Após o sucesso e aprovação que
Batman teve nos videogames, com os títulos que para muitos são um dos melhores
da geração (Arkham Asylum e City), a Warner Bros Montreal tentou trazer aos
jogadores uma nova experiência com o herói, agora mostrando seu inicio de
carreira.
Primeiramente fiquei com receio
ao jogar o título. Como sabem, 2013 não foi um bom ano para os games que tentam
mostrar o antes de tudo. Gears of War
Judgment e God of War Ascension
tinham essa promessa e certa pressão por parte dos fãs. Diferente da
expectativa criada, o produto final foi uma decepção total e um desagrado para
maioria. Arkham Origins surpreendentemente não é um tiro a cegas e consegue ser
satisfatório.
Este que nos mostra como a vida
de um herói pode ser tão difícil quando pensávamos. Véspera de natal e o vilão
Máscara Negra contrata oito vilões para assassinar Batman por 50 milhões de
dólares, dentre eles Deathstroke, Bane, Pistoleiro, etc. Pode se pensar que ao
por tantos vilões reunidos, alguns ficariam com a história rasa e não mostrando
ao jogador quem ele realmente é. Felizmente, temos aqui uma das melhores
historias da trilogia Arkham. Várias
reviravoltas e momentos únicos acontecem ao decorrer da jogatina fazendo a
história ser um dos grandes chamativos.

A WB definitivamente não quis
arriscar a trilogia já consagrada e decidiu usar vários dos elementos dos
outros games, como o combate e a cidade de Gotham ampliada. Logo de cara já
começamos com todos seus equipamentos, mas contamos com uma mecânica nova: O
Batwing. Ele servirá como o fast-travel,
viagem rápida entre pontos no mapa, mas para fazer isso funcionar é necessário
destruir algumas torres de interferência (lembrando bastante Assassin’s Creed e Far Cry da Ubisoft).
A gameplay,
por se basear nos outros títulos continua fluida e viciante, agora com
batalhas contra chefes mais elaboradas e intuitivas, algumas em especial podem
se tornar enjoativas pela obrigação de executar movimentos repetidos várias
vezes.
Gotham está maior e mais vazia. Ao
explorarmos a cidade podemos notar que não existem tantos cidadãos nas ruas,
mas é explicado pelas frases que escutamos nos megafones. Ao contrário dos
outros games, o tamanho dela aumentou e com isso os bugs vieram, em grande
parte problemas de colisão. Perda de quadros por segundo ou talvez o chão te
afundasse e o fazia ressurgir na beirada a cima, é muito estranho e poderá
comprometer sua missão atual.
Alguns modelos de personagem podem não ter sidos trabalhados o suficiente e o deixou com uma aparência estranha, assim como os
gráficos em determinados locais que não são bem carregados. O mesmo vale para
os equipamentos e detalhes das roupas de Batman, se olharmos com atenção logo
percebemos que não é bem polida e que alguns detalhes, que tinham nos outros títulos,
acabaram sumindo.

Além de encontrarmos alguns
vilões na história principal nós podemos achar alguns em missões secundarias,
isso com certeza aumentará a vida útil do jogo e deixará o jogador ansioso para
o próximo encontro.
A trilha sonora tem o mesmo estilo que as dos outros
títulos, se encaixa bem quando é preciso e a dublagem é bem feita. Arkham
Origins vem com legenda e áudio em português-brasileiro, é um grande passo da
desenvolvedora, mas a voz do Batman em especial poderia ter sido um pouco mais
amedrontadora, em algumas situações quando o personagem precisa interrogar
algum inimigo a voz de bonzinho não chega a passar a verdadeira sensação do
momento, diferente da atmosfera obscura que às vezes lembra os filmes do
Christopher Nolan.
Pela primeira vez na série, Origins apresenta o modo multiplayer onde podemos jogar como
Batman ou Robin contra os capangas do Bane e do Coringa. De início podemos
pensar que é uma grande revolução, mas não crie expectativas. Os poucos mapas
disponíveis e a jogabilidade problemática quando o vilão acaba o deixando
completamente vazio, em todos os aspectos, e por muitos poderá ser ignorado. A
ideia foi boa e um tanto quanto inovadora, mas a execução deixa a desejar.
Nota: 8/10
Da desenvolvedora iniciante, Warner Bros Montreal, Batman Arkham: Origins mostra que consegue ser tão bom
quanto os outros títulos. Uma das melhores histórias do herói, uma gameplay que já se tornou ícone para
jogos de ação agora com elementos novos, Gotham maior e totalmente aberta para
exploração, mas com alguns bugs presentes
e uma dublagem excelente faz com que o resultado final supere suas
expectativas, mesmo que você não possuía nenhuma.
E aqui dedico meus parabéns para o dublador Troy Baker, responsável pela voz do Coringa. Ele conseguiu fazer um trabalho tão bom quanto Mark Hamill de Arkham City.
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