Kelsea Glynn é a rainha de Tearling. Apesar de ter apenas
dezenove anos e nenhuma experiência no trono, Kelsea ficou rapidamente
conhecida como uma monarca justa e corajosa. No entanto, o poder é uma faca de
dois gumes. Ao interromper o comercio de escravos com o reino vizinho e tentar
conseguir justiça para seu povo, ela enfurece a Rainha Vermelha, uma feiticeira
poderosa, com um exército imbatível.
Agora, a beira de ver o Tearling invadido por tropas
inimigas, Kelsea precisa recorrer ao passado, aos tempos antes da Travessia
para encontrar respostas podem dar ao seu povo uma chance de sobrevivência. Mas
seu tempo está acabando... Nesta continuação de A Rainha de Tearling, a
incrível heroína construída por Erika Johansen volta a outra aventura cheia de
magia e reviravoltas.
O que começou bem para uma rainha que estava aceitando
conselhos, e tendo respostas, desembocou rapidamente e muito mal pra um caminho
extremamente ruim. Passei quase o livro todo querendo enfiar espinhos na Kelsea
pelas decisões erradas dela, ainda que ela fizesse muitas coisas boas também ao
mesmo tempo. Era 50 % bom, 50% ruim.
Enfim, depois do final arrasador do primeiro livro, Kelsea
finalmente está mais tranquila no trono. Agora, tentando impedir que a Rainha
Vermelha realmente invada o Tearling, ou ao menos organizando o próprio
exército para desmantelar o exército dos mort. Ao mesmo tempo em que visões
sobre o passado pré-travessia começam a chegar, pois os erros do passado podem
(e devem) influenciar o futuro, pois a raça humana é uma desgraça que não aprende,
e começa a fornecer respostar truncadas sobre uma tal de Lilly e o próprio
fundador do seu país, o Willian Tear.
Mas Kelsea também não é só um poço de altruísmo e coragem.
Ela se recente por não ser bonita, e se recente pela fraqueza da mãe e do
governo horrível da mesma, antes da filha chegar ao trono. E como a raiva,
junto com o ressentimento, nunca são bons guias, e nem bons julgadores, Kelsea
começa a mudar aos poucos, tanto na aparência (lembrando que ela se ressentia por
ser só um rosto comum e os homens não virarem o rosto para ela quando passava),
graças também a magia das safiras, e as pequenas magias que ela começa a fazer
e a descobrir que pode fazer em si mesma.
Ela mudou, e todo mundo percebeu, ao ponto do Lazarus, seu
confidente e guarda pedir para tirar as safiras e seguir outro caminho no
governo, pois além da mudança física, ela não era mais a mulher forte que tinha
se recusado a reclamar ao sair da cabana, por parecer fraca perante a própria guarda,
e ainda assim, era uma garota gentil, que tinha linhas certas entre o que era
certo e errado, não esse limbo cinza. Kelsea se tornou outra pessoa
completamente diferente, e totalmente perigosa e sombria.
As descobertas desse segundo livro são fascinantes. As
reviravoltas, é tudo acontecendo ao mesmo tempo, você mal tem tempo para
respirar. Assim, com os mort abrindo caminho, as visões chegando, a rainha mal
tem tempo para outra coisa, e ainda assim, ela começa a cometer pequenos erros,
e isso começa a ficar pior e pior, e só queria dar na cara dela. Mais um livro
para a maldição das trilogias com magia: a heroína/herói começa a cometer
cagada no segundo livro, para no final se redimir e no terceiro fazer a coisa
certa.
Mas, continuando, adorei saber mais sobre a pré Travessia,
conhecer o pessoal, ver os Estados Unidos, vê o William Tear tentando criar o
novo mundo, e vê como fomos parar (ou ao menos os EUA, já que não vemos o resto
do globo até o momento, e nem acho que vamos ver) em um futuro medieval com
magia. A Kelsea disse que do William até ela, foi-se 300 anos, mas eu ainda não
conseguir conciliar só esse pouco tempo para um futuro medieval, e tudo se
acabar assim.
Não me arrependi de ter engolido o primeiro livro, e agora o
segundo em poucos dias. É uma história fantástica, que te arranca da realidade
para as páginas de um futuro medieval cheio de magia, guerra, erros e acertos
de uma rainha, que ainda está crescendo em meio a um país afundado na corrupção,
firmando um caráter baseado nisso, na criação que teve, nos conselhos da sua
guarda competente, e que mesmo assim ainda tentando se afirmar como uma mulher
que pode sim governar um país justo, para todos.
TÍTULO: A Invasão de Tearling
ANO: 2017
Livro cedido pela editora para resenha.
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