A essência de The 100 é basicamente construída em meio à sobrevivência as custas de diversos dilemas morais. A temporada já começa nos entregando uma pergunta daquelas, o que vocês fariam no lugar de Bellamy: salvariam o gerador de água ou libertariam os prisioneiros?
Seu ato de bravura (?) trouxe problemas monumentais para seu povo. O rapaz tinha um único trabalho: trazer o gerador de água, e o invés disso, ele volta sem o mesmo e ainda com novas bocas pra alimentar. Sinto que "salvar quem puder ser salvo hoje" não seja um lema adequado para se adotar enquanto caminha para o fim do mundo, especialmente quando leva a escolhas que afetam o coletivo de forma tão pesada como essa.
Querendo ou não, essa nova perspectiva adotada por Bellamy está sim relacionada a uma necessidade pessoal de redenção então talvez devessem evitar coloca-lo em situações que exijam tomadas de decisões tão importantes, assim, só pra fazer um teste, só por enquanto.
Depois de três anos acompanhando os caminhos seguidos pelos Skaikru qualquer ato do gênero me faz questionar as circunstancias das situações e das suas escolhas, pois convenhamos a história desse povo é cheia de controvérsias e hipocrisias, mesmo que muitas das atitudes hipócritas venham da necessidade de auto preservação. O que me leva a seguinte pergunta: o dilema deles teria sido tão grande se não houvesse um conhecido de Bryan ali? A votação seria empatada da mesma forma? Teriam explodido o gerador se fossem prisioneiros de outros povos? Deixo essa pra vocês refletirem.
Vale lembrar que linha de raciocínio que Bryan seguiu durante o episódio exemplificou bem a forma como Bellamy pensava e agia na temporada passada, tomado pela raiva e uma ideia cega de justiça sem pensar em consequências, só que dessa vez um pouco menos homicida que o líder.
Por falar em homicidas, Octavia vem traçando uma jornada obscura desde mesmo antes da morte de Lincoln e agora fortemente impulsionada pela revolta do luto, a garota se envolve cada vez mais em uma transformação que é ao mesmo tempo linda e assustadora de se ver. E nessa busca por uma identidade, está formada a perigosa linha tênue entre o caminho de sua glória e o de sua destruição.
Ganhamos também o aparente retorno da dinâmica entre Raven e Clarke, as duas líderes de merecemos. Desde o inicio da série, ambas possuem grandes discordâncias, mas é clara a confiança existente entre si. Sem falar nas semelhanças, temos aqui a dupla que mais chora, perde e sofre mas também a que mais luta e da a volta por cima nessa série, então se não acontecer uma daquelas cenas de conexão pessoal, será um extremo desperdício.
Outro desperdício será se não derem uma boa explorada nas habilidades que Raven herdou da possessão de ALIE. Eles tem inúmeras possibilidades pra desenvolver e depois do show dado na terceira temporada, é claro que Lindsey Morgan tem talento suficiente pra dar conta do que colocarem na sua frente.
Pra finalizar o episódio nos apresenta mais uma ironia cósmica com a revelação da possível futura necessidade de terem que escolher cem pessoas para serem salvas pela Arca. Esse tipo de paralelo me dá vida. Mas o que quero mesmo ver é Echo chegando a Arkadia e descobrindo que os Skaikru tem um plano pra se salvar do apocalipse, mas que é um plano só deles. A presença dela com certeza deve trazer mais tensão ao grupo e impor pressão sobre a coitada da Clarke que fica cada vez mais sem tempo e alternativas.
PROMO DO PRÓXIMO EPISÓDIO:
Postar um comentário Blogger Facebook