Caminhando pelas ruas de Paris em
uma manhã tranquila, o livreiro Laurent Letellier encontra uma bolsa feminina
abandonada. Não há nada em seu interior que indique a quem ela pertence –
nenhum documento, endereço, celular ou informações de contato. A bolsa contém,
no entanto, uma série de outros objetos. Entre eles, uma curiosa caderneta
vermelha repleta de anotações, ideias e pensamentos que revelam a Laurent uma
pessoa que ele certamente adoraria conhecer.
Decidido a descobrir quem é a
dona da bolsa, mas tendo à sua disposição poucas pistas que possam ajudá-lo,
Laurent se vê diante de um dilema: como encontrar uma mulher desconhecida em
uma cidade de milhões de habitantes? Aliado a romance e mistério, Antonie
Laurian narra a historia encantadora de duas vidas reunidas pelo acaso – e por
uma caderneta perdida.
O que eu posso dizer desse livro?
Ele podia ser um pouco melhor, mas é bom e atingiu o propósito, ao
contar a história dele com a bolsa, a caderneta, a história dos dois, de como
ela teve complicações de saúde por culpa do roubo, dele a procura dela. Então,
sim, foi legal ver essa história. E foi legal ler pelo fato de que te mostra
todo um lado mais calmo, por assim dizer, de Paris. Vidas de pessoas comuns, que
foram ligadas pelo Destino, ou chamem como quiser.
Eu gostei de ler nomes de autores
com os respectivos livros, quem sabe um dia eu procure algum né. Por incrível que
pareça, ou nem tanto, eu gostei muuiittoo mais da Laurie do que gostei do
Laurent, nos poucos momentos em que ela era ativa e pelos próprios pensamentos
da caderneta, que ela escrevia, ou mesmo enquanto a gente a ouvia no coma, porque esse último parece muito bundão, sei lá, ele pareceu muito não sei
exatamente como descrever além de chato. Torci loucamente para que ele
achasse logo os detalhes que faltavam para achar a dona da bolsa, porque empaquei lindamente com ele.
Agora, o que me incomodou na
história foi a diagramação. Porque, tipo, sabe quando você tem diálogos normais
nos livros? Com travessão, espaço para o “ele disse”, e tudo que temos direito?
Pois é, nesse livro não existe. É tudo junto, e fica confuso e dava agonia
algumas vezes para ler. Mas tirando isso, e o fato de o
Laurent ser um chato, o livro é bem legal. A história do casal foi bem interessante.
E o livro me lembrou bem filme da Sessão da Tarde huahua. Principalmente quando
ele descobre o sobrenome dela, por exemplo, ou quando, enfim, ele acha a Laurie
(e sim, com ela ainda em coma). Fofo.
Enfim, é um romance simples e bom de passar uma tarde lendo, já que ele é bem curtinho, menos de 200 páginas. Então, é bom modo de distrair a mente. E passar uma tarde sem pensar muito.
Título: A Caderneta Vermelha
Autor: Antoine Laurain
Editora: Alfaguara
Páginas: 135
Ano: 2016