As produções originais da Netflix são sempre surpreendentes. Isso porquê elas são muito boas ou muito ruins. Sem meio termos. Raising Dion foi uma aposta ousada. A história de uma mãe viúva criando o filho pequeno e descobrindo que o menino tem super poderes. Além de vários mistérios, a série aborda claramente as dificuldades da maternidade.
O enfoque é maior na emoção do que na ação. Gostei muito de como foi a abordagem, com flashbacks e dando um contexto sólido para o núcleo de apoio. Achei Nicole além de lindíssima, uma mulher decidida, apesar de exausta. E teve a reação mais normal possível quando o seu filho simplesmente faz as coisas levitarem, ou seja, surtou.
Dion é uma criança muito fofa. Ele é esperto e engraçado, bem nerdzinho. Acho que o ator ficou muito bom, ele tem uma química ótima com a Nicole. Mas a série vai precisar de mais do que fofura, vai precisar de atuações fortes nos momentos de crise que prometem ser muitos.
Dos outros personagens a gente conheceu pouco. O Pat, que é padrinho do Dion, só de relance e ele parece esconder algo. Gostei dele, espero não estar errada com a minha intuição. A propósito, a série é recheada de mistérios, o primeiro com a morte do pai de Dion que tudo indica não ter sido tão acidental assim. Aquela cena final dos espíritos na eletricidade me deixou meio sem reação.
Alguns outros destaques: a trilha sonora é ótima, combinou com o clima de ação/mistério da série. Um elenco majoritariamente negro em uma situação que não aborda diretamente racismo. É importantíssimo esse assunto ser representado na tela, mas também é claro que falta uma presença negra em outros projetos omo ficção cientifica e fantasia. Palmas também para a produção de Michael B. Jordan, meu noivo eterno.
Por fim, a Netflix nos deu uma boa surpresa.
p.s.: amei os efeitos especiais
Nota: 4/5 estrelas
Postar um comentário Blogger Facebook