Antes mesmo da estreia do primeiro filme, Guardiões da Galáxia 2 já foi confirmado no painel da Marvel na Comic Con San Diego. E assim já podemos ter uma ideia do quanto a Marvel confia em seus produtos. E não é à toa, essa que até hoje foi a cartada mais ousada da Marvel, veio para dominar as bilheterias americanas e ainda conseguir um lugarzinho no coração dos críticos mais chatos.
A narrativa começa na terra em 1988, com um Peter Quill (Chris Pratt), futuro Senhor das estrelas, criança, após a morte de sua mãe ele é sequestrado por uma nave alienígena, daí temos um salto temporal onde vemos Peter adulto que se tornou um saqueador, ele acaba roubando uma esfera que desperta o interesse de Ronan (Lee Pace), um alienígena da Raça Kree que deseja usar o poder da esfera para destruir planetas, para evitar que a esfera caia em mãos erradas, Peter une forças com outros quatro foras da lei: A árvore Humanoide,Groot (Vin Diesel), Rocky (Bradley Cooper) , um guaxinim mutante super inteligente que adora armas, a filha adotiva de Thanos, Gamora (Zoe Saldana) e Drax, o Destridor (Dave Bautista).

Logo no começo já podemos ter uma ideia de qual foi a principal influência do filme, a música de 1974, "Hooked on a feeling", dá ritmo a uma das cenas mais divertidas do filme, daí para frente tudo parece a visão futurista dos anos 70/80, na verdade não fosse os efeitos de alta tecnologias e o 3D muito bem utilizado, pareceria que o filme saiu direto do famoso "Verão dos anos 80", os alienígenas coloridos lembram a série original de Star Trek, e as naves, até mesmo alguns aspectos da narrativa lembram o mais famoso blockbuster espacial de todos os Tempos, Star Wars.
O roteiro de James Gunn (também diretor do longa) e Nicole Perlman (primeira mulher a roteirizar um filme Marvel), conta com cenas divertidas de ação dignas de Indiana Jones e Ghosbuster (a influência dos anos 80 é realmente clara), boas piadas, diálogos rápidos muito bem moldados para cada personagem, que com suas personalidades distintas trazem sempre algo novo e não deixam o filme cair na mesmice.
Mesmo com o estilo Retrô Futurista, que conta até mesmo com um toca fitas em uma nave espacial, James Gunn acreditava que o personagem que mais precisou de tecnologia para acontecer era o mais importante, Gunn disse em entrevista que "Rocky era a alma do filme", e eu discordo de Gunn, a dinâmica dos cinco heróis é tão perfeita que é impossível escolher um preferido, isso não só com os protagonistas, mas os vilões e até o "elenco político" do filme são divertidos e bem estruturados.
A Marvel já vem impressionando desde Homem de Ferro, mas quando você assiste a algo que equilibra tão bem a comédia e o drama, a qualidade de texto e direção, o resgate de grandes clássicos e ainda a ousadia na criação de um longa, percebe-se que o estúdio busca algo além de
blockbusters divertidos, e o apelido carinhoso dado por alguns críticos de "comédia
cult da Marvel", prova que Guardiões da Galáxia é o começo de algo ainda mais grandioso para os estúdios.
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