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Mylla Santos Mylla Santos Author
Title: A BOA FILHA: VOCÊ NÃO PODE SER UM DOS MOCINHOS SE AGIR COMO UM DOS VILÕES
Author: Mylla Santos
Rating 5 of 5 Des:
Quando eram adolescentes, a vida tranquila de Charlotte e Samantha Quinn foi destruída por um terrível ataque em sua casa. Sua mãe fo...

Quando eram adolescentes, a vida tranquila de Charlotte e Samantha Quinn foi destruída por um terrível ataque em sua casa. Sua mãe foi assassinada. Seu pai – um famoso advogado de defesa de Pikeville, Geórgia – ficou arrasado. E a família foi dividida por anos, para além de qualquer conserto, consumida pelos segredos daquela noite terrível. Vinte e oito anos depois, Charlie seguiu os passos de Rusty, seu pai, e se tornou advogada – mas está determinada a ser diferente dele. Quando outro caso de violência assombra Pikeville, Charlie acaba embarcando em um pesadelo que a obriga a olhar para trás e reviver o passado. Além de ser a primeira testemunha a chegar na cena, o caso também revela as memórias que ela passou tanto tempo tentando esconder. Agora, a verdade chocante sobre o crime que destruiu sua família há quase trinta anos não poderá mais permanecer enterrada e Charlotte precisa se reencontrar com Samantha, não apenas para lidar com o crime, mas também com o trauma vivido. A boa filha é mais uma obra-prima de Karin Slaughter, um enredo sólido, com caracterizações fortes e reviravoltas extraordinárias, um misto de drama e terror que faz arrepiar até os leitores mais corajosos.

O livro conta a história de duas irmãs, Charlotte e Samantha, que tiveram suas vidas mudadas após um trágico crime quando eram muito jovens. Esse crime fez com que suas vidas fossem dividas em antes e depois desse fato.
"Uma sociedade justa é uma sociedade cumpridora da lei. Você não pode ser um dos mocinhos se agir como um dos vilões."
A autora Karin Slaughter consegue nos surpreender e chamar nossa atenção logo no primeiro capítulo, pois no início do livro já ocorre o ataque. Confesso que fiquei um pouco abalada com esse capítulo, pois Karin não polpa detalhes para descrever as crueldades ocorridas nesse dia. No capítulo seguinte vinte e oito anos se passaram, e um outro crime acontece, trazendo memórias ruins para Charlotte. 
“O disparo da espingarda tinha aberto o peito, o pescoço e o rosto dela. O lado esquerdo do queixo tinha desaparecido. Parte do crânio. Seu cérebro lindo e complicado. Suas sobrancelhas arqueadas com indiferença. Ninguém mais explicaria as coisas para Samantha. Ninguém se importaria se ela entendia ou não.”
Apesar do ótimo começo, o livro possui momentos arrastados que quebram o ritmo da história e alguns poderiam ser dispensados. Ela acaba deixando o suspense de lado por causa do drama familiar das personagens, isso me decepcionou.
“Nada nunca desaparecia de verdade. O tempo apenas amortecia as dores.”
Outro ponto negativo são flashes, no começo foi interessante, mas depois se tornou repetitivo, mesmo mostrando detalhes desconhecidos. Gostei muito de Gamma, mãe das meninas, ela é inteligente, têm um jeito divertido, é dedicada a família, é uma pena perde-la logo no começo da história.
“Os olhos dela travaram nos dele. O silêncio que seguia a ameaça foi ensurdecedor. Sam não podia desviar o olhar. O medo passava como navalha pelo coração dela. Nunca na sua vida conhecera alguém tão cruel, tão profundamente desalmado.”
Uma outra cena muito marcante no livro é a crítica que ele faz a abordagem policial, que ocorre de forma bruta, muitas vezes por causa do despreparo, chegando a ser um ato corrupto pela forma como agem durante a investigação. Além de chamar atenção sobre fazer justiça com as próprias mãos. São situações que nos fazem refletir.
"O que um estuprador toma de uma mulher é o seu futuro. A pessoa que ela se tornaria, que deveria se tornar, desaparece. De certa forma, é pior que o assassinato, porque ele mata o potencial da pessoa, erradica aquela vida em potencial. Ainda assim, a mulher continua viva e respira e tem que descobrir outro jeito de prosperar. "

Título original: The Good Daughter
Autor: Karin Slaughter
Tradutor: Zé Oliboni
Editora: Harper Collins
Páginas: 464
Ano: 2018
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