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Title: [REVIEW] FAKING IT - TERCEIRA TEMPORADA
Author: Anônimo
Rating 5 of 5 Des:
A dramática temporada cumpriu seu papel de restabelecer a amizade entre Karma e Amy e ainda teve que se desdobrar para, de última hora, ...

A dramática temporada cumpriu seu papel de restabelecer a amizade entre Karma e Amy e ainda teve que se desdobrar para, de última hora, servir como ato final. Apesar da baixa audiência já trazer indícios de seu destino, o cancelamento foi uma surpresa. Acredito que a história e os fãs mereciam ao menos a renovação para uma temporada final, para que pudéssemos fechar o ciclo de forma mais conformada. Ainda havia muito a ser mostrado.

Depois de toda sua luta interna para superar Karma e sua busca por alguém que correspondesse seus sentimentos, Amy merecia seu final feliz. E assim, já perto do final fomos apresentados à personagem que teria esse importante papel.  Apesar do início conturbado, deu pra sentir um pouco de compaixão por Sabrina, mas o pouco que conhecemos infelizmente não foi suficiente para que comprássemos o endgame do casal. Um pouco mais de desenvolvimento, era tudo o que eu queria.

A verdade é que Sabrina, em quatro episódios teve toda a evolução que Karma poderia ter tido durante as 3 temporadas que foram ao ar. E essa é a parte mais frustrante de todas. Karma cresceu sim, mas foi um crescimento devagar demais e com muitas recaídas no meio do caminho. A garota merecia mais. O que ela merecia menos era a quantidade de julgamento a que foi exposta, pois, mesmo quando fazia a coisa certa, todos a atacavam. Fica aqui o último lembrete: Karma nunca foi a vilã da história.


Se existe um personagem mal aproveitado durante toda a série, seu nome é Liam Booker. O garoto nunca ganhou uma história própria decente, tudo sempre se resumia à Karma. Quando finalmente parecia que as coisas andariam com o plot do pai perdido, nada aconteceu. Até teve uma introdução de um plot curioso sobre religião, mas foi trabalhado de forma muito rápida e superficial. Por fim, foi mais uma vez resumido a um interesse amoroso e terminou praticamente onde começou.

A personalidade de Shane era divertida no início mas, depois de 2 anos, confesso que cansei. Suas falas engraçadas continuaram sendo seu charme desde sua primeira aparição, mas suas atitudes egoístas já estavam me dando nos nervos. Porém precisamos dar credito ao rapaz por finalmente conseguir manter um segredo importante. Depois de tempos jogando os outros para fora do armário, pôde fazer parte da curta storyline de Noah. Se o envolvimento com Noah viria a ser sua redenção, nunca saberemos.


Nem é preciso explicar, por exemplo, a importância de uma personagem como a Lauren na televisão. A abertura de debate que seu intersexualismo apresentou não abrangeu apenas sua intersexualidade em si, mas também expôs o ponto de vista não apenas das pessoas a sua volta, mas também em relação a si mesma. Nada como mostrar que as inseguranças de uma personagem forte tem origem dentro dela mesma. Esse é um dos melhores tipos de personagem. Maravilhosa como foi dada essa grande oportunidade de crescimento para ela durante as temporadas, Lauren pôde ser aprofundada da forma como outros personagens não tiveram a chance.

Se não por sua representatividade, por vezes julgada problemática, agradeçamos Faking It por sua diversidade. Mesmo que mal aproveitados, tivemos bissexuais, lésbicas, intersexuais, transexuais, assexuais, relacionamento poliamoroso, vendas de drogas, bifobia, alcoólatra em recuperação, bullying, transição religiosa, amizades verdadeiras, retrataram preconceitos e mistificação de sexualidades, amizade hétero x queer sem envolvimento amoroso, entre outros. Ganhamos lições de amizade, aceitação e respeito. Após risos e lagrimas, é com coração partido que me despeço de Faking It. Mais uma série que se vai cedo demais.

Ps: Um beijo pro Felix.
12 Jun 2016

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