Chegamos ao meio da temporada, e como os fãs já devem estar acostumados, tivemos um episódio mais político, com foco em diálogos bem construídos e intrigas na corte. Dos inúmeros personagens da série, cinco tiveram mais destaque nesse episódio: Cersei, Sansa, Brienne, Arya e Bran.
- Rainhas e dívidas: Tommem mal saiu da infância e já tem dois problemas que todo adulto tem de enfrentar, dívidas e achar alguém que preste e goste de você. Mas ele nem vai precisar se preocupar com isso, por que seu avô já matou os dois coelhos com uma cajadada só. Arranjou uma noiva, e ainda rica. Com as minas dos Lannisters vazias não havia mais opção, ou eles se juntavam a uma casa tão rica quanto eles, ou se preparavam para atolar em dividas, como os reis anteriores fizeram. Se eu não conhecesse a Cersei, acharia que ela realmente estava querendo que a Margeary fosse novamente sua nora. Mas se tem alguém que é especialista na arte da falsidade é ela.
- Desejos e Deveres: Mais uma vez Daario tentou conquistar o coração da nossa Khaleesi, o que está sendo difícil por que nem 93 navios e a chance de voltar para Westeros conseguiu mexer com o coraçãozinho dela, que está bem fechado para romances desde que seu Sol e Estrelas morreu. Ela caiu em um baita de um dilema: Conquistar o Trono de Ferro que tanto deseja, ou Governar Meereen até que seus escravos libertos estejam a salvo. Ela escolheu o dever, que é o que uma verdadeira rainha faria. Foi uma decisão muito difícil, eu admito que ficaria com muita duvida. A escolha mostrou uma maturidade maior, porém colocou ela na zona de risco de morte. Por que em Game of Thrones quanto mais honrado e bom você for, mais perto da morte estará.
- Jogando com Loucos: Sansa, ou melhor, Alayne, chegou ao Vale, onde e Lysa e Robert Arryn não poderiam estar mais loucos. Sempre achei que os dois não batiam bem da cabeça, mas agora está confirmado. Percebe-se que Lysa viveu sempre a sombra da sua irmã, e Sansa por se parecer tanto com a mãe despertou todos aqueles sentimentos que ela guardou por anos. E ainda soltou a língua e nos mostrou que há muito ainda nessa história que não sabemos, quem diria que o assassinato do antigo Robert Arryn e a carta para a Catelyn foram armações do Mindinho.
- A Donzela e seu Escudeiro: A cena pareceu mais uma paródia de Dom Quixote, mas rendeu um bom alivio cômico. Uma pequena pausa na trama de intrigas e armações. Só eu que senti vontade de entrar na tv e avisar que eles estavam indo para o lugar errado? Fiquei feliz que Brienne tenha começado a aceitar a presença de um companheiro na jornada. Ela tem um coração de pedra, mas no fundo é só o medo de ser julgada e ridicularizada por suas maneiras e aparência.
- Aluna e Mestre : Me desculpem os fãs, mas Arya é tão bobinha quanto a Sansa. Cão de Caça mostrou isso a ela, ela tem muito ainda a aprender se quiser vingar a sua família. Acho que nesse episódio ficou bem claro que a "parceria" dos dois é apenas até o fim da jornada. Respondendo a um dos questionamentos meus na review do terceiro episódio, está bem claro agora que uma amizade não irá surgir ali, apenas uma troca de favores para a sobrevivência. Como sempre Cão de Caça entregou uma reação excelente quando ela disse o nome dele na lista de vingança dela.
- Corvos e Visões: Tudo estava tão bem até aquele momento. Vou pedir desculpas novamente, mas na minha opinião foi a parte mais chatinha do episódio. Apenas fiquei feliz por que acabaram logo com aquele núcleo da Fortaleza do Craster. Graças a Deus Bran e Jon não se encontraram, por que o Jon com certeza não deixaria ele continuar a jornada pelo além-da-muralha. Uma pergunta ficou no ar, o que o novo recruta da Patrulha, Locke, queria com o Bran? Espero que nos próximos episódios essa trama seja revelada. Que reflexivo foi aquele final, os homens da Patrulha que juraram defender todos os homens acabaram por tratar as mulheres do Craster até mesmo pior que ele. É, realmente "...palavras são vento"!
PROMO DO PRÓXIMO EPISÓDIO: