Jogos Indies para mim é o futuro dos videogames. Jogos como Journey, Guacamelee, The Swapper, Gunpoint, entre outros inúmeros jogos independentes, podem ser facilmente comparado com jogos de grande nome no mercado hoje em dia. Além de ser inovador com ideias diferentes que para empresas grandes não significam nada, a execução delas é o que chama atenção, poderíamos dizer que todo jogo Indie tem algo a mais do que entendemos sobre videogames.
O problema de jogos independentes é as pessoas não conhecem, ou por falta de procurar mais jogos disponíveis hoje em dia ou simplesmente por não terem marketing de outras publicadoras ajudando-os com a divulgação. Alguns jogos merecem muito destaque, e valem até mais que jogos AAA. Só que um mal que está presente, muito forte nesta geração de consoles é o cotidiano, ou simplesmente jogos genéricos. Jogos como Call of Duty fazem pessoas gastarem dinheiro com a mesma coisa todo ano, sem inovação, mudança nenhuma. A ultima vez que vi isso na série foi de COD 3 para COD4 (MW1).

Hotline Miami é um game fantástico, que aos poucos está ganhando seu espaço, por meios de alto divulgação, por exemplo, o YouTube. Inúmeras pessoas usam todos os dias para assistir vídeos e passar o tempo e é com isso que elas descobrem jogos diferentes. Se você não conhece ou nunca ouviu falar de Hotline Miami, posso adiantar pra você que é um dos meus Indies favoritos. HM é um game de ação de visão superior, assim como os antigos GTAs de Playstation 1. Desenvolvido pela Dennaton Games e Distribuído pela Devolver Digital no dia 25 de Junho de 2013 para PC, PS3 e PSVita.
A história do game não é cheia de reviravoltas, nem é o que chama mais atenção. Serve mais como um plano de fundo para o que acontece durante o game. O jogador controla um personagem sem nome, mas conhecido como Jacket pelos outros personagens do game. Jacket acorda em seu apartamento recebendo ligações misteriosas de homens cobertos com mascaras de animais, ao longo de cada objetivo passado por essas ligações, ele se vê em assassinatos envolvendo a máfia russa. Esse é o básico da história, o game conta com diferentes finais e gira em torno de 4 horas para terminar a campanha principal.

A gameplay do jogo é bem simples, e muito boa desenvolvida. Andamos com um stick e miramos com o outro, o que não é nada confuso ou irritará o jogador. O arsenal do game é extremamente variado, entre armas brancas como facas, pé de cabra ou até mesmo o soco do personagem principal, até armas de fogo como shotguns e rifles. Cada arma tem uma especialidade diferente e diferencia o gameplay, por exemplo: Se você mata um inimigo com a faca será silencioso e atrairá menos inimigos, diferente se você mata-los com metralhadoras.
Temos que ter cautela e estratégia para seguir em frente com o game, pois com apenas um tiro morremos. O game não tem barra de vida, e isso aumenta a dificuldade exageradamente, fazendo o jogador morrer mais de trinta vezes em uma única parte. Mas isso não atrapalha nem um pouco pois é extremamente divertido e viciante. A violência do game é bastante alta, podendo chocar os mais fracos, desde cortar partes de um inimigo até decapita-lo por inteiro. Quando um inimigo ficar atordoado podemos finalizá-los no chão.

No game conseguimos mascaras de diferentes animais, cada uma delas tem uma habilidade diferente, por exemplo: Correr mais rápido, socos que acabam instantaneamente com o inimigo, entre outros. É bastante diversificado o que podemos fazer, e com a exploração pelos cenários do game achamos coletáveis, envolvendo as mascaras que mudam o visual do game. Lembrando que o PS3 e Vita tem uma mascara exclusiva. Como eu disse, o gameplay é fácil e simples, mas temos que ter paciência e estratégia para passar por certos locais.
Os gráficos do game são pixelados. Lembrando os jogos dos anos 80. Mas são muito bem animados e coloridos, que é o que chama bastante atenção com seu visual psicodélico e diferente do normal. O sangue do game é uma das coisas mais presentes em todos os cenários, por conta da violência excessiva do game, nada a criticar sobre isso. O game é +18, contando com uma violência mesmo em pixels bastante explicita.
A ambientação do game é boa, não é tanto variada, mas também não chega a dar a sensação de já ter passado pelo mesmo lugar, envolvendo casas, bares, e outros. A trilha sonora do game é extremamente bem feita, eu diria até que é perfeita, combinando com o que o game quer passar, e não sendo enjoativa. Vou deixar no final da análise algumas musicas pra vocês ouvirem, pois vale realmente a pena. São diferentes e lembram bastante a trilha sonora do filme Driver, de 2011.
Mas como nenhum game é perfeito, Hotline Miami possui falhas, poucas, mas possui. A cada fase que o jogador passa diálogos em balões, lembrando quadrinhos, são feitos. Podemos acelerar essas falas, mas o que realmente irrita é ter que ouvir tudo de novo quando morremos. Podemos chegar a decorar tal falar de tanto morrer, isso é cansativo e repetitivo.
Alguns bugs como a tela ficar preta, mas a musica ainda continuar tocando e o jogo simplesmente travar estão presentes no game. Às vezes temos que sair do game, ou desligar o console no meio da jogatina, para assim conseguir continuar. Mas o que pode acontecer é o game não salvar e termos que passar de novo pela mesma parte, e ouvir o mesmo dialogo.
Nota: 9.5/10
Hotline Miami é um dos meus jogos independentes favoritos. Além de realmente passar ao jogador a sensação dos anos 80 com uma trilha sonora e gameplay imersíveis, o game é extremamente divertido e viciante, mesmo morrendo mais de trinta vezes você ainda tem vontade de continuar a jogar. Mesmo com essas falhas, quase invisíveis, eu aconselho muito todos jogarem, pois games assim hoje em dia é o que mais falta no mercado. Mas lembre-se a violência é alta, e o Playstation 3 e PSVita tem compatibilidade.
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