Cada vez mais simples, Westworld consegue também ser complexa e bagunçar tudo que achávamos que sabíamos sobre o que está acontecendo. Se valendo do caos, as linhas temporais se misturam, ao mesmo tempo que respostas surgem.
O foco da série claramente mudou no seu segundo ano. Enquanto em sua temporada inaugural o foco estava sobre os anfitriões e sobre a dualidade do controle sobre a vida. Agora essa temática se expande, mas com um foco muito mais caótico. E com isso a confusão se instaura em meio ao desenvolvimento.
Temos novamente focos diferentes acontecendo em meio à esse episódio, porém dessa vez elas se misturam muito mais facilmente. Em questão de linha do tempo, o ponto mais fora da curva é a descoberta dos outros modelos de Bernard, o que aumenta a pressão pela busca de Abernathy. Curioso como a série soube jogar com o corte, fazendo parecer que tudo acontecia paralelamente.

Motivamos pelo seu passado, muito mais marcante para Maeve, o enfrentamento era inevitável. Fica a dúvida de quantos tiros Willian pode tomar até morrer. Curioso notar que Maeve não detém um poder sobre todos os anfitriões, mas apenas sobre aqueles que não despertaram. Ao mesmo tempo é intrigante ver como Willian está cego para tudo, uma vez que ele vê o dedo de Ford em toda e qualquer pedra em seu caminho.
Enquanto isso acompanhamos a ação de Dolores na Mesa. Com um ataque completamente coordenado, eles enganam toda a milicia e facilmente atingem seus objetivos. Duas coisas são interessantes: Teddy ainda está oscilando. Dessa vez ele não foi nem aquele sangue nos olhos do episódio passado, nem aquela manteiga derretida de antes disso. Ao mesmo tempo, o plano de destruir o Berço é genial. A "vantagem" de possuir backups impedia os Anfitriões de verdadeiramente serem humanos, agora isso acabou.
Por fim, mas sem dúvida o mais impactante do episódio, é o encontro de Ford e Bernard. É incrível como ter Anthony Hopkins em qualquer cena aumenta o nível de atuação na tela. Mais incrível ainda é ele dar finalmente as respostas, mas não todas. A descoberta da real motivação do Parque é algo que não chega a ser surpreendente se pensarmos bem.
Delos tinha por objetivo algo muito maior do que um parque de diversões. O objetivo de alcançar a imortalidade pode ainda não ter sido alcançado, mas deixa clara as intenções. Ford quase conseguiu, mesmo que não seja capaz de inserir sua mente em um anfitrião. Delos não chegou nem perto. Enquanto Bernard talvez seja o mais próximo de um sucesso, unindo a mente de Arnold com um anfitrião único.
A série passeia por discussões profundas, ao mesmo tempo que foca muito mais na destruição. Isso causa um baque com os fãs mais xiitas, mas é inegável a qualidade da trama contada. O cerco vai se apertando e a corrida para o Além do Vale começou!
PROMO DO PRÓXIMO EPISÓDIO
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