vezes pode até ter temporadas de qualidade, mas que se diluem em meio à imensidão de episódios. Não é o caso de
The Americans.

Iniciada em 2013, é uma produção de alta classe, perdida em meio às centenas de produções que ganham as telas todos os anos. A série, criada por um ex-agente da
CIA, acompanha
Elizabeth e
Phillip Jennings, agentes
soviéticos infiltrados nos EUA em plena guerra fria. Fugindo do preto e branco tradicional, temos uma história dramática, com personagens complexos e com um potencial explorado em seu máximo.
“Um casal de filhos. O Sonho Americano. Nunca suspeitei. Ela é bonita. Ele tem sorte.”
Se você não viu The Americans, pare tudo que tem na sua lista e assista. Se precisa de motivos, lhes trago 10! Só clicar aqui: 10 Motivos para Assistir: The Americans. Se já assistiu, venha acompanhar meu texto sobre sua despedida. E o vazio que ela deixará.
Ao longo de suas seis temporadas, a série soube contar uma história. De maneira gradual, abusando do drama, enquanto deixava de lado as grandes cenas de ação, sua trama avançou e mudou todos os personagens. Eles evoluíram tanto ao longo dos episódios, que sem dúvida não são os mesmos ao final do show.
Vimos Paige crescer, descobrir e se posicionar. Vimos Henry trilhar um caminho diferente da irmã, mas ainda assim, importante. Mas vimos principalmente Elizabeth e Phillip se transformarem. Suas dúvidas, seus feitos. Suas decisões. Absolutamente tudo levou exatamente ao ponto onde eles se encontraram no final da temporada, e da série.
Sua temporada final avançou em conjunto da história real. Com a trama se aproximando do fim da Guerra Fria, temos a resistência de uma ala da KGB aos planos de Gorbachev. E é claro que nosso casal iria se ver no meio disso. E foi épico.
Mesmo com Phillip afastado de suas funções, o vemos frente a frente de Elizabeth. E mesmo esses momentos conflituosos sempre mostravam que existia algo ali que mesmo a ideologia não poderia derrotar. E é isso que vemos acontecer no final da série, a vitória do casal, mesmo que vindo de uma grande derrota.
É incrível como The Americans soube se despedir utilizando elementos de temporadas passadas, concluindo tramas, ao mesmo tempo que deixa algumas em aberto. As dúvidas que ficam servem de alento para os fãs. Afinal, quando me lembrar desse final, sempre irei me questionar sobre Paige, Henry e principalmente, sobre Stan.
O final desse personagem merece um parágrafo a parte. Stan demorou, mas chegou lá. Fez seu trabalho, engoliu a dor e confrontou a maior traição possível. E aí que acompanhamos o maior confronto. Aquele que sabíamos que viria, mas que dói mesmo assim. Phillip e Stan perdem seus melhores amigos, ao mesmo tempo, em uma cena visceral e típica da série. Nada de ação. Nada de explosão. Apenas diálogos e drama.
The Americans encerra sua história na hora certa. Fará falta, como todas as séries boas fazem. Em um mundo com tantas produções medianas e ruins sobrevivendo por longos anos, é triste ver algo de primeira linha nos deixando, mas é necessário. Seu final foi perfeito, como a série. Só gostaria de ter aproveitado mais essa produção enquanto ela durou.
Do svidaniya, amerikantsy!
(Adeus, The Americans!)
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