Assim, pois, seguimos para o episódio que todos ansiaram por ver e que nos deu grandes revelações do começo ao fim. Em Till DeAth do Us pArt, pudemos compreender, enfim, uma série de eventos, situações, cenas e questões que ficaram sem explicação anteriormente. Sinceramente, estava com medo desse episódio na mesma medida em que estava ansiosa, porque, afinal, tinha grandes chances de ser insatisfatório, dado o número de coisas a que tinha que responder. Entretanto, gostei muito de como solucionaram todo o problema: deram conta do recado, e, além disso, fizeram alusão, mais uma vez, aos livros nos quais a série se baseia. Isso porque, como sabemos, no livro temos essa questão da usurpadora que teve uma vida miserável enquanto a outra, à vítima da tramoia, teve uma vida cheia de regalias e, mais importante nesse caso, com a presença de um pai, mãe, namorado e amigas que a amam.
Sim, no livro os motivos da gêmea de Alison são outros, mas não podemos negar a aproximação entre este e a série. Claro que, além de Dunhill, Charlotte e Alex, que nem mesmo sabíamos que existia, ainda houve o envolvimento de Wren, que, se pensarmos bem, já era de se imaginar, afinal, foi o único personagem com certo grau de relevância que ainda não havia sido riscado da lista de suspeitos. Portanto, apesar de alguns personagens que compõe AD serem previsíveis, a Alex Drake foi muito interessante, e, além disso, fez muito sentido, uma vez que ela teria ficado com o dinheiro de Charlotte e, como sempre disse aqui nas reviews, AD tinha que ser uma pessoa rica dado o investimento em joguinhos e chantagens para lá e para cá. E, claro, não podemos deixar de comentar a respeito de Spencer com seu sotaque britânico estilo Skins e Misfits, fortíssimo e bem feito, convincente. Gostei logo de início por conta disso já, e, depois, porque as coisas andaram muito bem mesmo.

Enfim, em relação aos personagens, em geral, podemos comentar algumas coisinhas. Primeiro, temos o fato de que as liars finalmente conseguiram encontrar o covil de AD, o que nunca conseguiram fazer na vida. Claro que, como vocês devem imaginar, achei toda essa situação um pouco inverossímil, por assim dizer, mas gostei do fato de que na série, na minha opinião mais até do que nos livros, é possível ver a questão da amizade entre as liars, que mostraram como realmente podem contar umas com as outras.
Também tivemos uma situação que não poderia passar em branco: o contratempo no casamento de Aria. A respeito disso tenho dois comentários, na verdade três. O primeiro diz respeito à situação toda sobre Aria e seu segredo – essa menina também estava cheia de segredos nessa temporada – a respeito do fato de não poder ter filhos e, acima de tudo, segredo que não revelou, inclusive, para Ezra, seu futuro marido. Concordei com Ezra a respeito da confiança e tal, mas achei que tudo isso foi feito mesmo para poder criar uma tensão quando Ezra sumiu bem no dia do casório. Mas foi só por isso e mais nada, isto é, faltou propósito mesmo. Também, que seja. Só não entendi porque todos querem arrumar filho, achei um pouco romanceado demais essa parte, ou seja, o que teria sido inovador no casamento de Emily e Alison e Spencer terminando independente como sempre foi – é isso mesmo, não shippo Spencer e Toby, sorry –, acabou perdendo um pouco para esse clichê. Mas daí pode ser só implicância minha.

O segundo comentário diz respeito ao próprio Ezra, que, ao meu ver – e acabei notando isso, na verdade, somente no último episódio – foi inútil a temporada toda, assim como Toby. Ezra, de fato, a única interferência que teve foi quando Aria quase se entregou para a polícia, mas, no geral, este e Toby serviram como parte do plano de fundo. E o terceiro, por fim, tem a ver com o vestido de Aria: ainda bem que não deu certo o casamento no primeiro momento, porque o segundo vestido foi bem mais bonito.
Quanto ao restante, muitos ficaram em Rosewood mesmo, incluindo Emily, Alison e os bebês. Também tem Jenna, que virou professora na escola de Rosewood, assim como Emily e Alison, que, ainda continua sendo nossa antiga Alison, apesar de ter mudado bastante, como pudemos ver naquela cena em que Alison dá uma de Alison para cima de Addison – a nova Alison. Ufa, vou tentar não repetir esse nome até o final do texto, prometo. E o fim de Mona, devo dizer, foi o melhor, ainda bem, se não ficaria muito decepcionada. Mas Mona nunca decepciona né gente?
Por último, devo ressaltar que adorei os detalhes que colocaram nesse último episódio: desde a cameo da produtora e da menção ao final da série na realidade com direito a choro e tudo – liars se reunindo no final – até o fato de que a cena do fim da midseason foi apenas um sonho de Emily e de que o segredo de como as mães das liars saíram do porão não foi revelado. Foi uma jogada esperta, e também deixou um gostinho de mistério, pois, afinal, sabemos que todo o bom filme, série ou livro é aquele que permite questionamentos, mesmo após o final. Sim, essa teoria incluiria, e inclui, o final polêmico de Lost, caso alguém esteja perguntando. Apesar de que esse não só permitiu questionamentos, como, na verdade, foi só o que restou.
Para concluir, gostei muito desse final, que fez valer a espera e frustração com alguns outros episódios. E o melhor foi mesmo a última cena, com uma repetição da cena em que Alison desaparece do celeiro, o que foi o início de tudo. Isso acabou dando uma ideia de final cíclico, ficou bacana apesar de clichê, e deu sensação que as pontas foram amarradas apesar de ficar uma coisa meio Jason Vorhees, Michal Myers, Scream, e etc., isto é, aquele assassino que sempre é resgatado, não importa o que se faça.
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