Legion seguiu um caminho pouco usual, ainda mais para as séries baseadas em quadrinhos, mas conseguiu um feito ímpar, ao mostrar que o diferente também funciona.
O que mais chamou a atenção nessa primeira temporada foi exatamente sua construção. Seguindo um caminho de narrativa pouco linear, por vezes altamente confuso e cansativo, mas em sua maioria interessante e instigante, Legion buscou inovar ao não pegar todos pela mão na explicação da trama durante seu primeiro ano.
Se tratando da primeira série em que se baseia o universo mutante, foi um passo bastante interessante. Haviam três caminhos já traçados: o da CW, com o vilão da semana, o de Gotham e Agents of S.H.I.E.L.D., com arcos se desenvolvendo em vários episódios, além da parceria Marvel-Netflix, com uma grande trama dividida durante cada ano. Legion seguiu próximo do último caminho, mas inovando o mesmo, criando assim novas possibilidades.
Sobre os personagens, deixando David de lado por enquanto, todos tem sua importância, mas nem todos funcionam bem. Falta apelo à alguns, como por exemplo Melanie, que só passa a ter um arco realmente importante nos dois últimos capítulos. Porém, podemos esperar ainda mais crescimento nas temporadas que virão.
Toda a trama gira em torno do vilão que não conhecemos, mas que vai se mostrando aos poucos. Em meio à dicas, informações e reviravoltas, finalmente vamos compreender seu objetivo apenas do meio para o fim da temporada. Ahmal Farouk, o Rei das Sombras, foi um bom primeiro desafio, além de poder ser utilizado mais à frente. Já começamos com ele a entender como a cabeça de David funciona e o que pode vir a aparecer.
David se mostrou um bom protagonista. Em uma temporada de descobrimento e aprendizado, já teve uma grande participação. Espero ver ainda mais a utilização de seus poderes, além de acompanhar até onde o personagem será representado como as HQs, com suas múltiplas personalidades.
Encerramos o ano com um semi-cliffhanger e um grande. O futuro parece promissor e Legion pode pleitear seu lugar entre as grandes estreias do ano. Além disso, uma série que sabe jogar com os easter-eggs de maneira sutil, mas respeitando o material-fonte, sempre terá um lugar no coração dos fãs. Não é mesmo, Professor X?
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