Com todo o esplendor que só a Hollywood do século passado pode oferecer, esta é uma narrativa inesquecível sobre os sacrifícios que fazemos por amor, o perigo dos segredos e o preço da fama.
Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes ― seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido… pela sétima vez.
Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história ― ou sua “verdadeira história” ―, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora.
Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso ― e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.
Sabe quando a gente, como leitor, tem preguiça de sair da nossa zona de conforto literária? Quando você fica teimosa e só quer ler aquilo que você já está acostumado? Mas, sem perceber, um livro que muito provavelmente você fosse torcer o nariz, chama a sua atenção? Por recomendação, ou a capa, ou a sinopse... Por qualquer motivo, esse livro que você nunca se imaginou lendo chega em suas mãos e você acaba descobrindo um livro maravilhoso, com uma escrita que lhe prende na primeira página e uma história envolvente que, pode não ter nada que normalmente atrairia, mas te faz se apaixonar pelo livro.
Isso é Os sete maridos de Evelyn Hugo. E eu vou explicar o porque:
Descobri o livro por meio de recomendação e, não sei bem explicar o motivo, eu fiquei curiosa para conhecer Evelyn Hugo. A sinopse não tinha nada que me atraia, não sou fã da capa e nunca li nada dessa autora. Então, o único motivo de ter escolhido esse livro e tê-lo em minhas mãos foi pura curiosidade, visto que a recomendação veio de uma pessoa que lê muita fantasia, igual a mim.
Eu não estava ansiosa ou muito curiosa com o livro, mas quando ele chegou dei uma olhada nas primeiras páginas e...
... eu não parei mais de lê-lo. A escrita me agarrou e jogou para dentro das páginas. Evelyn é uma personagem maravilhosa. Forte, decidida, um pouco dissimulada, ativista e, acima de tudo, sua. Acho que o que Evelyn Hugo mais gostaria de lembrar é que era sua. Não pertencia aos outros por muito tempo e tudo que fazia, fazia por si mesma e as pessoas que amava.
Casou-se sete vezes, por amor, por interesse, por qualquer que fosse o motivo. Mas sempre em seus termos. Casamentos de fachada ou não, boa parte deles trouxeram algo novo à personalidade de Evelyn. Mas acima de tudo, a dureza com qual ela aprendeu a ver o mundo a fez uma pessoa pragmática e calculista e o medo de que a verdade fosse revelada fez com que Evelyn nem sempre tomasse as decisões certas.
O livro é contato pela perspectiva de Monique, mas em boa parte do livro eu esqueci que Monique existia. Eu queria saber qual seria a próxima desaventura de Evelyn, como cada um de seus relacionamentos, amorosos ou não, começaram e terminaram e como ela chegou a ser quem é com Monique, uma senhora com seus quase oitenta anos, lenda viva do cinema e misteriosa.
Eu não sei explicar a fascinação desse livro, ou o poder que teve sobre minha mente. É como... Bem como Evelyn realmente existisse e eu estivesse lendo tabloides ou noticias do Buzzfeed que me contassem sobre a vida dela. E fica em minha mente, constantemente me pego pensando sobre o que iria acontecer ou como o livro iria terminar. Acho que sabia mais ou menos o rumo que tomaria. Acredito que você já entra com a expectativa de um final como esse. Grandioso de certa forma, ácido, doce, tudo junto. Pois Evelyn Hugo é isso tudo, uma mulher de contradições, que escondeu por toda sua vida o verdadeiro amor e que, no fim, gostaria de partir contanto todos os meus segredos e revelando o maior deles ao mundo.
Evelyn é uma personagem real por sua complexidade. As vezes boa e as vezes ruim, cometeu muitos erros com base no medo, ou por poder e fama. Não é, nem de longe, perfeita. E por isso funciona. Ela é tão real que posso me imaginar abrindo um streaming e procurando seus filmes de sucesso.
Evelyn é uma personagem real por sua complexidade. As vezes boa e as vezes ruim, cometeu muitos erros com base no medo, ou por poder e fama. Não é, nem de longe, perfeita. E por isso funciona. Ela é tão real que posso me imaginar abrindo um streaming e procurando seus filmes de sucesso.
Tem coisas que não quero contar, pois acho que a mágica é ir lendo o desenrolar da história e entender as decisões. Mas o que sei e posso afirmar é que esse é o tipo de livro que agrada a qualquer pessoa. Provavelmente poi, como sociedade, sempre nos interessamos pela vida das pessoas que estão nos holofotes. E, mesmo Evelyn não sendo real e sua vida não sendo real e os personagens que a cercam não são reais... Eu consigo imaginar o frenesi que seria se uma artista hoje decidisse contar tudo, sem censura, para alguém e publicar um livro. E eu aposto que todos estaríamos loucos para saber absolutamente tudo que se passa por trás das câmeras.
Esse livro foi, de longe, a melhor leitura de 2019 até hoje. Tem algo nesse livro que não faz sentido me prender, mas me prendeu. É um livro sólido, com personagens reais, com vidas reais, com erros e sem a possibilidade de segundas chances a todo momento. Uma forma de ver a vida, e principalmente a vida de glamour de hollywood, cínica, crua e real, onde se está constantemente vivendo um personagem, com medo de que a verdade possa acabar com sua carreira se chegar aos tabloides.
Esse livro foi, de longe, a melhor leitura de 2019 até hoje. Tem algo nesse livro que não faz sentido me prender, mas me prendeu. É um livro sólido, com personagens reais, com vidas reais, com erros e sem a possibilidade de segundas chances a todo momento. Uma forma de ver a vida, e principalmente a vida de glamour de hollywood, cínica, crua e real, onde se está constantemente vivendo um personagem, com medo de que a verdade possa acabar com sua carreira se chegar aos tabloides.
O que estou dizendo é que eu tomaria várias dessas decisões de novo hoje. Sendo bem clara, eu tenho arrependimentos, sim. Só que... não é nenhuma coisa sórdida. Não me arrependo das mentiras que contei, ou de ter magoado as pessoas. Aceito o fato de que às vezes fazer a coisa certa obriga a gente a pegar pesado. E tenho compaixão por mim mesma. E acredito em mim. Por exemplo, quanto te repreendi lá no apartamento, por causa dessa coisa de confessar pecados. Não foi a atitude mais gentil a tomar, e não sei nem se você mereceu. Mas não me arrependo. Porque sei que tenho meus motivos, e fiz meu melhor para lidar com os pensamentos e sentimentos que me trouxeram até onde estou.
Autor: Taylor Jenkins Reid
Tradutora: Alexandre Boide
Páginas: 354
Editora: Paralela
Lançamento: 2019
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Livro cedido pela Editora Paralela para resenha ♥
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