E estou de
volta com a segunda parte!
Agora você
já tem cadastro no sistema da Comic Con, e supondo que você já tem dinheiro
para pagar tudo, uma mala (que nunca será grande o suficiente, acredite em mim)
e a sua entrada para o evento, seja ela como voluntária ou normal ou
profissional ou imprensa.
Caso você
não tenha dinheiro, aqui vai uma dica:
Enfim,
voltando ao assunto: primeiro passo é montar mala.
Sempre
tenha em mente que o clima de San Diego em Julho não é o nosso verão. Quando
estive lá, de manhã era relativamente fresco para quem está habituado com
temperaturas um pouco mais baixas, como pessoal que mora no Sudeste e Sul.
Agora, se você é do nordeste ou norte, você vai sofrer um pouco com esse clima fresco no inicio da
manhã e final da tarde (inclusive os nordestinos que ficaram no mesmo hotel que eu, diziam que aquele clima de manhã era bastante frio para eles). Lá só ficava quente, embora fosse um quente relativamente fresco ficando em torno de 25ºC, mesmo entre 10h e 18h. No restante,
o clima era fresco (para mim, que sou do Sudeste). Mas de qualquer forma,
sempre tenha roupas confortáveis, pois você certamente vai passar o dia todo no
Centro de Convenções, então TÊNIS é essencial. Não pense em ir de salto, a
menos que você vá como cosplay ou algo do gênero.
Se você
for de salto só por pura diversão e hábito (ou porque não tem nada melhor para fazer da vida)...
Eu
basicamente levei jeans para os dias mais frios (sempre pode acontecer, better
be safe than sorry, como dizem em inglês) e também para sobreviver ao voo, por
causa do ar condicionado. Se você nunca viajou de avião, deixe um comentário
(no facebook, aqui, onde você quiser), que farei uma parte mais focada para
aeroporto, voo e entre outros em uma outra postagem. E levei muitos shorts e várias camisetas, várias
delas com temática nerd (por que será, hein?) e outras que eu pudesse vestir quando estivesse
bem quente.
Resumido:
shorts, camisetas confortáveis, tênis, protetor solar (se você tem facilidade
para queimar) e uma jaqueta leve são obrigatórios. Um moletom e jeans é obrigatório
para o voo.
Uma câmera
é OBRIGATÓRIO, nem que seja a câmera do seu iPod ou celular. Você vai ver
muitas coisas que você vai querer registrar, porque nem memória vai ser
suficiente ou o famoso “sem foto, sem vídeo, não houve crime”. E um caderninho para pegar autógrafos
(explicarei adiante o porquê).
No mais, é
uma mala normal, como se você estivesse indo viajar para um cidade costeira.
Agora, a
mala está pronta, todos os documentos necessários para ser aceita como
voluntária (termo de adesão, documento de identificação [passaporte,
habilitação e entre outros. RG dificilmente aceitarão]), passagens nas mãos, vontade
lá em cima, animação idem. E pior inimigo da viagem também: ansiedade. É
fundamental manter uma rotina equilibrada, com alimentação bastante saudável e
sono regular, para sobreviver à Comic Con sem cair de cama com uma gripe
ferrada (acredite, isso acontece).
E ai vem a
parte um pouco chata: aeroporto e voo. No meu caso, foram 12h de voo de São
Paulo até Dallas e 3h de voo de Dallas até San Diego e mais ou menos 3h de
espera entre os voos.
Você fica
tão ansioso que você começa a olhar pela janela (isso é, se você não sofre de
fobia ou gênero e estiver sentado perto da janela) tentando identificar San
Diego.
Essa foto
abaixo tirei uns 40 min antes de pousar em San Diego, como vocês podem
perceber, Califórnia é terra árida. Só não chega a ser puro inferno por causa
do mar do ladinho que traz vento fresco para costa. Agora, se você for de carro
para Las Vegas, ai é outra história.
Essa aqui
já é no aeroporto em direção ao terminal de desembarque:
O
aeroporto é bem pequeno mesmo, nem chega a ser um Congonhas da vida não, tanto é
que não existe diferenciação de terminal de desembarque ou embarque, ou até
mesmo não existe uma área exclusivamente para retirada de bagagem da esteira.
Foi apenas a única coisa “diferente” que notei: você sai do terminal, desce
escada rolante que dá logo de cara para saída do aeroporto e as esteiras de
bagagens fica do lado, praticamente sem nenhuma separação entre o pessoal que
está esperando a bagagem chegar e pessoal que tá chegando ou saindo do
aeroporto.
Finalmente,
chegou a parte que todos esperavam! Comic Con!
Tive uma
sorte tremenda em ser voluntária, pois 1º) eu fui convocada para fazer inscrição
junto com os veteranos, 2º) eu estava de férias e tinha 6 horas de diferença de fuso a meu favor (ia abrir as 9h da manhã de San Diego, ou seja 15h para quem estava no horário de Brasília, 3º) consegui ter uma pequena visão do que é preview
night, pois trabalhei durante a preview night. No momento da inscrição, você pode selecionar a opção de que você está disponivel para trabalhar nos 3 dias antes do evento. Eu marquei essa opção, e assim que recebi o email (de novo, sorte) já me inscrevi e esperei a resposta. E a resposta veio dizendo que eu tinha conseguido o horário das 16h a 19h de quarta feira.
Então, meu primeiro dia na Comic Con já
foi na quarta feira, dia de preview night, que foi o dia que trabalhei das 16h
até 22h (era para eu ter sido liberada às 19h, mas estávamos com poucos
voluntários e muito público, então tivemos que fazer “hora extra”). É pura
loucura, pois o Centro de Convenções não está plenamente preparado para receber aquele mundo de gente na quinta, primeiro dia do evento. Na Preview Night enquanto
tem gente andando entre estandes, painéis, têm voluntários correndo para lá e para
cá com caixas cheias de guias do evento, “sacolas” (ver fotos abaixo) e entre
outros para que possam ser dados ao pessoal que está retirando o badge de 4
dias com ou sem preview night no andar de cima.
Esse é o guia do evento e a sacola, que podiam
variar desde Arrow até LEGO. Dos temas que vi foram e lembro: Flash, 300,
Arrow, LEGO: The Movie, Batman série clássica, Liga da Justiça, Flashforward e
entre outros.
Esse é um
livro especial, o Souvenir Book, que são limitados. Até onde fiquei sabendo, esgotaram
logo no primeiro dia. Só o guia do evento que não esgotou, inclusive no último
dia eles até falaram para o pessoal pegar quanto eles quisessem, pois eles
queriam que os estoques acabassem. Quem tiver mais curiosidade do que tem
dentro nos 2 livros, me avisem que tiro algumas fotos.
Ser
voluntário na Comic Con é uma experiência que vale a pena ter na vida, pois
você não só aprende a comunicar melhor (pois você é forçado a falar com muitas
pessoas) como você conhece muitas pessoas, e pode ajudar o evento. É uma
sensação bem gostosa que dá estar lá e ajudar no que for possível. Claro, vai
ter perguntas meio non sense, que dá vontade de chamar Jane Rizzoli para fazer participação especial na vida real:
Ou...
Ou até
mesmo...
Como por
exemplo, uma pessoa que me perguntou se ela poderia passar a noite no Hall H,
que é a maior sala do evento, com capacidade de 7 mil pessoas (então, aquelas
filas enormes que aparece frequentemente na televisão, é 99% das vezes a fila
pro Hall H, onde são os painéis mais importantes, como Breaking Bad, Doctor
Who, Fox, Marvel, e entre outros). Detalhe: todo mundo é forçado a sair de
qualquer dependência do evento as 22h (tem salas que já força a saída antes
disso, que são as salas menores). Já
teve também uma pessoa que me perguntou se ela poderia reservar lugar na fila
(oi?).
Fora isso,
você tem que trabalhar em média 3 horas a cada dia que você for. Eu como
trabalhei na preview night, ganhei a recompensa de ter um dia livre de
trabalhos. E escolhi o dia que teve painel de Defiance e Orphan Black (Jaime
Murray e Tatiana Maslany são DIVAS. Sério mesmo. Não sabia se eu tirava foto ou
se eu ficava babando na cadeira, tipo:
*fica sonhando acordada* Oh wait,
preciso terminar esse post! oh mundo cruel!)
A Comic
Con é a Disney dos nerds, geeks, seriadores, e diversos outros grupos. É aquele lugar que você quer voltar todo ano, é um lugar viciante. É também o
lugar que é impossível não encontrar alguém que goste de alguma coisa que você
goste. Nas filas, é super fácil de puxar papo, eu mesma puxei papo com
voluntários durante as horas de trabalho e até mesmo nas filas, quando via que
eu e a pessoa poderíamos ter algo em comum, como Josh Barrowman. Estava
monitorando a fila para o Hall H, quando veio uma menina que tinha conseguido
autografo dele. Nem tive dúvidas, engatei o papo ali mesmo. É paraíso estar lá. Existe lugar mais perfeito para se estar quando você é nerd/geek/adorador da 7ª arte moderna rodeado por pessoas como você? Acho que não, né?
Outro
ponto interessante da Comic Con é que você pode encontrar vários famosos pelo
corredor, eu mesma cruzei com várias pessoas conhecidas do mundo dos
quadrinhos, até passei do lado do Steven Yeun (e ainda dei um fora nele,
tadinho. Eu estava tentando passar na multidão pois estava correndo para pegar
o painel de Warehouse 13, e ele me para e pergunta se quero autografo dele, e
ai eu na pressa, sem dó sem piedade soltei um “Ah não, eu nem assisto ou gosto
de Walking Dead”. Pelo menos, ele ficou feliz em encontrar alguém que não
gostava. Vai entender).
Claro que
tem o lado ruim: filas. Para entrar em qualquer sala é necessário pegar filas.
Se você for esperto, você nem pega fila. Eu por exemplo, sabia que Orphan Black
ia ser disputado, então, o que eu fiz? Entrei na fila as 14h30. Entrei na sala
as 15h (ou seja, nem esperei muito e tinha tipo 10 pessoas na minha frente) , e
não sai do lugar até acabar o painel. E ainda teve uma voluntária, uma das responsáveis por aquela sala, que falou que
éramos sortudos pois só havia entrado poucas pessoas para aquele painel, e que ainda havia mais de 500 pessoas querendo entrar para ver Orphan Black. Viu?
Planejamento é tudo! Lembre-se sempre que ter o ingresso não é garantia de lugar ou que você vá conseguir entrar naquela sala disputada e conseguir lugar bom. Comic Con sempre foi e será sobre preferências e sacrifícios.
Como o
post já tá meio grandinho, deixarei o restante para o próximo post para não
ficar muita informação.
E já podem
ir mandando perguntas, tanto aqui quanto no facebook. Talvez eu junte todas as perguntas em uma 4ª
postagem para não ficar mistureba.
E até logo!
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