Estava me lembrando da segunda temporada. De como eu queria ter largado a série de vez pelo rumo que as coisas estavam tomando. Me lembrei, também, de quando achei que o barco iria afundar em Neverland. Ainda bem que o barco não afundou e que eu não larguei a série. Essa Winter Finale veio com gosto de Season Finale e perfeito ainda não define o episódio. "Going Home" entra facilmente na lista dos meus favoritos de Once Upon a Time
Mas me adianto. Não sei bem como reagir à ele. Não sei se gostei dessa volta inesperada à season 1. Não sei se gostei da maldição. O que eu sei é que eu gostei de Pan falhando, eu gostei de Regina, eu gostei de Rumple, eu gostei de Hook, de Emma, de Hook e Emma, eu gostei de tudo num contexto geral. Regina e Rumple foram mais úteis, brilhantes e bondosos, capazes dos maiores sacrifícios do que qualquer outro personagem da série tinha sido até então. Eles estão redefinindo o conceito de vilões.
Vou utilizar Harry Potter para defini-los “Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que nos define é o lado com o qual escolhemos agir”. Acho que isso pode ajudar a entender a singeleza e a beleza dos atos e dos sacrifícios que esses vilões, bases da série, e amados incondicionalmente pelos fãs fizeram. Eles negam a tudo que um vilão faria. Eles deixam o egoísmo de lado e se sacrificam por um bem maior. Rumple, precisou morrer para que Pan morresse. Mas eu não acredito que este seja o fim do Senhor das Trevas. Ainda veremos bastante dele para matarmos a saudade que, com toda certeza, vai ficar. Falarei sobre Regina por último, porque ela mais uma vez merece destaque.
 |
| "Mas eu sou um vilão. E vilões não tem finais felizes.” |
No contexto geral, o episódio deu um sequenciamento lógico e um fim apropriado para a maioria dos plots em aberto. Pan lançou a maldição sobre a cidade para criar uma nova Neverland. Gostei dele ter usado o coração do Félix, isso mostrou que amor pode vir de diferentes formas, coisa que eu não tinha cogitado para a maldição, e a cena em si foi muito bacana. Até a atuação de Jered não foi tão ruim. Uma coisa que eu não gostei foi a ressurreição repentina da fada Azul devido a captura e morte da sombra de Pan. Ela volta, como se nunca tivesse ido, e ninguém da cidade dá a mínima para isso também. Talvez eu não fosse a única que não gostava dela. Mas gostei da TinkerBell voltar a ser fada. Ela, finalmente, acreditou em si mesma.
Na morte de Rumple, duas reações me chamaram a atenção: Neal e Belle. Neal, mesmo depois de todas as palavras de Rumple, pareceu indiferente a morte do mesmo. Eu entendo que ele não seja o maior fã do pai que tem, mas ele tentou mudar. Voltou pelo filho, foi para Neverland resgatar o neto e provou ser digno de amor e lágrimas. Mas nada de comovente veio daquele lado. Apenas de um. Belle. Vê-la caída no chão chorando pela morte dele, sem ninguém indo consola-la quebrou meu coração Rumbelle. A cena foi linda e eu arrisco dizer que ainda vamos nos emocionar muito com Belle antes da volta, que eu acredito veemente, de Rumple.
Agora, eu poderia facilmente falar na review toda sobre ela. Lana Parrilla. Evil Queen. Regina. Mãe. A verdadeira Salvadora. Podem me bater, mas ela é. Quando Pan lança a maldição, Regina, por ter sido a única a usá-la uma vez, é a única que pode também destruí-la. Mas para isso ela precisar realizar o maior sacrifício de todos: desistir de Henry. E Deus sabe que ela iria até o inferno por aquele menino. A gente sabe que o amor dela por ele é tão grande que faz com que ela abdique da pessoa que ela mais amou e que sempre esteve com ela, mesmo que em pensamento. Ela quer que ele seja feliz. E aí, as lágrimas quiseram descer e tudo mais. Regina, no ápice do entendimento do que deveria ser feito e do que o ato dela significava mostra, mais uma vez, que Emma é única que ela sempre confiou para cuidar de Henry. Sendo a pessoa mais bondosa do planeta, ela faz com que os dois tenham lembranças felizes, como se Emma nunca tivesse abandonado o menino. Como se ela nunca tivesse existido na vida deles. Ela é uma vilã, sim, Regina. Mas ela também é mãe, Henry. O ato dela foi tão admirável quando o de Rumple, senão mais. Obrigada por existir e por dar vida a essa vilã maravilhosa, Lana Parrilla. Não se amizade define a relação das duas, só sei que é algo além do meu completo entendimento.
Quando a maldição atinge a cidade, Storybrook, minha amada Storybrook, deixa de existir e fica aquele gostinho de quero mais. Mas, somente neste momento, eu tive coragem para olhar o tempo e estava no fim do episódio. Todos voltaram para seus lugares de antes da cidade existir. Estão todos de volta a Floresta Encantada. E eu não sei se gostei disso ou não, mas pode ser um plot legal pra caramba. Vou confiar.
Quanto a Emma e Henry? Eles estão em Boston (se lembram da conversa entre Emma e Snow?), sendo uma família feliz quando Hook (com a mesma roupa mesmo um ano depois) bate a porta, beija Emma e leva um chute no...enfim. Hook se lembra de Emma, como ele havia prometido. E cabe a ele agora convencer Emma, mais uma vez, do seu papel de Salvadora para que ela possa novamente encontrar seus pais.
“Este é navio que você capitaneou, Swan? Não haverá um dia em que eu não pensarei em você”.
“Ótimo”.
Nunca vi série para ter hiatus grande como Once Upon a Time. Todas as outras voltam em Janeiro e ela apenas em Março. Sofrerei e imaginarei tudo que poderá acontecer até dia 9 de março. Que episódio maravilhoso para fechar o ano. Que temporada! Mas por esse ano é só. Fechem o livro, apaguem a luz e descansem um pouco. Em Março, teremos muitas coisas para pensar e surtar.
PS1: Amei os flashbacks. Foram bem empregados e me fizeram matar a saudade lá do começo de tudo.
PS2: Senti Emma mais pro Hook que pro Neal. Sim, eu vibrei.
PS3: 3 pessoas no velório da Fada Azul provam como ela era querida. Aham....
Postar um comentário Blogger Facebook