Em um mundo onde vivemos com uma nova série baseada em quadrinhos por dia, é sempre bom ver uma fugir do padrão e conseguir algum destaque. E não, o trocadilho não foi intencional...
A primeira temporada de Fugitivos (Runaways) funcionou como um motivador. Pudemos entender cada passo, cada acontecimento que levou ao momento da fuga e enfim compreender o motivo do nome da série. Se para alguns isso pode parecer uma enrolação, eu já acho que funciona, criando um background sólido para o futuro.
O cuidado em mostrar os dois lados da trama, cria uma empatia muito maior com os personagens. De maneira nenhuma existe uma vontade de deixar os vilões mais bonzinhos, o objetivo aqui é humanizá-los, colocar suas dúvidas e erros em evidência torna ainda mais crível a sua existência.
O grupo de adolescentes funciona muito bem. Havia sempre o medo de se tornar uma Malhação com poderes, cheio de tramas paralelas bobas. É claro que o romance existe e praticamente todos no grupo tem algum sentimento para lidar. Porém eles quase sempre conseguem colocar os objetivos maiores em primeiro lugar.
A utilização e demonstração dos poderes dos personagens foi muito bem trabalhado. Cada um no seu tempo, de maneira gradual. Hoje, somos capazes de notar o papel de cada um deles dentro do grupo. Ainda não podemos chamá-los de equipe, mas acho que estamos perto.
Fugitivos é um sopro de inovação cercado de mesmice. Não é a melhor série do universo, mas tem sucesso em contar uma história de maneira inteligente e ao mesmo tempo leve. Agora que todas as cartas estão na mesa, esperamos saltos ainda mais grandiosos no futuro!
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