No Brasil, normalmente, nós não crescemos ouvindo falar sobre I Love Lucy e a icônica Lucille Ball. Aqui, a série dos anos 50 foi exibida nos anos 60 pela TV Tupi, mas mesmo assim não causou o mesmo impacto aqui como lá. Ela é uma figura conhecida pra quem está atento ao mundo pop geralmente pelas referências e imitações que fazem dela. Mas a verdade é que Lucy não é uma tão lembrança forte no coração do brasileiro.
Por essas razões, Being the Ricardos pra mim seria um grande desafio considerando o quanto de referências eu ia perder, além de não ter o saudosismo necessário. Para a minha surpresa, o filme foi bem envolvente e com o mínimo conhecimento da indústria cinematográfica norte-americana você consegue se divertir bastante assistindo.
A história segue uma semana da vida do casal Lucille Ball e Desi Arnaz enquanto eles preparam um novo episódio para ser apresentado e lidam com diversos escândalos ao mesmo tempo. Lucille está sendo acusada de ser comunista e Desi de ter um caso extraconjugal. Além desses problemas que podem acabar com as carreiras de ambos, ainda tem as tensões dentro do estúdio entre roteiristas, atores e patrocinadores.
Eu achei o formato do filme complicado. Ao mesmo tempo que eles mostravam o decorrer de uma semana, tbm queriam mostrar cenas do passado dos dois e entrevistas com pessoas que os conheceram. Acabou que as coisas foram misturadas de um jeito desproporcional, nos impedindo de ver bem a passagem do tempo e tbm de estar totalmente imersos na experiência da atuação.
Mesmo assim, o filme consegue atrair. O mérito todo é das atuações, principalmente a de Nicole Kidman e de Nina Arianda. Javier Barden tbm está muito bom, mas não a altura dessas duas. Nós ficamos bem perto de Lucy e de seu modo de pensar. Pra quem estuda atuação, direção e roteiro, é uma aula.
Aposto em premiações para atuação
TRAILER BEING THE RICARDOS
Postar um comentário Blogger Facebook