É um orgulho imenso para um fã da obra de Thomas Harris ver o que Bryan Fuller e companhia está fazendo com o enredo pré-existente. Adaptações são normalmente vítimas de muito preconceito por parte dos fãs devido ao medo de estragarem algo já consagrado e querido pelo público e crítica. Como fã, posso dizer que a série não deixa a desejar em nada, na-da!
A série ainda não entrou no enredo propriamente dito de Dragão Vermelho, mas isso não a impede de trazer elementos dos outros livros, pelo contrário. Eu imagino Futamono da seguinte maneira: um mosaico no qual cada filme/livro ajudou a compor parte do episódio e, juntos fizeram parte de algo maior. Genialidade transborda!
Nos diálogos de Will e Jack, foi questionada pela primeira vez na série a razão pelo qual Hannibal é quem é. Ele é um homem bem-sucedido, refinado e com uma carreira brilhante. Por que uma pessoa se tornaria um canibal? Seria loucura ou algo do tipo? No primeiro livro, há uma passagem que se faz a mesma pergunta. A resposta do Will é a seguinte:
“Hannibal fez o que fez porque ele gostava. Ainda gosta. O Dr. Lecter não é louco, não da forma como consideramos alguém louco. Fez coisa horrendas porque gostava de fazê-las. Mas pode agir normalmente quando quer” - Dragão Vermelho
Por diversas vezes, Will se perguntou o que Hannibal pretende agindo da forma que age. A verdade é que Hannibal Lecter é um mistério, sempre foi. Ele é misterioso e nunca foi revelado (pela própria boca) a razão dele ser o que é. Seria interessante se, futuramente, a série abordasse isso. Daria bons diálogos.
Depois de quase o matarem, o canibal voltou mais cínico do que nunca. Caso ele queira abandonar a carreira médica, com certeza teria sucesso como ator. Passou de canibal à vítima num pulo. Mas tem um que não está dando muito crédito a todo esse “abalo” emocional: Chilton!
O diretor do Baltimore State foi a primeira pessoa a fazer o famoso trocadilho “Hannibal, o canibal”. Finalmente ao dar ouvidos ao Will, Chilton fica inegavelmente contra o canibal. O que era esperado, pois nos livros os dois tem uma série de histórias mal resolvidas.
Com mais pessoas dando ouvidos ao Will, Jack acabou por considerar definitivamente a ideia do Lecter ser o Chesapeake Ripper. Pena que ele não conseguiu ser discreto e Hannibal (e todo mundo) percebeu quem está em sua lista negra. O psiquiatra que de besta não tem nada, tratou de conseguir um álibe: Alana! Além de usá-la como álibe, Alana ainda teve o papel principal na vingança contra Will (Poxa, Hannis! Pegar a mulher dos outros já é sacanagem!)
Como disse anteriormente, o episódio da semana teve referência de praticamente todos os livros.
- A estátua oriental na casa do Lecter: vocês devem ter reparado que houve em determinado momento do episódio que focaram em uma estátua na casa do Hannibal. Pois bem, esse monumento aparece no filme “Hannibal, a origem do mal” (2007)
- A cena (sádica nível hard) da perna do Abel: Essa cena foi uma recriação do filme “Hannibal”, no qual este corta um pedaço do cérebro de Paul Kendler e dá para ele mesmo comer.
-A cena do poço: a descoberta de Miriam foi mais um remake de Silêncio dos Inocentes. Neste, Clarice Starling descobre o paradeiro da próxima vítima do Buffalo Bill.
Para aqueles que não lembram, Miriam Lass é uma agente do FBI em treinamento e estava à procura do responsável pelos assassinatos do Hannibal. Com o aparecimento de Miriam, cabe a(s) pergunta(s) que não quer(em) calar é: Será que Abigail morreu ou está escondida em algum lugar? O que Hannibal pretende ao revelar o paradeiro da jovem Miriam? Miriam irá desmascarar Hannibal?
Para obter respostas, sexta-feira neste mesmo canal e nesta mesma hora. Até lá!
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