Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está
saindo se aproxima demais, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta
desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos
relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento.
Então, como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse
padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo,
desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy – que
abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma
musica de sucesso sobre ela.
Remy queria apenas viver um ultimo namoro de verão antes de
partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele
sentimento irracional que falam as canções de amor...
Tá aqui um livro que eu demorei bastante pra ler. No caso
dessa história, não me conquistou tanto quanto Os Bons Segredos, da mesma
autora. Não que seja ruim, mas sabe quando poderia ter sido muito melhor e a
autora não o fez? Pois é.
No caso desse livro, temos a história da Remy, que foi
criada pela mãe, é uma adolescente normal, mas desacreditada totalmente no
amor, vendo a mãe ir de um casamento ao outro sem durar muito, e atualmente
começando o quinto. E que só quer sair da cidade na qual foi criada. Para isso, muda totalmente o foco nos estudos, indo de uma aluna regular ruim para uma
excelente, garantindo uma vaga em Stanford, a qual ela irá logo após as ultimas
férias de verão escolares depois da formatura. Ela nunca se sentiu de fato em
casa com a mãe, eu acho. A Remy queria mais do que tudo sair dessa vida de
cidade pequena, parada, e começar do zero e um lugar totalmente novo.
Nisso, eu concordo completamente com ela. Não que ela tenha
tido uma criação ruim, só teve uma mãe basicamente meio ausente, deixando ela e
o irmão muito por conta própria, pois a mãe se focou basicamente na carreira de
escritora mediana, mas que acaba ganhando bem pelas vendas dos livros, e acho
que posso incluir a família aqui como de classe média alta. E ela foi
abandonada pelo pai antes mesmo de nascer, só tendo uma música feita para ela
como lembrança. E com o dinheiro dos direitos autorais caindo na conta dela
envolvendo a musica, é que a Remy vai poder pagar Stanford.
No quesito história de amor e amizades: primeiro que eu não
gostei muito das amigas dela, a única que se salvou mesmo foi a menina que teve
o namoro interrompido, pois o ex dela é um babaca, e segundo que a Remy tem 3
regras para os namoros: nunca deixar ficar sério (ela termina depois das
primeiras semanas em que, nas palavras dela, é a melhor época), não
deixar o cara partir seu coração e, em hipótese nenhuma, sair com um músico.
Só que depois de conhecer o Dexter, e de tanta insistência
dele, começa o namoro... E ela não consegue seguir a regra de terminar, pois
além de tudo, ele é musico, já está indo além das regras que ela se impôs, e tem
Stanford no final das férias.
Agora, o bom do livro todo é, de fato, o aprendizado da Remy e do próprio Dexter, e por que não dos amigos dele também né. O conceito de
vida, de amor, de tudo um pouco na vida dela mudou. E sim, eu amei o final. Só
digo que ela foi pra Stanford. Achei simplesmente fantástico ela não mudar os
planos por ninguém. Mesmo que o Dexter tenha mudado a visão dela. Acho que as
três coisas que mais gostei foram: ela querer sair da influência da mãe, mudar,
e querer um novo lugar pra recomeçar; mudar a visão de mundo e ver que nem tudo
é como a gente pensa; e não mudar os planos por ninguém. Tenho um pouco desses
três elementos na minha vida. Mas de resto, a historia foi bem mediana.
Editora: Seguinte
Páginas: 352
Ano: 2016
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