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Rony Moura Rony Moura Author
Title: [REVIEW] SHERLOCK 1x03 - THE GREAT GAME
Author: Rony Moura
Rating 5 of 5 Des:
Sufocante, surpreendente, agonizante e pertubador. Isso resume os sentimentos passados por esse episódio. Finalmente descobrimos quem é...


Sufocante, surpreendente, agonizante e pertubador. Isso resume os sentimentos passados por esse episódio. Finalmente descobrimos quem é aquele que se diz ser o maior fã de Sherlock. Apesar de ele mostrar seu rosto apenas no fim do episódio, percebemos que ele aos poucos se mostra no meio dos casos corriqueiros do meio do episódio.

Sherlock, nas cenas iniciais, só prova o quão bizarro e frenético ele é. Tiros na parede por puro tédio, uma cabeça na geladeira, sua explicação ter excluído da sua memória que a Terra gira em torno do Sol. Acho que isso seria interessante para nós, seriadores. Quem não iria querer apagar da memória aquela série linda que viu, e gostaria de ver de novo, como se fosse a primeira vez?



E então descobrimos que mais alguém, além de Sherlock, fica entediado. Eles começam a brincar. E brincar daquilo que Sherlock mais ama: provar sua inteligência. Também descobrimos algo, talvez terrível sobre nosso herói: ele não quer ser um herói. Ele não resolve os casos procurando salvar vidas. Ele não resolve os casos buscando um mundo melhor. Ele não liga para as pessoas que morrem ou deixam de morrer no decorrer dos casos. Apenas quer solucioná-los. E ele acaba se tornando um tipo exclusivo de monstro por isso.

E nosso novo vilão é algo parecido. Não um criminoso, que mata com algum grande objetivo, ou que faz aquilo por prazer. Isso parcialmente. Como ele mesmo disse, ele gosta de ver Sherlock dançar. Isso deve ser o que acontece com mentes geniais. Se você possui uma mente brilhante, e muito tédio, provavelmente não vai ligar em ser um herói ou um vilão. Apenas vai querer se entreter. Se entreter com alguém que te entenda, e que seja do mesmo tipo de monstro que você é.



Voltando para os casos, aparentemente aleatórios, Sherlock acaba por tomar um tapa na cara, quando descobre que para resolver certos casos, é necessário ter conhecimentos até de astronomia. Ou seja, nem tudo é conhecimento dispensável. E este é um dos raros casos que vimos onde Sherlock estava errado. E então surge novamente o nome "Moriarty", e um sorriso no rosto de Sherlock. Ele estava gostando daquilo.

Depois de ter ser forçado a resolver o caso que ele desde o início fugiu, Sherlock marca um encontro com Moriarty. Chegando no local de encontro, Moriarty aproveita a oportunidade para promover uma festa na piscina. Olha que maravilha! E alguém me diz que não foi só eu quem achou que John era Moriarty. Meu pensamento na hora que ele apareceu foi: "CACETA! CAGARAM COM A HISTÓRIA!". Mas Moffat conseguiu surpreender até mesmo a mim, fã desesperado dos contos de Sherlock Holmes.

Chegamos ao desfecho da temporada com o maior cliffhager da história, e com Moriarty se mostrando. E não "se mostrando" apenas no sentido de vermos sua cara, mas também de saber o quão irritante e cativante um vilão pode ser.



E não há dúvidas: Sherlock precisou de apenas 3 episódios para conquistar milhares de fãs. Foram um total de 4 horas e meia de pura genialidade. Mas a série conseguirá manter o mesmo ritmo? A segunda temporada irá nos dizer se sim ou se não. Mas Moffat me provou que há como adaptar uma obra, sem que eu pudesse ter mais críticas negativas do que positivas.

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